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Dr. Siufi. (Imagem: g1.globo) |
Envolvidos em toda essa negociata, se não diretamente, ao
menos pela omissão por não terem atendido às denúncias da imprensa e da própria
população, os vereadores que formaram grande base aliada da antiga gestão, aprovando
tudo o que lhes fosse enviado pelo executivo e, em tempo algum investigando,
como é de sua função, saem respingados pela lama que envolve esse episódio.
André e o partido do
qual é dono
O governador André Puccinelli (PMDB), em período de inferno
astral ou penalizado pelos Deuses após tantos desmandos, envolvido no episódio
da entrega de ônibus escolares quando foi defenestrado pela presidente Dilma
Rousseff (PT) e buscou desesperadamente uma desculpa que compensasse a
arrogância de seus atos que, podem caber neste estado, mas são mal vistas
quando olhadas pela ótica nacional, também sofrendo as penalizações que lhe tem
sido impostas pelos eleitores e políticos (com alguma independência), se
apressou em ordenar aos seus títeres, que tomassem a frente de uma
“investigação” e, dessa forma possa direcioná-la a seu contento. Nada melhor
que, neste caso, optar por alguém de um partido sem rosto, sem bandeira, mas
com um dono, ele próprio, André Puccinelli.
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Vereador Flávio César (PTdoB) |
A isso se prestou o vereador Flávio César ao anunciar que
havia conseguido 17 assinaturas em apoio à criação de uma CPI no mesmo molde
daquela rejeitada anteriormente. Ele e mais 16 que haviam rejeitado proposta
apresentada pela vereadora Luiza Ribeiro (PPS), que apresentou na mesma sessão,
doze assinaturas de apoio à sua proposta. A paternidade requerida pelo vereador
do André, pode produzir orgulho de pai, mas envergonha a cria.
Acordou da morte
O
escândalo levado em rede nacional pela Rede Globo fez acordar Brasília e trouxe
para Campo Grande o ministro da Saúde, Alexandre Padilha que anunciou uma
força-tarefa para apurar e corrigir irregularidades que foram, anteriormente,
apuradas em operação da Polícia Federal, Ministério Público e Controladoria
Geral da União. Por que agora?
“A
Polícia tem mecanismos que nós do ministério não temos, como as escutas
telefônicas e foi importante que não fosse anunciado antes para que a apuração
fosse completa. As punições serão ressarcimento de recursos, punições de ética
profissional e até mesmo processos penais e criminais quanto ao desvio de
recursos”, disse Padilha.
Os
processos penais e criminais por desvio de recursos param ai? As vidas que
foram ceifadas ou abreviadas pela negação de tratamento conforme apuradas em
escutas telefônicas entre o clã Siufi e seus asseclas, que envolvem ainda a
justiça e o próprio chefe do poder executivo do estado não serão contempladas
nas investigações?
A vergonha
foi desmascarada
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Vereadora Luiza Ribeiro (PPS) |
A
vereadora Luíza Ribeiro (PPS), neste requerimento de CPI, com 12 assinaturas,
pede um inquérito mais amplo e abrangente, que derrubaria a tese de
especificidade de objeto, usado pelos vereadores para derrubar a anterior
proposição. Nessa nova proposição todo o sistema de saúde seria alvo de
investigação.
Luiza
Ribeiro menciona o fato de o requerimento apresentado por meio do vereador do
PTdoB, tratar do mesmo objeto e na mesma forma que havia sido derrubado pelos
vereadores da base aliada ao ex-prefeito.
O
vereador Zeca do PT, apoiador de primeira hora da CPI, declarou que “Nós tentamos e não conseguimos,
mas agora temos todas as condições objetivas postas para se materializar a
CPI”. Estranhou, ainda, o fato de em recente visita que fizeram ele, Luiza
Ribeiro e Alex à Santa Casa de Campo Grande, haverem sido informados que o
equipamento no hospital gerava despesas e, ser este o motivo para a
privatização dos serviços. “Acho estranho que a tabela SUS funcione como
deficitário para o Poder Público e para iniciativa privada dê lucro”, enfatizou
Zeca.
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