A partir de 2007 a Secretaria de
Segurança Pública de Mato Grosso do Sul concentrou no período noturno e finais
de semana , nas DEPACs os atendimentos as mulheres vitimas de violência, reduziu
o horário de atendimento da Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher
(DEAM) e fechou a unidade do Bairro Moreninhas. A vereadora Luiza Ribeiro (PPS)
alerta que ações deste tipo desrespeitam a Lei Maria da Penha. “A atenção à
vitima de violência doméstica tem suas especificidades e medidas como estas
deixam como frutos vidas que não voltam mais”, comentou.
Na semana passada a vereadora
enviou um oficio à governadora em exercício, Simone Tebet, solicitando audiência
para entrega do abaixo-assinado que reivindica a ampliação para 24 horas do
atendimento na DEAM, mas até o momento não obteve resposta.
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Foto: Midiamax |
Durante a passeata realizada no
domingo (12), idealizada por amigos e familiares de Dayane Silvestre Uliana,
assassinada pelo ex-marido no dia 4 de janeiro, os manifestantes reivindicaram,
também, plantão 24 horas da DEAM e alertavam para penas mais duras aos
agressores. “A violência não tem dia nem hora para acontece e as mulheres
precisam de acolhimento adequado e rápido no momento que necessitam, ou seja, na hora que a
agressão ocorre”, comentou Luiza Ribeiro, que participou do ato.
Violência em MS
Segundo o relatório Comissão Parlamentar Mista de
Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional que investigou a violência praticada
contra as mulheres no Brasil, Mato Grosso do Sul é o quinto estado no ranking
da violência contra a mulher. A média de mortes nesses casos específicos é de
6,1 para cada 100 mil mulheres no Estado, somente no mês de janeiro, 170
mulheres foram vitimas de violência pelos companheiros na capital. “O poder
público não pode mais silenciar diante das tragédias diárias na nossa cidade.
Temos 10 mil pessoas apoiando a solicitação no abaixo-assinado que queremos
entregar e diversas entidades que lidam diariamente com as mulheres vítimas de
violência estão unidas no coro pela DEAM atendendo nas 24 horas”, finalizou a
vereadora.
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