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Vereadora Luiza Ribeiro |
“Uma
dos grandes temas nas manifestações em todo Brasil foi o transporte coletivo. A
sociedade está reivindicando participar deste debate de maneira autônoma. Em
Campo Grande temos um transporte caro, ineficiente, atrasado, apertado,
desconfortável e inacessível, por isso, temos que intervir para melhorar este
serviço”, defende Luiza Ribeiro.
Segundo
Haroldo Borralho, presidente do Centro de Documentação e Apoio aos
Movimentos Populares
(Cedampo), o conselho de transporte é uma antiga reivindicação dos movimentos
sociais. “A criação do Conselho que deve ser deliberativo, é a democratização
de todo o processo. Sem dúvida são vários os ganhos para os usuários”,
argumentou.
O
projeto que cria o Conselho Municipal de Transporte e Transito em Campo Grande,
órgão de caráter participativo no planejamento, fiscalização e avaliação da
Política Municipal de Transporte, Trânsito e Mobilidade Urbana tem fundamento
nas diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana instituída pela Lei
Federal n. 12.587/12.
Dados
do IBGE apontam que apenas 6,4% dos municípios brasileiros possuem um Conselho
Municipal de Transporte. Outro dado preocupante é que o número de municípios
com um Plano Municipal de Transporte é de 3,8%, e só 3,7% possuem um Fundo
Municipal de Transporte.
Campo
Grande não conta com esses mecanismos, fundamentais para o caráter
descentralizado e democrático da administração, mediante uma gestão
compartilhada das políticas públicas, e do controle e coordenação das ações de
governo para transporte público. “A proposta de criação do Conselho coloca o
usuário como partícipe das decisões, deixando de serem “passageiros” no
processo de melhoria das políticas públicas de transporte e mobilidade urbana”,
afirma a vereadora.
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