Minha
querida amiga e blogueira Nathalia Dezoti, lá de Sampa desandou e
andou cheia de razão em Facebook:
“Eu não vou falar sobre as OSs na gestão dos
programas culturais de SP porque eu realmente não tenho conhecimento suficiente
sobre.
Eu quero
falar sobre pessoinhas que eu vi se transformarem em homens e mulheres
incríveis através do programa Fábrica de Cultura, no qual trabalhei com o
coração todo durante 5 anos.
Tenho aqui e em outras redes alguns dos alunos e alunas e ex alunos e alunas, mais especificamente da Fábrica de Cultura Jaçanã. Eu vejo a evolução dos mesmos de forma tão bonita. Nem todos seguirão "carreiras" artística ou cultural. Porém todos, todos mesmo, os que tenho aqui, se tornaram pessoas fodas. Com pensamentos fodas, com opiniões fortes, com a cara a tapa o tempo todo.
E, de tudo que é possível enxergar nesses cortes abruptos da cultura do Estado, eu enxergo essas metamorfoses que só foram possíveis acontecer por conta de alguns programas culturais, minguarem cada vez mais, de forma progressiva.
É muito triste pensar nisso ao mesmo tempo que sigo olhando "minhas quiança" de longe sendo cada vez mais donas de si e cheias de vida.
É muito triste”
Gerson Daniel da Silva
amigo de Facebook, também, deu seu pitaco:
O Brasil é o terceiro país mais ignorante do mundo.
Me conforta saber que só existem dois lugares que
eu não vou querer visitar...
E por ai vamos...
Até a década
de 1970 havia escola pública de alta qualidade, um país em crescimento, mas
tudo mudou quando intuiu-se que um povo educado e qualificado não manteria aquele
status quo que permitiria um povo
manso e obediente, com goela enorme a lhes imputar tudo, fazer com que
engolissem suas verdades, suas mentiras.
E a coisa
foi mudando, piorando, se degradando.
Hoje o
que vemos é um povo que vem saindo da “vida de gado”, irritado, enlouquecido,
prestes a propor suas próprias mudanças.
Não sei
se Bolsonaro foi a melhor solução, sequer se é uma solução ou um problema. Mas
após a mentira da esperança de um governo “justo com os mais necessitados”, de
esperanças não cumpridas, de sonhos e verbas roubadas, é, nas palavras de um de
seus maiores estertores, Caetano Veloso, “o avesso, do avesso, do avesso, do
avesso”. Vamos por ai, afinal, “A
democracia é a pior forma de governo, com exceção de todas as demais.” Conforme
dizia Winston
Churchill.
Não quero
saber o nome desse, ou daquele, mas o consenso é que ou educamos nossa
sociedade, ou estaremos fadados ao caos. Educar não é apenas dar escolas, mas
antes e tão somente, dar cultura e apoio social.
Ninguém
se faz em escolas, nada se constrói em um ambiente social conturbado e
abandonado. Não pretendemos coadunar com as ideias espúrias de um ideal
sociológico-político distante da realidade sofrível e agressiva, bandida mesmo.
Queremos
o combate direto e ágil dessa realidade que nos mantém prisioneiros em nosso
mundo, não há pau que nasceu torto que consiga se endireitar, sequer há um
ferro torcido que, sem o calor e força, volte a ser ereto, mas, e sim, a
possibilidade de evitarmos um futuro nefasto, sombrio.
Então
quais motivos levam dirigentes, que NÓS elegemos, a atuarem aviltando e
destruindo a cultura (em toda sua concepção) impedindo um país melhor, que
deixe de ser um país, apenas, e passe a ser uma Nação?
Para
manter isso? Exterminando o que dá errado? Impedindo que os atuais jovens
constituam famílias? Expondo e exponenciando o ódio, a raiva, o desacerto?
Não
temos, tomaremos. É isso?
Existem
ações a curto, médio e longo prazo. Se a cultura hoje é que exterminemos
àqueles que não acreditamos possíveis de recuperação – a curto prazo – talvez seja
plausível, pois nos vemos acuados e impotentes; recuperá-los por uma ação
direta de respeito e possibilitando condições de reeducação, não os
transformando em animais enjaulados na Universidade do Crime, como temos feito
com nossas prisões – a médio prazo – para isso basta menos discurso, menos
bla-blá-blá, menos difundir a higienização por meio da morte para galgar uma
sociedade de “senhores” puros e impolutos (que sabemos estão longe disso, são
canalhas disfarçados em sua maioria); ou acompanhamos o progresso social e humanos
e investimos em cultura – a longo prazo – começando agora.
A voz do
povo é a voz de Deus, diz o ditado. Uma minoria que elege seus representantes
(somados votos contrários, abstenções – até porque resta pouca ou nenhuma
esperança, e isso cresce), trancafiada em seus medos, quer a solução, não UMA
solução, apenas uma solução. Quer a possibilidade de cultura – e não estamos
falando de educação formal.
Ou nos
enojamos, nos rebelamos^, e partimos para uma contraposição, ou nos agregamos à
malta dos humilhados. Políticos, todos querem ser, em sua imensa maioria, não
para proporcionar uma Nação em que nossos descendentes possam, mais do que
sobreviver, VIVER, mas apenas e tão somente para aproveitar as benesses que
essa condição nos proporciona. Eu quero é Poder, ou F... essa é a ideia. E daí?
Bom dai que iremos todos aproveitar de outros ares, outros mundos, Nações que
não são nossas, e quando terminar o extermínio e a limpeza étnica e social,
voltaremos para aproveitar dessa terra maravilhosa, plena de natureza, cantada
em proza e verso, apenas com a estirpe que nos apraz sem pátria, sem nada.
Governador Doria de São Paulo, tome juízo, prefeito Covas - não desonre seu nome -, presidente Bolsonaro, aprenda, ouça e destrone essa coisa intitulada ministro da Educação. Ainda há tempo para o Brasil.
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