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A força das ruas. |
Cientes do risco que correm nas eleições de 2014,
os deputados federais conseguiram, enfim, entender que as manifestações nas
ruas de todo o país é, na verdade, uma revolução silenciosa que retoma para o
povo, o país que os políticos consideravam seu. E o milagre se deu!
De todos os deputados elencados como defensores da
aprovação da malfadada PEC 37, texto explicativo do golpe contra a moralidade
que buscavam impor à Nação, apenas o seu autor, outros sete pragmáticos homens
públicos e Sérgio Guerra (PSDB), que diz ter errado no momento do voto, deram
sua aprovação ao monstro que se criava. Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e Paulo Cesar Quartiero (DEM-RR), se
abstiveram.
De Mato Grosso do Sul, mudaram de posição o deputado Biffi (PT) que tem
um pé na canoa do governador André Puccinelli (PMDB) e outro no seu próprio
partido, e o deputado Fábio Trad, até então ardoroso defensor da PEC 37 – com
emendas – foi levado a meditar sobre todo o desgaste para suas próprias
pretensões políticas, bem como sobre o futuro de todo o clã iniciado por Nelson
Trad, entremeado pelo próprio Fábio, o pretenso candidato a governador e
ex-prefeito da Capital que ficou bonita mas se desfaz, o deputado estadual e
caricatura de apresentador, Marquinhos Trad e deságua no inoperante vereador
Otávio Trad... Contem neste imenso clã o Mandetta e vários agregados em
diversas secretarias de Estado.
A PEC 37, de
autoria do deputado Lourival Mendes (PTdoB-MA), atribuía exclusivamente às
polícias Federal e Civil (ligadas aos executivos federais e estaduais) a
competência para a investigação criminal, deixando claro que o Ministério
Público não tem a
atribuição de conduzir a investigação e deve atuar apenas como titular da ação penal.
Mas, o que se questiona é o alcance das investigações da polícia em casos que
envolvem políticos, classe que vive da negociação de apoio ao executivo que comanda
as ações da polícia.
Além da PEC 37
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Foto: Ed Ferreira/AE |
Com as galerias tomadas por membros do
Ministério Público, a Câmara derrubou a PEC em clara resposta à pressão das
ruas ao Congresso. Ainda na madrugada de quarta-feira (26), foi aprovado
projeto vinculando royalties do petróleo às áreas de educação e saúde, mais uma
derrota para o governo que pretendia destinar o esta verba apenas
para a educação. Os deputados aprovaram a destinação de 75% dos royalties do
petróleo para a educação e 25% para a saúde.
Quando quer, faz
A votação da PEC
37 estava programada para a pauta do dia 3 de julho, mas foi antecipada, numa
clara tentativa de aplacar o fervor das manifestações, através de uma manobra
do presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB), que recorreu a uma
manobra regimental para antecipar a apreciação da emenda. Fica claro que é
possível destravar votações e, mais claro ainda que a prorrogação de diversas
discussões que beneficiem a população são adiadas possibilitando objeto de
barganha entre os parlamentares. Neste caso específico da PEC 37, analistas do Congresso
acreditam que, não fossem as manifestações
populares, 70% dos deputados apoiariam o projeto.
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