Na sessão desta terça-feira (16), durante sessão na Câmara Municipal de Campo
Grande, a vereadora Luiza Ribeiro (PPS) apresentou à Comissão Permanente da
Saúde, da qual faz parte, ofício solicitando providências que deem
transparência às irregularidades nos Hospitais do Câncer e Universitário.
A vereadora solicita que sejam
convidados para prestarem esclarecimentos, o ex-presidente do Hospital do
Câncer, Adalberto Abraão Siufi, o atual presidente, Carlos Alberto Moraes Coimbra,
a promotora Paula Volpe e representantes dos Conselhos Municipal e Estadual de
Saúde.
Segundo ofício, também serão solicitadas cópias de toda a movimentação
financeira pertinente as investigações, tanto pelos hospitais envolvidos quanto
pelas respectivas pastas responsáveis da Prefeitura de Campo Grande e Estado de
Mato Grosso do Sul: cópias dos contratos e aditivos firmados e pagamentos
efetuados com especificações dos serviços prestados às empresas terceirizadas;
Termo de Contratualização entre o Município e a Fundação Carmen Prudente, mantenedora
do Hospital do Câncer; informações sobre o fluxo do atendimento realizado pelo
SUS na área de oncologia; relatórios de repasses financeiros do Fundo Municipal
de Saúde.
Ao Governo do Estado e
ao Ministério da Saúde, solicita cópias dos relatórios de auditorias e visitas
técnicas realizadas no Hospital do Câncer e, ao Tribunal de Contas, cópias dos
relatórios da Inspeção relativa aos recursos do Fundo Municipal de Saúde e que
o órgão coloque à disposição um técnico, especializado em contabilidade, com
conhecimentos na área da saúde, para assessorar a Comissão de Saúde na análise
de documentos contábeis e financeiros.
Insistência que justifica o mandato
Mais uma vez a vereadora Luiza Ribeiro toma
atitudes de quem tem plena consciência das atribuições do legislador municipal,
apesar do massacre à CPI da Saúde, pela qual lutou a vereadora com o apoio de
grande parcela da população, que os legisladores ligados ao antigo governo
peemedebista de Nelson Trad Filho (PMDB) fizeram questão de enterrar para não verem
expostos ossos de velhos e sempre atuais companheiros.
Será necessária uma intrincada composição de
desejos para que o ofício não seja aprovado, além de expô-los novamente à
desaprovação pública, por menos que isso interesse ao vereador e ex-presidente
daquela Casa, Paulo Siufi (PMDB), conforme suas recentes declarações.
É aguardar e ver quantos e quais dos atuais
29 vereadores conseguiram compreender que os votos que os colocaram no posto
são daqueles que pretendem o direito de acompanhar as investigações sobre os
destinos de seus suados impostos, e que este mesmo voto pode tirá-los da função
em quatro anos ou causar grandes estragos em seus copartidários em 2014.
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