![]() |
Precisamos estancar a violência, não o sangue derramado |
A Comissão
Permanente de Educação da Câmara Municipal de Campo Grande, por meio dos
vereadores Eduardo Romero (PT do B) e Carla Stephanini (PMDB), e ainda com a
participação da vereadora Luiza Ribeiro (PPS), promove no dia 3 de
dezembro, a partir das 19h, uma audiência pública com o tema ‘Políticas
Públicas LGBT em Campo Grande’.
O objetivo
é debater com vários setores da sociedade sobre como a prefeitura municipal
pode promover a cidadania do público LGBT. A ideia é ouvir o público, em
conjunto com autoridades e segmentos criados para atender a sociedade sem
distinção.
O vereador
Eduardo Romero explica que a audiência pública foi solicitada pelo Conselho
Estadual da Diversidade Sexual, presidido por Leonardo Bastos. Estão definidas
na pré-pauta, com possibilidade de novas discussões durante o evento, as ações
de enfrentamento a discriminação e a violência; promoção da cidadania da
população LGBT; criminalização da homofobia; o Disque 100; famílias LGBT;
processo de transexualização no SUS, entre outros
‘Protocolamos este pedido por considerar
importante a participação da Casa de Leis nos debates sobre os Direitos
Humanos’, destaca o conselheiro Leonardo Bastos.
Além da
sociedade em geral, foram convidados instituições como secretarias de saúde,
secretarias de assistência social e trabalho, secretarias de educação, polícias
civil e militar, setor comercial, instituições de defesa dos Direitos Humanos e
combate a homofobia, entre outros.
O evento
será no Plenário Edroim Reverdito, na Câmara Municipal, no dia 3 de dezembro, a
partir das19h. Mais informações pelo telefone 3316-1534, no gabinete do
vereador Eduardo Romero.
Políticas
públicas LGBT
Em 17 de
maio de 1990, a Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde aprovou a
retirada do código 302.0 (Homossexualidade) da Classificação Internacional de
Doenças, declarando que “a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio
e nem perversão”. A nova classificação entrou em vigor entre os países-membro
das Nações Unidas em 1993. Com isso, marcou-se o fim de um ciclo de 2000 anos
em que a cultura judaico-cristã encarou a homossexualidade primeiro como
pecado, depois como crime e por último como doença.
Apesar do
reconhecimento da homossexualidade como mais uma manifestação da diversidade
sexual, as lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) ainda
sofrem cotidianamente as consequências da homofobia que pode ser definida como
o medo, a aversão, ou o ódio irracional aos homossexuais: pessoas que têm
atração afetiva e sexual para pessoas do mesmo sexo.
A homofobia
e transfobia se manifestam de diversas maneiras, e em sua forma mais grave
resulta em ações de violência verbal e física, podendo levar até o assassinato
de LGBT. A homofobia também é responsável pelo preconceito e pela discriminação
contra pessoas LGBT, por exemplo, no local de trabalho, na escola, na igreja,
na rua, no posto de saúde e na falta de políticas públicas afirmativas que
contemplem LGBT.
A população
LGBT fica submetida a toda essa lógica de preconceito que gera múltiplas formas
de discriminação e sofrimentos, sendo que na maioria das vezes, por todos os
aspectos citados, esse sofrimento e exclusão de políticas e serviços públicos
não são percebidos pela sociedade e instituições como algo que mereça atenção e
intervenção do Estado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário