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quarta-feira, 13 de março de 2013

Zeca do PT aceita coligar com o PMDB, não com seu dono


O vereador Zeca do PT, ex-governador de Mato Grosso do Sul por dois mandatos consecutivos, se diz disposto a fazer aliança com o PMDB, mas impõe a condição de que o governador André Puccinelli não concorra a qualquer cargo na chapa formada.

O ex-governador retorna com maior constância à mídia após período de ostracismo e reclusão, período em que procurou se afastar dos holofotes até que esfriassem as denúncias de desvio de verbas em seu governo, durante o chamado escândalo da publicidade. Agora, com seu retorno ao legislativo da Capital, Zeca que havia perdido também o controle do PT para o senador Delcídio do Amaral busca, com declarações bombásticas, retomar um pouco da antiga influência.

Nelsinho Trad ou Simone Tebet seriam nomes defensáveis para uma possível aliança e contariam o apoio de Zeca, que antevê uma aliança nacional se repetindo no estado, mas sua briga com André, que teve início na campanha para a prefeitura em 1996, quando Zeca foi derrotado por 411 votos.

O PT não pode desconsiderar o conhecimento político e sua força no interior do estado, mas falta muito para que retome sua ascendência sobre os militantes e, principalmente entre os petistas que ocupam cargos eletivos, e faltando pouco mais de um ano para que as alianças se firmem, é improvável que Zeca logre exercer alguma influência.

Mesmo exercendo a liderança do partido na Câmara Municipal de Campo Grande, Zeca tem visto deputados estaduais falarem em nome da bancada de vereadores, como se não houvesse um efetivo comando naquela Casa.

Maus momentos

Se Zeca do PT está em momento delicado na política estadual, André Puccinelli não está melhor.

Após a derrota, mais que do seu candidato Edson Giroto à prefeitura da Capital, de seu projeto e sua arquitetura política, o governador precisa se desligar da imagem de “dono” do PMDB e manter-se apenas como “mandante e executante” dos tantos pequenos, entre os quais a menina dos seus olhos, o PTdoA, digo, PTdoB.

Com a força conseguida na reconfiguração do PSDB, arquitetada pelo deputado federal Reinaldo Azambuja e estadual Márcio Monteiro, somada à reflexão forçada pelo repouso em função da dengue dó senador Delcídio do Amaral, o governador pode entrar numa rota descendente. Neste caso, a experiência política e o pouco senso de limites do ex-governador Zeca, ganharão em importância.

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