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sábado, 7 de dezembro de 2013

Doentes mentirosos

A CPI da Saúde gasta mais de R$ 350 mil para concluir que não existem culpados pelo Caos na Saúde. Alguns até já pensam em instaurar uma oura CPI para comprovar que não existem falhas na Saúde.


Quem sabe alcançaremos um ponto de uma CPI declara que sequer existe doença.


A grande doença é a imoralidade

Tudo se resumiu em que falta dinheiro para a Saúde Pública. Por quês foram deixados de lado. Diretamente envolvidos, não foram ouvidos; a investigação que apurou desvio de dinheiro, recusa de materiais para beneficiar empresas terceirizadas  cujos donos eram dirigentes de hospitais; contratações de pessoas a título de especialidades para melhoria do serviço – pessoas que sequer foram vistas visitando seus locais de trabalho; um estádio de material sucateado, um ex-secretário sob a capa protecionista da Câmara dos Deputados, um prefeito blindado como será o caixão de sua candidatura ao governo...

Doentes mortos por falta de estrutura; pessoas purgando suas dores nas macas dos corredores insalubres dos hospitais e postos de atendimento; profissionais desamparados, mal assistidos em suas necessidades; falta de material ou produtos de péssima qualidade; falta de vagas; salários mal pagos.

R$ 350 mil e 137 dias para aplicar 35 gotas de analgésico no câncer da saúde pública.


O Caos na Saúde, sem responsáveis, sem caos, sem nada.
É provável que tenhamos uma CPI sobre a CPI da Saúde. Vai resolver alguma coisa? Não, mas vai criar fatos e ganhar manchetes que irão beneficiar um e outro candidato ao governo do Estado e candidatos ao Senado, à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa. Se R$ 350 mil foram pouco, gastam sem a menor cerimônia mais uns tantos mil reais.O deputado Marquinhos Trad (PMDB) não estranhou o resultado da CPI, até nem poderia porque foram salvos dos escombros seus parentes próximos, ou nem tanto, mas estranhou o valor. Amarildo Cruz (PT) estranhou o resultado, mas assinou, aceitou cada uma das imposições dos homens do governador impostos na Comissão e nem sequer apresentou uma mínima explicação para os valores gastos em NADA.

11 Municípios e Nenhum Destino

Amarildo Cruz foi enfático: “Não tem absolutamente nada de desvio de dinheiro, de gastos indevidos. Fomos a 11 municípios. Eu não fui sozinho. Foram deputados, assessoria, locamos até uma Van, para caber as pessoas e a estrutura que precisávamos levar”, disse. Agora quem deve prestar contas, num malabarismo contábil de fazer inveja ao ministro da fazenda Guido Mantega, e seu PIB que cresce sem crescer, é o administrativo da Assembleia.

A briga pela pizza causou desarmonia na Assembleia, pois o presidente da CPI, Amarildo Cruz, apresentou volto em separado pedindo o indiciamento do ex-prefeito e atual secretário Extraordinário de Articulação, de Desenvolvimento Regional e dos Municípios, de Puccinelli, Nelson Trad Filho (PMDB) e do deputado federal e ex-secretário de Saúde da Capital, Luiz Henrique Mandetta (DEM). O voto foi de última hora e cercado de sigilo, mas não foi feito em tempo hábil. Argúcia ou temor?

Agora, quem terá de decidir sobre um relatório capenga será o Ministério Público, afinal os procuradores independem de votos. Além dos relatórios, o MP recebeu a transcrição das poucas e inservíveis oitivas. O procurador-chefe do MPE, Humberto de Matos Brites prometeu dedicação e uma análise criteriosa para verificar indícios de crime contra a saúde pública.

Os senhores, os blindados

 Adalberto Siufi. Para alguns a doença traz felicidade
Fizeram parte da falácia CPI da Saude: Amarildo Cruz (PT), presidente; Junior Mochi (PMDB e líder do governo na Assembleia), relator; Lauro Davi (PROS – ex-PSB), vice-presidente; Onevan de Matos (PSDB), membro; e Eduardo Rocha (PMDB), membro.

Foram blindados: Nelson Trad Filho, Naim Alfredo Beydoun (dono da Telemidia, responsável pelo GISA), Luiz Henrique Mandetta, Leando Mazina (ex-secretário da Saúde), Silvia Raquel Bambokian (chefe da Divisão de Convênios e Gestão Responsável pelas Liberações dos Recursos Federais), Maria Cristina Abrão Nachif (coordenadora do Gisa), João Yamaura (presidente do IMTI), Bertholdo Figueiró (chefe do setor de Licitações), José Carlos Dorsa (ex-diretor do HU/UFMS), Adalberto Siufi (ex-diretor do Hospital do Câncer) e Beatriz Dobashi (ex-secretária estadual de Saúde).

Outro detalhe chama a atenção e foi questionado por Cruz: por que o relatório não citou o fato de o governador André Puccinelli não comprovar investimento de 12% como prevê a lei.


A CPI
Votos com cabeças abaixadas

A CPI da Saúde foi criada pelos deputados estaduais no dia 23 de maio de 2013 para apurar possíveis irregularidades no SUS, nos últimos cinco anos, em hospitais de Campo Grande, Corumbá, Paranaíba, Dourados, Três Lagoas, Jardim, Coxim, Aquidauana, Nova Andradina,Ponta Porã e Naviraí.

A Comissão foi instaurada após a operação Sangue Frio, realizada pela Polícia Federal em hospitais de Campo Grande.

Os deputados trabalharam por seis meses. Neste período, foram realizadas 35 audiências, 96 pessoas prestaram depoimentos e cerca de 70 mil documentos foram enviados.


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