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Dagoberto Nogueira Filho |
Dagoberto Nogueira (PDT), candidato a vice-prefeito da Capital em 2012,
na chapa encabeçada pelo atual secretário Edson Giroto (PMDB), e
responsabilizado por muitos como um dos fatores da desarticulação da campanha,
que transformou aliados em antagonistas, retorna agora em busca de mídia. Em
que pese o esforço pela rearticulação do partido, inexistente durante a permanência
de Dagoberto como presidente estadual da legenda, parece que a dissidência tem
nome, sobrenome e uma persistência sobre-humana em provocar rusgas.
Ou seria quase que uma maldição sobre o partido? João Leite Schmidt, atual
presidente estadual, um dos maiores articulistas políticos do Estado assumiu
com a missão de dar rumo ao emaranhado de intrigas, desapontamentos e rancores.
No entanto, uma sucessão de acasos nefastos como a cassação de prefeitos,
envolvimento de pessoas do gabinete de Felipe Orro com crimes políticos, dos
quais o próprio Felipe não pode se dizer inocente, cassação do vereador Paulo
Pedra de Campo Grande, o último bastião pedetista na política da capital e,
agora, não bastasse, declarações de Dagoberto.
Falar de sucessão, agora, quando não abaixou a poeira da última eleição,
enquanto ânimos não serenaram, candidatos – exceto Delcídio – não firmaram
consenso em torno de seus nomes, era tudo o que o PDT não necessitava. E, pelas
suas palavras, o partido assume sua pequenez anunciada na desistência pelos
mais cobiçados e significativos cargos. Dessa forma a prima dona fica por conta
da Câmara dos Deputados. Adivinhem quem a cobiça? Dagoberto, aquele que tem suas
votações decrescentes na mesma proporção que crescem denúncias.
Para quem já teve um partido forte, resta a posição de tábua de salvação
neste maremoto em que se tem transformado a política. Cabe ao governador André
Puccinelli desandar de vez o caldo e formar uma aliança que permita tempo de TV
à campanha, associado a pouca confiabilidade e a inevitável desagregação.
Dagoberto quer, por enquanto, mídia. Não para o partido, não para um
projeto, mas apenas para suas pretensões pessoais. Conhecendo um tantinho de
política, pode-se avaliar que sua eleição seja improvável, mas no fechar das
contas ele se sairá bem.
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