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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Nomeações de Bernal mostram limitações e geram incertezas


Imagem: Arquivo Imprensa'in'prensa

Com a nomeação de Leila Cardoso Machado, indicada pelo vereador Professor João Rocha (PSDB) à revelia do Partido, para o cargo de Diretora-Presidente da Fundação Municipal de Esporte (Funesp), o prefeito Alcides Bernal (PP) segue sua lógica de manter um secretariado técnico, de pouca experiência em administração pública e longe, muito longe de bom trânsito político.

Em que pese denúncias mais ou menos graves contra os secretários – Semy Ferraz (Seintrha e agetran) por desvio de verbas do PAC no Acre, Gustavo Freire (Semre) envolvido nas investigações da operação Vulcano em Corumbá, Luiz Alberto de Oliveira Azevedo (IMTI)  envolvido em investigação do FAT, Julio Cabral (Fundac) à época dono de uma das agências envolvidas na farra da publicidade do governo Zeca do PT – o perfil da equipe montada por Bernal demonstra pouco entrosamento com os grupos políticos de mais forte presença no município e no Estado.

Aparentemente buscando romper de forma brusca e definitiva o domínio do PMDB, em especial a predominância de seus caciques Puccinelli e Trads, e outras forças em declínio ou em pleno vigor com residência na Assembleia, Bernal quer ser a única estrela a reluzir durante o mandato.

Ainda assim, e dentro de sua vaidade arrogante, consegue manter na sua esfera de apoio nomes como o do senador Delcídio do Amaral e Zeca do PT. Aliás, de seus secretários, a maioria está ou esteve ligada ao partido e ao ex-governador. E neste jogo tem resvalado para a perigosa área do isolamento quando desdenha de nomes competentes que lhes apresentam partidos que não negaram o apoio. A sua equipe conta com dois nomes do PSDB, sem que tenham sido indicados pelo partido e trocou o nome do ex-vereador e presidente do PV, Marcelo Bluma, pelo de seu auxiliar direto, Marcon, inexpressivo e obediente.

Acabou a guloseima, terminou a festa. Tudo o que eram atenções e expectativas, findaram. A bola da vez são as eleições 2014 e seus protagonistas, Bernal inclusive, mas desta vez na posição de vidraça e não mais a fada madrinha do pleito municipal.

É necessário entender que o PP continua do mesmo tamanho, ainda sem nomes de peso. Bernal não é um político que se sobressaia e, em termos administrativos é uma incógnita. Até agora seu mérito é haver demonstrado ser um radialista muito bom de votos, cujo trabalho legislativo obscuro se perdeu na menos importância que o eleitor empresta a este poder. Hoje todos os olhos estão voltados para ele.

Boas intenções, certamente ele tem, votos de boa sorte, também. Queremos uma cidade melhor, que permita oportunidades democráticas de crescimento de todos e de cada um dos seus habitantes. Passaram-se 15 dias da posse sem que o secretariado esteja definido por completo e, isso gera especulações, inclusive a que diz que alguns dos nomes convidados têm abdicado ao convite.

As mazelas da antiga administração eram conhecidas pela maioria dos eleitores que optaram por um voto na mudança, assim como suas positividades, portanto conhecidas e nomeadas por Bernal durante sua campanha. Fazer de cada dificuldade a ser resolvida um desfiar de lamentos e acusações não soluciona um sequer dos problemas enfrentados, bem como manter o foco, as atenções e energias em questões pontuais não fará com que a administração da Capital seja a contento. 

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