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sábado, 6 de abril de 2019

Fora da cultura há uma fábrica de marginais


Minha querida amiga e blogueira Nathalia Dezoti, lá de Sampa desandou e andou cheia de razão em Facebook:

“Eu não vou falar sobre as OSs na gestão dos programas culturais de SP porque eu realmente não tenho conhecimento suficiente sobre.

Eu quero falar sobre pessoinhas que eu vi se transformarem em homens e mulheres incríveis através do programa Fábrica de Cultura, no qual trabalhei com o coração todo durante 5 anos.

Tenho aqui e em outras redes alguns dos alunos e alunas e ex alunos e alunas, mais especificamente da Fábrica de Cultura Jaçanã. Eu vejo a evolução dos mesmos de forma tão bonita. Nem todos seguirão "carreiras" artística ou cultural. Porém todos, todos mesmo, os que tenho aqui, se tornaram pessoas fodas. Com pensamentos fodas, com opiniões fortes, com a cara a tapa o tempo todo.

E, de tudo que é possível enxergar nesses cortes abruptos da cultura do Estado, eu enxergo essas metamorfoses que só foram possíveis acontecer por conta de alguns programas culturais, minguarem cada vez mais, de forma progressiva.

É muito triste pensar nisso ao mesmo tempo que sigo olhando "minhas quiança" de longe sendo cada vez mais donas de si e cheias de vida.

É muito triste”

Gerson Daniel da Silva amigo de Facebook, também, deu seu pitaco:
O Brasil é o terceiro país mais ignorante do mundo.
Me conforta saber que só existem dois lugares que eu não vou querer visitar...

E por ai vamos...

Até a década de 1970 havia escola pública de alta qualidade, um país em crescimento, mas tudo mudou quando intuiu-se que um povo educado e qualificado não manteria aquele status quo que permitiria um povo manso e obediente, com goela enorme a lhes imputar tudo, fazer com que engolissem suas verdades, suas mentiras.

E a coisa foi mudando, piorando, se degradando.

Hoje o que vemos é um povo que vem saindo da “vida de gado”, irritado, enlouquecido, prestes a propor suas próprias mudanças.

Não sei se Bolsonaro foi a melhor solução, sequer se é uma solução ou um problema. Mas após a mentira da esperança de um governo “justo com os mais necessitados”, de esperanças não cumpridas, de sonhos e verbas roubadas, é, nas palavras de um de seus maiores estertores, Caetano Veloso, “o avesso, do avesso, do avesso, do avesso”. Vamos por ai, afinal, A democracia é a pior forma de governo, com exceção de todas as demais.” Conforme dizia Winston Churchill.

Não quero saber o nome desse, ou daquele, mas o consenso é que ou educamos nossa sociedade, ou estaremos fadados ao caos. Educar não é apenas dar escolas, mas antes e tão somente, dar cultura e apoio social.

Ninguém se faz em escolas, nada se constrói em um ambiente social conturbado e abandonado. Não pretendemos coadunar com as ideias espúrias de um ideal sociológico-político distante da realidade sofrível e agressiva, bandida mesmo.

Queremos o combate direto e ágil dessa realidade que nos mantém prisioneiros em nosso mundo, não há pau que nasceu torto que consiga se endireitar, sequer há um ferro torcido que, sem o calor e força, volte a ser ereto, mas, e sim, a possibilidade de evitarmos um futuro nefasto, sombrio.

Então quais motivos levam dirigentes, que NÓS elegemos, a atuarem aviltando e destruindo a cultura (em toda sua concepção) impedindo um país melhor, que deixe de ser um país, apenas, e passe a ser uma Nação?

Para manter isso? Exterminando o que dá errado? Impedindo que os atuais jovens constituam famílias? Expondo e exponenciando o ódio, a raiva, o desacerto?

Não temos, tomaremos. É isso?

Existem ações a curto, médio e longo prazo. Se a cultura hoje é que exterminemos àqueles que não acreditamos possíveis de recuperação – a curto prazo – talvez seja plausível, pois nos vemos acuados e impotentes; recuperá-los por uma ação direta de respeito e possibilitando condições de reeducação, não os transformando em animais enjaulados na Universidade do Crime, como temos feito com nossas prisões – a médio prazo – para isso basta menos discurso, menos bla-blá-blá, menos difundir a higienização por meio da morte para galgar uma sociedade de “senhores” puros e impolutos (que sabemos estão longe disso, são canalhas disfarçados em sua maioria); ou acompanhamos o progresso social e humanos e investimos em cultura – a longo prazo – começando agora.

A voz do povo é a voz de Deus, diz o ditado. Uma minoria que elege seus representantes (somados votos contrários, abstenções – até porque resta pouca ou nenhuma esperança, e isso cresce), trancafiada em seus medos, quer a solução, não UMA solução, apenas uma solução. Quer a possibilidade de cultura – e não estamos falando de educação formal.

Ou nos enojamos, nos rebelamos^, e partimos para uma contraposição, ou nos agregamos à malta dos humilhados. Políticos, todos querem ser, em sua imensa maioria, não para proporcionar uma Nação em que nossos descendentes possam, mais do que sobreviver, VIVER, mas apenas e tão somente para aproveitar as benesses que essa condição nos proporciona. Eu quero é Poder, ou F... essa é a ideia. E daí? Bom dai que iremos todos aproveitar de outros ares, outros mundos, Nações que não são nossas, e quando terminar o extermínio e a limpeza étnica e social, voltaremos para aproveitar dessa terra maravilhosa, plena de natureza, cantada em proza e verso, apenas com a estirpe que nos apraz sem pátria, sem nada.

Governador Doria de São Paulo, tome juízo, prefeito Covas - não desonre seu nome -, presidente Bolsonaro, aprenda, ouça e destrone essa coisa intitulada ministro da Educação. Ainda há tempo para o Brasil.


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