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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Leis perfeitas, realidade crua no país Brasil

Imagem: diarioverde.com 


Dos cortiços às favelas a imagem que sempre se fez presente neste universo é o a da violência e do banditismo. Foi longo e penoso o caminho percorrido até que a percepção correta, ou seja, que a grande e maior parcela dos corticeiros e favelados eram trabalhadores, crias do ‘capitalismo selvagem’ seletivo e excludente.

E a sanha contra o estereotipo criado foi tanta e cria de tantas leis protecionistas que, parece, rompeu a linha do bom-senso.

Desvalidos? Sim. Responsáveis? Também.

Assim como a maioria dos corticeiros e favelados estigmatizados de antes, toda uma maior parte da população sofre excluída das conquistas sociais, pior, do direito até de alimentação, que dirá, então, educação, saúde, lazer. Mas se esse contingente enveredasse para a bandidagem como forma de revide ou alternativa para suprir suas necessidades vitais, sociais e psicológicas, o que teríamos?

Não justifica, então, tamanha proteção por parte daqueles que se autointitulam defensores dos direitos humanos, distantes da exata noção destes direitos, alheios a qualquer conhecimento que permitam embasamento de suas teses. Talvez algo justifique porcentagem tão pequena de ‘menos favorecidos’ que enveredam e trilham a senda do banditismo, da marginalidade agressiva e covarde, qualquer tese que explique a violência, quase sempre, gratuita e animalesca.

Ação gera reação e esta reação não cabe ao cidadão, cabe a ele, sim, exigir ações ao poder público.

Pobreza deve ser combatida com ações sociais concentradas e desenvolvidas a curto, médio e longo prazos.

Banditismo se combate com reação de igual força. De outra forma todos seremos reféns.

Enxergar a marginalidade agressiva, agressora e sociopata que, por não ter leis ou limites, impõe o terror e destroem vidas, famílias e colocam toda a sociedade sob o domínio do medo, como vítimas de uma sociedade que os excluiu, deseducou e desamparou é jogar na vala comum e estigmatizar todos os estudantes, donas de casa e trabalhadores e trabalhadoras das classes D e E. É estigmatizá-los.

E a classe ‘menos favorecida’ será sempre a mais atingida quando, por falta de limites dos que se arvoram defensores e lucram prestígio e auferem lucros com essa posição.

Sistema prisional mais humano, que permita a ressocialização; leis aplicadas com igual rigor e direito de defesa amplo para todo o cidadão; busca constante e sistemática contra as diferenças sociais, são ações que devem sair dos artigos científicos e postas em prática para que, em algum tempo tenhamos uma sociedade mais justa, igualitária e que goze de paz social. Mas, a curto prazo, que a maioria da população possa ter, se não a paz, alguma sensação de segurança. Que para isso se use a força. Que toda ação gera uma reação e que a cada ato nosso corresponde a responsabilidade de assumir este ato e suas consequências é conhecido de todos os mentalmente sãos, independe pois de escolaridade ou posição na escala social.


Um comentário:

Anônimo disse...

Excelente artigo! Parabéns pela maneira como colocou o que está entalado na garganta de todo brasileiro. Essa tal comissão de direitos humanos já vem extrapolando há muito tempo. Realmente se faz necessária ação eficaz do governo no combate ´`a violência,ao invés de apenas buscar teorias que a explique.