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terça-feira, 7 de maio de 2013

Exemplo de sua ética(?) própria, vereador Flávio César agora quer CPI

Dr. Siufi. (Imagem: g1.globo)
Demonstrado a ética toda própria do grupo que comanda o estado do Mato Grosso do Sul, o vereador Flávio César, líder do ex-prefeito Nelson Trad Filho e atual líder do PTdoB na Câmara, num assomo de civilidade e respeito pela coisa pública, apressou-se em apresentar proposta de criação de uma CPI da Saúde que investigue desmandos, desvios e suspeita de corrupção em benefício de um grupo que dirigia hospitais públicos e eram proprietários de clínicas particulares beneficiadas pelo esquema.

Envolvidos em toda essa negociata, se não diretamente, ao menos pela omissão por não terem atendido às denúncias da imprensa e da própria população, os vereadores que formaram grande base aliada da antiga gestão, aprovando tudo o que lhes fosse enviado pelo executivo e, em tempo algum investigando, como é de sua função, saem respingados pela lama que envolve esse episódio.

André e o partido do qual é dono

O governador André Puccinelli (PMDB), em período de inferno astral ou penalizado pelos Deuses após tantos desmandos, envolvido no episódio da entrega de ônibus escolares quando foi defenestrado pela presidente Dilma Rousseff (PT) e buscou desesperadamente uma desculpa que compensasse a arrogância de seus atos que, podem caber neste estado, mas são mal vistas quando olhadas pela ótica nacional, também sofrendo as penalizações que lhe tem sido impostas pelos eleitores e políticos (com alguma independência), se apressou em ordenar aos seus títeres, que tomassem a frente de uma “investigação” e, dessa forma possa direcioná-la a seu contento. Nada melhor que, neste caso, optar por alguém de um partido sem rosto, sem bandeira, mas com um dono, ele próprio, André Puccinelli.

Vereador Flávio César (PTdoB)
A isso se prestou o vereador Flávio César ao anunciar que havia conseguido 17 assinaturas em apoio à criação de uma CPI no mesmo molde daquela rejeitada anteriormente. Ele e mais 16 que haviam rejeitado proposta apresentada pela vereadora Luiza Ribeiro (PPS), que apresentou na mesma sessão, doze assinaturas de apoio à sua proposta. A paternidade requerida pelo vereador do André, pode produzir orgulho de pai, mas envergonha a cria.

Acordou da morte

O escândalo levado em rede nacional pela Rede Globo fez acordar Brasília e trouxe para Campo Grande o ministro da Saúde, Alexandre Padilha que anunciou uma força-tarefa para apurar e corrigir irregularidades que foram, anteriormente, apuradas em operação da Polícia Federal, Ministério Público e Controladoria Geral da União. Por que agora?

A Polícia tem mecanismos que nós do ministério não temos, como as escutas telefônicas e foi importante que não fosse anunciado antes para que a apuração fosse completa. As punições serão ressarcimento de recursos, punições de ética profissional e até mesmo processos penais e criminais quanto ao desvio de recursos”, disse Padilha.

Os processos penais e criminais por desvio de recursos param ai? As vidas que foram ceifadas ou abreviadas pela negação de tratamento conforme apuradas em escutas telefônicas entre o clã Siufi e seus asseclas, que envolvem ainda a justiça e o próprio chefe do poder executivo do estado não serão contempladas nas investigações?

A vergonha foi desmascarada

Vereadora Luiza Ribeiro (PPS)
A vereadora Luíza Ribeiro (PPS), neste requerimento de CPI, com 12 assinaturas, pede um inquérito mais amplo e abrangente, que derrubaria a tese de especificidade de objeto, usado pelos vereadores para derrubar a anterior proposição. Nessa nova proposição todo o sistema de saúde seria alvo de investigação.

Luiza Ribeiro menciona o fato de o requerimento apresentado por meio do vereador do PTdoB, tratar do mesmo objeto e na mesma forma que havia sido derrubado pelos vereadores da base aliada ao ex-prefeito.

O vereador Zeca do PT, apoiador de primeira hora da CPI, declarou que “Nós tentamos e não conseguimos, mas agora temos todas as condições objetivas postas para se materializar a CPI”. Estranhou, ainda, o fato de em recente visita que fizeram ele, Luiza Ribeiro e Alex à Santa Casa de Campo Grande, haverem sido informados que o equipamento no hospital gerava despesas e, ser este o motivo para a privatização dos serviços. “Acho estranho que a tabela SUS funcione como deficitário para o Poder Público e para iniciativa privada dê lucro”, enfatizou Zeca.

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