A CPI da
Saúde gasta mais de R$ 350 mil para concluir que não existem culpados pelo Caos
na Saúde. Alguns até já pensam em instaurar uma oura CPI para comprovar que não
existem falhas na Saúde.
Quem sabe
alcançaremos um ponto de uma CPI declara que sequer existe doença.
A grande
doença é a imoralidade

Doentes mortos por falta de estrutura; pessoas purgando suas
dores nas macas dos corredores insalubres dos hospitais e postos de
atendimento; profissionais desamparados, mal assistidos em suas necessidades;
falta de material ou produtos de péssima qualidade; falta de vagas; salários
mal pagos.
R$ 350 mil e
137 dias para aplicar 35 gotas de analgésico no câncer da saúde pública.
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O Caos na Saúde, sem responsáveis, sem caos, sem nada. |
É provável que tenhamos uma CPI sobre a CPI da Saúde. Vai
resolver alguma coisa? Não, mas vai criar fatos e ganhar manchetes que irão beneficiar
um e outro candidato ao governo do Estado e candidatos ao Senado, à Câmara
Federal e à Assembleia Legislativa. Se R$ 350 mil foram pouco, gastam sem a
menor cerimônia mais uns tantos mil reais. O deputado Marquinhos Trad (PMDB) não estranhou o resultado
da CPI, até nem poderia porque foram salvos dos escombros seus parentes
próximos, ou nem tanto, mas estranhou o valor. Amarildo Cruz (PT) estranhou o
resultado, mas assinou, aceitou cada uma das imposições dos homens do
governador impostos na Comissão e nem sequer apresentou uma mínima explicação
para os valores gastos em NADA.
11 Municípios e Nenhum Destino
Amarildo Cruz foi enfático: “Não tem absolutamente nada de desvio de
dinheiro, de gastos
indevidos. Fomos a 11 municípios. Eu não fui sozinho. Foram deputados,
assessoria, locamos até uma Van, para caber as pessoas e a estrutura que precisávamos levar”, disse. Agora
quem deve prestar contas, num malabarismo contábil de fazer inveja ao ministro
da fazenda Guido Mantega, e seu PIB que cresce sem crescer, é o administrativo
da Assembleia.
A briga pela
pizza causou desarmonia na Assembleia, pois o presidente da CPI, Amarildo Cruz,
apresentou volto em separado pedindo o indiciamento do ex-prefeito e atual
secretário Extraordinário de Articulação, de Desenvolvimento Regional e dos
Municípios, de Puccinelli, Nelson Trad Filho (PMDB) e do deputado federal e
ex-secretário de Saúde da Capital, Luiz Henrique Mandetta (DEM). O voto foi de
última hora e cercado de sigilo, mas não foi feito em tempo hábil. Argúcia ou
temor?
Agora, quem
terá de decidir sobre um relatório capenga será o Ministério Público, afinal os
procuradores independem de votos. Além dos relatórios, o MP recebeu a
transcrição das poucas e inservíveis oitivas. O procurador-chefe do MPE,
Humberto de Matos Brites prometeu dedicação e uma análise criteriosa para
verificar indícios de crime contra a saúde pública.
Os senhores, os blindados
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Adalberto Siufi. Para alguns a doença traz felicidade |
Fizeram
parte da falácia CPI da Saude: Amarildo Cruz (PT), presidente; Junior Mochi
(PMDB e líder do governo na Assembleia), relator; Lauro Davi (PROS – ex-PSB),
vice-presidente; Onevan de Matos (PSDB), membro; e Eduardo Rocha (PMDB),
membro.
Foram
blindados: Nelson Trad Filho, Naim Alfredo Beydoun (dono da Telemidia,
responsável pelo GISA), Luiz Henrique Mandetta, Leando Mazina (ex-secretário da
Saúde), Silvia Raquel Bambokian (chefe da Divisão de Convênios e Gestão
Responsável pelas Liberações dos Recursos Federais), Maria Cristina Abrão
Nachif (coordenadora do Gisa), João Yamaura (presidente do IMTI), Bertholdo
Figueiró (chefe do setor de Licitações), José Carlos Dorsa (ex-diretor do
HU/UFMS), Adalberto Siufi (ex-diretor do Hospital do Câncer) e Beatriz Dobashi
(ex-secretária estadual de Saúde).
Outro
detalhe chama a atenção e foi questionado por Cruz: por que o relatório não
citou o fato de o governador André Puccinelli não comprovar investimento de 12%
como prevê a lei.
A CPI
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Votos com cabeças abaixadas |
A CPI da Saúde foi criada pelos deputados estaduais no dia 23 de maio de 2013 para apurar possíveis irregularidades no SUS, nos últimos cinco anos, em hospitais de Campo Grande, Corumbá, Paranaíba, Dourados, Três Lagoas, Jardim, Coxim, Aquidauana, Nova Andradina,Ponta Porã e Naviraí.
A Comissão foi
instaurada após a operação Sangue Frio, realizada pela Polícia Federal em
hospitais de Campo Grande.
Os deputados
trabalharam por seis meses. Neste período, foram realizadas 35 audiências, 96
pessoas prestaram depoimentos e cerca de 70 mil documentos foram enviados.
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