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CNEC - Avenida Afonso Pena com 25 de Dezembro. (Foto Marcos Ermínio/campograndenews) |
A
venda do imóvel onde funcionava o CNEC Oliva Enciso tem causado discussões
entre os proprietários, pais de alunos e autoridades públicas que questionam o
anúncio da venda por R$ 11 milhões daquele imóvel. Audiência Pública foi
realizada na segunda-feira (11) para debater o problema e encontrar uma
solução.
Entre
as sugestões está a do deputado estadual Pedro Kemp (PT), que propõe a reintegração
e instalação de uma universidade naquele local, mais especificamente um campus
da Universidade do Estado de Mato Grosso do Sul (UEMS)
Eduardo
Romero (PTdoB), vereador da Capital que propôs e presidiu a audiência insiste
em que não sejam abertas prerrogativas que permitam os imóveis doados pelo
poder público para determinada fim, percam a finalidade e questiona que o
patrimônio doado não pode ser incorporado ao bem particular. Em caso
semelhante ocorrido em Santa Catarina e as Justiça determinou que o imóvel
fosse reincorporado ao patrimônio público
O
advogado do CNEC, Abadio Rezende defende que tanto o prédio quanto os investimentos
feitos são de propriedade privada e, assim, eles podem fechar e vender. Estranho pensar que nos negócios privados,
toda a benfeitoria feito pelo locatário é integrada ao imóvel sem que este
possa exigir ressarcimento.
Os
pais de alunos questionam a alegação da instituição que diz haver encerrado
atividades por inviabilidade financeira, quando 250 alunos – capacidade total –
estavam matriculados. Funcionários foram demitidos sem aviso ou proposta de
acordo coletivo.
Por
que não a Câmara?
Diante
de dois impasses que se desenvolvem simultaneamente, o despejo dos vereadores
do atual prédio da Câmara Municipal de Campo Grande e toda a discussão em torno
dos custos de uma reforma do prédio da Antiga Rodoviária e revitalização de seu
entorno; e da destinação do edifício até então ocupado pelo CNEC, por que não
adaptar e transferir os vereadores para aquele local?
É
central, próximo ao Paço Municipal, bem localizado e sua adaptação seria menos
onerosa aos cofres públicos. Concomitantemente, que se busque na Justiça
avaliar o real valor a ser ressarcido aos administradores da entidade sem fins lucrativos, CNEC.
Salas
mais amplas para os vereadores, não faltarão. Espaço para abrigar o contingente
administrativo, também não, a adaptação da quadra de esportes em plenário é de
fácil solução arquitetônica e o imóvel está em boas condições de conservação.
Ou
seria simples demais e nossa classe política prefere o velho estilo de criar
dificuldades para vender facilidades?
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