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Foto: Wagner Guimarães |
Por unanimidade a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do
Sul aprovou, em 18 de julho, em regime de urgência, o reajuste de 16,38 nos
proventos do governador, vice e secretários de estado, embasado no “efeito
cascata” da correção dada aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O
governador Reinaldo Azambuja enfatizou que doará metade do salário para
instituições filantrópicas, mas não impediu, ou usou de sua força política para
impedir o aumento.
No pacote, chamado pelos servidores públicos de “Pacote de
Maldades” eleva também a remuneração dos desembargadores e dos deputados
estaduais, que ficam vinculados dos deputados federais, caso esse seja aprovado
em Brasília.
Realizadas no mesmo dia, uma sessão normal e duas
extraordinárias, apresentada em regime de urgência pela mesa diretora e antes
que fosse batido o martelo do recesso, os deputados, que não se preocuparam em
discutir o reajuste dos outros servidores, que entendem que o estado está
quebrado para dar o justo reajuste as forças de segurança, professores,
profissionais da saúde e outros.
Aquelas promessas de campanha, encampadas pelos deputados, de
austeridade, ficaram perdidos nos descaminhos de uma política de trocas e
favores. Projetos e propostas significativas, nada. Apenas um circo apresentado
no plenário para o público, com propostas que, ou nada significam, ou não serão
aprovadas pela Comissão de Constituição e Justiça por serem inconstitucionais
ou sem embasamento, mas que são tramadas, em desfavor da população, nos
gabinetes e salas de reunião.
O deputado Rinaldo Modesto consegue convencer seus pares de
que o estado está falido para reajustes dos servidores de ponta que atendem à
população do estado, mas não consegue explicar qual a necessidade de tantos
convocados no legislativo e executivo e tanto desprezo pelo trabalho exercido
pelos concursados e tanta falta de servidores efetivos. Afinal, como servir a
dois senhores, ao poder de fato, ou à população que acreditou nas propostas
(promessas infundadas) desses senhores?
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