Imagem: Arquivo Imprensa'in'prensa |
Com a nomeação de Leila
Cardoso Machado, indicada pelo vereador Professor João Rocha (PSDB) à revelia
do Partido, para o cargo de Diretora-Presidente da Fundação Municipal de
Esporte (Funesp), o prefeito Alcides Bernal (PP) segue sua lógica de manter um
secretariado técnico, de pouca experiência em administração pública e longe,
muito longe de bom trânsito político.
Em que pese denúncias mais ou menos graves contra os secretários
– Semy Ferraz (Seintrha e agetran) por desvio de verbas do PAC no Acre, Gustavo
Freire (Semre) envolvido nas investigações da operação Vulcano em Corumbá, Luiz Alberto de Oliveira Azevedo (IMTI) envolvido em investigação do FAT, Julio
Cabral (Fundac) à época dono de uma das agências envolvidas na farra da
publicidade do governo Zeca do PT – o perfil da equipe montada por Bernal
demonstra pouco entrosamento com os grupos políticos de mais forte presença no
município e no Estado.
Aparentemente buscando romper de
forma brusca e definitiva o domínio do PMDB, em especial a predominância de
seus caciques Puccinelli e Trads, e outras forças em declínio ou em pleno vigor
com residência na Assembleia, Bernal quer ser a única estrela a reluzir durante
o mandato.
Ainda assim, e dentro de sua
vaidade arrogante, consegue manter na sua esfera de apoio nomes como o do
senador Delcídio do Amaral e Zeca do PT. Aliás, de seus secretários, a maioria
está ou esteve ligada ao partido e ao ex-governador. E neste jogo tem resvalado
para a perigosa área do isolamento quando desdenha de nomes competentes que
lhes apresentam partidos que não negaram o apoio. A sua equipe conta com dois
nomes do PSDB, sem que tenham sido indicados pelo partido e trocou o nome do
ex-vereador e presidente do PV, Marcelo Bluma, pelo de seu auxiliar direto,
Marcon, inexpressivo e obediente.
Acabou a guloseima, terminou a festa. Tudo o que eram
atenções e expectativas, findaram. A bola da vez são as eleições 2014 e seus
protagonistas, Bernal inclusive, mas desta vez na posição de vidraça e não mais
a fada madrinha do pleito municipal.
É necessário entender que o PP continua do mesmo tamanho,
ainda sem nomes de peso. Bernal não é um político que se sobressaia e, em
termos administrativos é uma incógnita. Até agora seu mérito é haver
demonstrado ser um radialista muito bom de votos, cujo trabalho legislativo
obscuro se perdeu na menos importância que o eleitor empresta a este poder.
Hoje todos os olhos estão voltados para ele.
Boas intenções, certamente ele tem, votos de boa sorte,
também. Queremos uma cidade melhor, que permita oportunidades democráticas de
crescimento de todos e de cada um dos seus habitantes. Passaram-se 15 dias da
posse sem que o secretariado esteja definido por completo e, isso gera especulações,
inclusive a que diz que alguns dos nomes convidados têm abdicado ao convite.
As mazelas da antiga administração eram conhecidas pela
maioria dos eleitores que optaram por um voto na mudança, assim como suas
positividades, portanto conhecidas e nomeadas por Bernal durante sua campanha.
Fazer de cada dificuldade a ser resolvida um desfiar de lamentos e acusações
não soluciona um sequer dos problemas enfrentados, bem como manter o foco, as
atenções e energias em questões pontuais não fará com que a administração da
Capital seja a contento.
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