Corrente pede para que o usuário repasse números de telefones para
prevenção de suicídios para três amigos, mas isso é falso.
Esse texto apareceu nas redes
sociais na segunda quinzena de dezembro de 2016 e trata de um assunto que preocupa
muitas famílias: O suicídio!
O alerta pede para que o
usuário repasse para no mínimo três de seus amigos alguns números de telefone que seriam
de serviços de ajuda à prevenção de suicídios! A ideia é a de que as pessoas
que tiverem com ideia de tirar a própria vida conheçam esse serviço.
Os números em algumas versões
dessa corrente são “0-800-273-8255” e “0800 290 0024”.
Na
verdade, esses telefones foram retirados do site
da empresa que desenvolve o WhatsApp, mas o primeiro número (que seria o
1) foi substituído por zero. Os números de telefone originais
são dos Estados Unidos e
não funcionam aqui para o nosso país.
No Brasil, o WhatsApp recomenda
o Centro de Valorização da
Vida (CVV) para casos de
prevenção ao suicídio, cujo o telefone é 141.
Ligações serão gratuitas
em serviço de prevenção ao suicídio
O Ministério da Saúde firmou acordo de
cooperação com o Centro de Valorização da Vida (CVV) para garantir acesso
gratuito, ao serviço telefônico oferecido pela instituição, para as pessoas que
sofrem de ansiedade, depressão ou, até mesmo, aquelas com risco de suicídio.
O
número de telefone 188 deve ser implantado em todos os estados brasileiros até
abril de 2020. Por meio dele, as pessoas que se reconhecerem com os sintomas
citados acima poderão conversar com voluntários do CVV sem pagar pela ligação.
Atualmente, este tipo de atendimento é
feito pelo contato telefônico 141, canal que cobra a tarifa. Essa alternativa
passará a não ser mais utilizada, de forma gradual, ao longo do tempo.
“O trabalho dos dois mil voluntários
que dedicam o seu tempo na instituição é muito importante. É um voluntariado
muito efetivo, com resultados muito positivos. O Ministério da Saúde vai
continuar apoiando o CVV para que possam ampliar de forma significativa o
acesso de pessoas a esse apoio emocional em momentos de angústias”, destacou o
ministro da Saúde, Ricardo Barros.
A ideia da ligação gratuita para salvar vidas começou a ser implantada em 2015 no município de Santa Maria (RS), por meio de projeto piloto do CVV e do Ministério da Saúde, após o incêndio na Boate Kiss.
A ideia da ligação gratuita para salvar vidas começou a ser implantada em 2015 no município de Santa Maria (RS), por meio de projeto piloto do CVV e do Ministério da Saúde, após o incêndio na Boate Kiss.
CVV
O Centro é uma entidade que trabalha
na prevenção ao suicídio há 55 anos. Atua em 71 postos de atendimento em quase
todo o País, exceto Roraima, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Rondônia.
Com a cooperação técnica, a oferta
gratuita será expandida para todo o Brasil. Além do atendimento telefônico, a
entidade também presta assistência pessoalmente, via e-mail ou chat. São
realizados em torno de um milhão de atendimentos por ano.
“O acordo vai possibilitar que
qualquer brasileiro possa ligar para o CVV gratuitamente. No Rio Grande do Sul,
aumentou em quatro vezes a capacidade de atendimento. Um milhão de ligações,
pode representar, quatro milhões de brasileiros recebendo apoio”, ressaltou o
diretor do CVV Brasil, Antônio Carlos Braga.
Prevenção ao suicídio
Prevenção ao suicídio
O
Brasil está entre os 28 países, de um universo de mais de 160 analisados pela
Organização Mundial de Saúde (OMS), que possui estratégia de prevenção ao
suicídio. A taxa no Brasil está bem abaixo a de outros países da América do
Sul. Em 2014, foram registrados 10.653 óbitos por suicídio no Sistema de
Informação de Mortalidade, taxa média de 5,2 por 100 mil habitantes,
praticamente metade da média mundial (11,4 por 100 mil). Na Argentina, a taxa é
de 10,3 por 100 mil habitantes; Bolívia (12,2), Equador (9,2), Uruguai (12,1) e
Chile (12,2).
A OMS define como meta global, até
2020, a redução da taxa de suicídio em 10%. No Brasil, o índice de suicídios em
homens (8,8) foi quatro vezes maior que o de mulheres (2,2) em 2014.
Em relação à quantidade de pessoas que
cometem suicídio no País, a faixa etária com maior incidência é a de 30 a 39
anos para ambos os sexos, sendo registrados 1.768 suicídios entre os homens e
480 entre mulheres. A rede pública oferece acompanhamento psicológico e
psicoterápico, incluindo terapia ocupacional, bem como assistência hospitalar.
Fontes: Portal
Brasil, com informações da Portal
Saúde, do CVV e da OMS, e do portal
E-FARSAS.COM
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