De
boas intenções o Inferno está cheio. Propor, como fez o vereador Ademir Santana
(PDT) a criação de um Hospital Municipal que viria a desafogar a Santa Casa é louvável,
mas incorre no equívoco de todos os novatos, ainda que lhes preencha o
currículo para as próximas eleições.
Para
o vereador, a presença do presidente da Santa Casa de Campo Grande, Esacheu Nascimento,
revelou o quanto é importante o poder público municipal planejar ações que
ajudem a instituição a sair da crise atual e permanecer oferecendo bons
serviços de saúde à população. E foi assertivo quando declarou que “o mais
importante é que há uma crise profunda no que diz respeito ao atendimento
das demandas vindas do interior do MS e até de outros estados”.
Em relação à permanente crise financeira da Santa Casa, enfatiza
que é urgente que novas ideias e planos alternativos ajudem a desafogar a
instituição, e é necessário urgente na construção do hospital municipal.
“Eu entendo que o investimento seja alto, mas a longo prazo
trará enorme economia para o município, além de fazer com que a Santa Casa
melhore sua prestação de serviço, já que uma obra dessa ordem evitaria a
superlotação e o atendimento precário”, disse.
Definir
que a antiga rodoviária, boa parte dela área pública, poderia ser utilizada para
o estabelecimento desse hospital é desconhecer a arquitetura necessária para a
instalação de prédios que cuidem da saúde.
Nas
boas intenções demonstradas lembrou o tempo que o Hospital do Trauma aguarda
para ser concluído, 20 anos, mas esbarrou no fato que empresas privadas
investem alto em construções de hospitais declinando a análise de que saúde
privada dá lucro, e muito, porque a gestão pública não atende o que lhe é
obrigação constitucional.
“Sei que as coisas não acontecem de uma hora para outra. ...
Vou buscar técnicos que ajudem a elaborar o plano, vou buscar recursos.
Quero convencer o poder executivo da capital de que o hospital municipal é
uma saída segura e permanente para a saúde pública de Campo Grande”,
ponderou.
Talvez, na função de vereador, devesse questionar, acompanhar e
se mobilizar para que o gestor da Capital consiga resolver os problemas de
desabastecimento de insumos e medicamentos das Unidades de Saúde, impedisse o fechamento do Hospital da Mulher no Bairro Moreninhas, definisse um
plano de cargos e carreiras para os servidores da saúde e por ai afora.
A intenção é melhor que boa, é ótima, no entanto beira à utopia.
Com informações da
Assessoria de Comunicação do Vereador
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