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Maia e Temer (Adriano Machado/Reuters) |
A incompetência administrativa nos compara a Venezuela.
Querer fazer diferente, nem sempre é fazer o certo. Parece que o povo vota pela
revolta, foram tantos os roubos durante o governo de esquerda, tantas
contradições, tanto disparate que, assim como a eleição de Collor, buscamos uma
saída na reviravolta da esquerda para a direita extrema.
Rodrigo Maia é mais político, sabe lidar com aquela casa inchada
com 513 deputados de 35 partidos sem ideologia, sem lógica, sem o menor senso
do ridículo. Conhece seu rebanho. Bolsonaro não, ele foi direcionado a seguir
ordem superiores e aproveitou o momento político para lançar seu nome, sem
esperança de vencer as eleições, mas venceu. Parece que o país matou todos os
possíveis nomes aptos a governar o país, sobraram “aqueles” candidatos e a
população escolheu entre o Nhô Ruim e o Nhô Pior.
Assim como Collor, Bolsonaro não tinha escopo e equipe de
governo, recorreu aos militares, muitos deles nos dão esperança de um país
melhor, mas na parte civil, pecou. Gente muito próxima do banco de réus da
justiça. A Educação talvez se mude para “Ministério da Lambança”, a Saúde nas
mãos de Mandetta, envolvido em escândalos administrativos quando secretário
municipal de Saúde do governo Nelson Trad Filho, agora eleito senador e com
foro privilegiado, apesar das denúncias que pesam sobre ele, aliás, irmão do
atual prefeito da Capital de Mato Grosso do Sul, o “nosso Mad Pantaneiro” que
vem fazendo uma gestão insana e incompetente.
Mas, afinal, o que vai dar essa briga? Prejuízo para toda a
população. Tem gente desejando que Bolsonaro se digne a ficar na sua posição de
presidente de twitter e deixe governar quem não tem partido mas tem
competência, talvez Mourão. Tem gente temendo um golpe e faz o absurdo de
encaminhar uma Proposta de Emenda a Constituição (PEC) propondo eleições em
caso de afastamento do presidente eleito; tem vice presidente tentando botar
ordem na casa, mas daquela maneira sutil dos militares, na base do eu mando e
você obedece.
Nossa situação é estranha e crítica. Em coletivas de
imprensa algumas empresas de comunicação são desconvidadas, numa clara censura
implícita – acho que explícita mesmo. Por que impedir a divulgação pelos
críticos. Isso me recorda o período de ditatura civil-militar. Isso nos recorda
a mentira que era imposta como forma de verdade. Um progresso que não houve, e
a deterioração da educação e dos avanços sociais. Um país gestado e gerido
pelos militares – lógico que menos preparados e mais linha dura do que os de
hoje – e comandado por um grupo político civil corrupto.
São posições antagônicas e temíveis conforme segue:
PEC Anti-Mourão propõe eleições
diretas em 90 dias em caso de queda de presidente – Jornal O Globo
Os deputados Henrique Fontana (PT-RS) e Paulo Teixeira (PT-SP)
protocolaram nessa quarta-feira uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
propondo eleições diretas em 90 dias em caso de afastamento definitivo do presidente
da República, governadores e prefeito. A proposta foi apelidada na Casa de “Anti-Mourão”,
em referência ao vice—presidente Antônio Hamilton Mourão.
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