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Newton Cardoso (PMDB-MG) sem hipocrisia |
Amargurados com mais uma perda do que chamam de benefícios e nós, populacho,
consideramos assalto aos cofres públicos, os deputados aprovaram nesta quarta-feira
(27) o fim do 14º e 15º salários para os parlamentares. Ficam mantidos os
salários extras ao assumirem e deixarem o mandato, ou, que fiquem os dedos...
Mais um esforço de melhorar a imagem da Casa e seus ocupantes fez com
que votassem ainda no calor das manifestações esta proposta, de autoria da
atual ministra Gleisi Hoffmann, que já
havia sido aprovada pelo Senado em maio do ano passado, mas que estava parada
na Câmara, o que permitiu o pagamento dos “benefícios” no ano passado. Com o
fim do pagamento a Câmara economizará R$ 27,41 milhões e o Senado, R$ 4,32
milhões.
Mais uma vez o neófito patriota íntegro presidente da Câmara, Henrique
Alves, empenhou-se pela imediata aprovação, pressionando os líderes a assinarem
um requerimento de urgência para o projeto e assegurou que mesmo os pecados da
Casa não podem justificar a omissão.
Mais uma vez, as vozes se levantaram em prol de tamanha sensatez do
projeto a cada fala pela sua extinção. Cabe salientar um único deputado que abriu
mão da hipocrisia, Newton Cardoso (PMDB-MG), que declarou: "Estão votando
com medo da imprensa. É uma deslealdade com os deputados que precisam. Não falo
por mim, abri mão. Pago caro para trabalhar aqui"
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