Para todas as coisas existe um limite aceitável e
necessário, isso inclui as críticas. Na Democracia este limite é pautado também
pelo respeito, aos criticados e ao contingente populacional que aqueles que
ocupam cargos eletivos representam.
Quando se diz abertamente em impeachment do prefeito Alcides
Bernal, ou quando se leva a cabo uma campanha ardilosa que desmereça, ao invés
de criticar suas ações, ataca-se principalmente a maioria que o elegeu. Em tão
pouco tempo de governo, atribuir-lhe a culpa por todos os pecados do mundo é
dizer que o povo não tem competência para escolher.
Atacar Bernal, sem escrúpulos, vitimará o cidadão
Durante vinte anos de governo peemedebista, apoiado por
partidos coligados, mas não compartilhado com estes, acumulou diversos erros
administrativos e de gestão social. Os problemas não surgiram a partir da
abertura das urnas que apontaram a vitória de Alcides Bernal, nem a partir da
entrega do mandato em 1º de janeiro de 2013.
No entanto, as cobranças pelos problemas, em sua maioria
herdados, partem daqueles que sempre encontraram justificativas para as falhas.
Chega a ser patético o esforço da, agora, oposição, em colocar empecilhos ao
andamento da máquina pública.
Alcides Bernal Foto: Álvaro Rezende/Correio do Estado/Arquivo |
Paira no ar uma campanha difamatória de baixo nível contra o
prefeito Alcides Bernal, alimentada por opositores vorazes e desesperados face
ao infortúnio do PMDB e seus coligados nas eleições de 2012.
É real que Alcides Bernal não tem cacoete democrático ou
capacidade de negociação e convivência políticas, e deve urgentemente adquirir
o hábito de conversar com apoiadores e oposição além de aprender e confiar em
delegar funções aos seus auxiliares. Mas essa aparente autocracia se sedimentou
nos tempos de legislativo, quando dividia atenções e críticas com 20 companheiros
vereadores ou 23 colegas deputados. Agora, as atenções estão voltadas apenas a
ele.
Durante vinte anos de governo peemedebista, apoiado por
partidos coligados, mas não compartilhado com estes, acumulou diversos erros
administrativos e de gestão social. Os problemas não surgiram a partir da
abertura das urnas que apontaram a vitória de Alcides Bernal, nem a partir da
entrega do mandato em 1º de janeiro de 2013.
No entanto, as cobranças pelos problemas, em sua maioria
herdados, partem daqueles que sempre encontraram justificativas para as falhas.
Chega a ser patético o esforço da, agora, oposição, em colocar empecilhos ao
andamento da máquina pública.
Amparados em parte pela mídia a serviço de quem melhor lhes
remunere, criam factoides que ganham eco na maioria oposicionista na Câmara e
desaguam nas repartições públicas insufladas por sindicalistas que nada mais
são que políticos de terceira linha.
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Foto: Cleber Gellio / Midiamax |
Campanha Sistemática
Todas as mazelas de nossa Capital, repentinamente foram obras
da atual administração. As chuvas nunca destruíram nossas ruas, a qualidade do
asfalto e das mais perfeitas, a operação tapa-buracos é uma novidade que veio a
substituir o recapeamento que sempre foi feito. Vamos ter um pouco de seriedade
e acabar com essas balelas.
Talvez a face mais contundente, que seria patética se não
partisse de um dos poderes de estado, foi a proposta do vereador Paulo Siufi
que institui jornada de trinta horas semanais para todo o funcionalismo
municipal. Legislador de longa data, ex-presidente da Câmara Municipal, neste
exato momento, em que um novo governo não atingiu a emblemática data de cem
dias de administração, coloca uma proposta futurista para uma economia
municipal de arrecadação medieval.
Qual o cacife de Siufi para tal proposta? Haver sido um presidente
duramente, mas não abertamente, criticado por seus pares por suas presidência
fraca, eivada de gastos com condecorações inúteis e poucos e insignificantes
servidos prestados à população. Um legislador que usou do poder que o cargo lhe
permitia para assinar como partícipe de um número recorde de projetos e, os
seus próprios projetaram um retrocesso à censura, à hipocrisia de um falso
moralismo.
Se a face mais visível do caos na saúde é a epidemia de
dengue, é sempre bom recordar que os médicos e profissionais de saúde não se
demitiram em massa no dia da posse do novo prefeito. Eles nunca existiram em
número suficiente. Os mosquitos não iniciaram sua reprodução também na data da
posse e, também nesse dia os remédios não sumiram das prateleiras dos postos de
saúde.
Vereadores, vocês aprovaram no apagar das luzes diversos
contratos, muitos com validade de tantos anos que muitos de vocês não viverão
para ver seu final. Quais foram suas motivações para, neste caso, agirem tão
celeremente? Vocês cortaram o acesso do prefeito a verbas que sempre ofereceram
em bandejas ao antigo gestor.
Parece que esta acidez nas críticas pretende criar uma
cortina de fumaça a desviar a atenção da mesmice em repetir erros e não inovar
em acertos que levou o PMDB e seus aliados a uma fragorosa derrota.
Bernal e aliados
Criticamos insistentemente o prefeito Alcides Bernal, a cada
erro de postura, ação, a cada estagnação que prejudique o bem estar da
população e cause prejuízos à comunidade, assim como sempre cobramos de seu antecessor.
É a função da imprensa que tem por ética mais que informar de forma isenta,
apontar erros e cobrar soluções.
Consideramos que seu base de apoio é pouca e que seu líder,
Alex do PT ainda é inexperiente e mal preparado para o cargo. Os dois vereadores
tucanos, Rose Modesto e João Rocha, deixaram-se levar pela ansiedade e
indicaram secretários, causando mal estar no partido e nas negociações que
poderiam haver. O PT e sua bancada digladia-se em disputa interna entre os
grupos do ex-governador e atual vereador Zeca do PT, e do virtual candidato ao
governo, senador Delcídio do Amaral. Os vereadores pepistas são novatos e
imaturos. Resta a vereadora Luiza Ribeiro que tem apresentado um bom desempenho
legislativo e coerência na defesa do executivo municipal, consciente, lúcida e
capaz. É muito pouco.
E Bernal talvez esteja dando maior importância às críticas
infundadas (não estamos aqui falando daquelas que têm fundamento, onde o
executivo tem errado sistematicamente) e menos valor ao apoio popular que ainda
tem. É necessário mudar? Sim. É premente que se busque o diálogo e o delegar
atribuições que conquistem os aliados? Sim. É necessária a aproximação com o
Legislativo? Sim. Priorize isso, prefeito. Dividir ônus torna a caminhada mais
leve e certeira e compartilhar bônus não lhe encobrirá o brilho, pelo
contrário.
2 comentários:
Parabéns Dirceu Martins pelo excelente texto; texto este que expõe de maneira clara e sucinta a incapacidade política e gerencial do atual Prefeito e as mazelas que envolvem os atuais vereadores, horda que gravita em torno do poder na consecução de interesses próprios esquecendo-se daqueles que os elegeram para promoverem o bem-comum. Simplesmente causa repulsa saber que os péssimos serviços públicos deixados pelo antigo gestor possam ser imputados ao atual gestor de apenas 100 dias. Esqueceram-se, por ventura, os nobres edis que até hoje não tem casa própria e oneram o erário público com uma dívida superior a 10 milhões de reais? Desconhecem os edis que devem fiscalizar a atuação do Executivo e que os péssimos serviços na saúde pública, com falta de médicos e medicamentos e no transporte coletivo, com ônibus "novos" pintados e adesivados porém deliberadamente com falta de assentos, e que constrangem o passageiro a viajar em pé, mesmo no horário de baixo fluxo, pagando uma passagem cara de R$ 2,85 foram herdadas do prefeito anterior? E o que é pior: esses mesmos vereadores eram da situação, na sua grande maioria, ou seja coniventes com aquela administração! E mais...
de Jorge Mattos, via facebook
pagando uma passagem cara de R$ 2,85 foram herdadas do prefeito anterior? E o que é pior: esses mesmos vereadores eram da situação, na sua grande maioria, ou seja coniventes com aquela administração! E mais...
de Jorge Mattos via facebook
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