Enquanto
a presidente Dilma Rousseff apresenta dificuldades em buscar um consenso com
seus próprios ministros para direcionar os pedidos que vêm das diversas
manifestações que ocorrem nas ruas do país, os Tucanos, agora com suas forças
centradas na figura do senador e candidato à presidência do país em 2014, Aécio
Neves, apresentam propostas concretas que atendem, em parte, aos anseios de uma
administração política que permita governabilidade com menores custos e mais
transparência.
Aécio
apresentou proposta de reforma política com cinco pontos básicos: Mandato de
cinco anos para cargos executivos sem direito à reeleição; mudança de critérios
para a suplência no Senado; alteração na fórmula para a fixação de tempo de TV
para as disputas eleitorais; voto distrital e cláusula de barreira.
Por
outro lado, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que havia encomendado estudos para uma reestruturação de seus
secretariado reduzindo o número de secretarias, resolveu antecipar o cronograma
em função das manifestações.
Conforme
noticiou a Folha de S. Paulo, o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-governador José Serra afirmaram
a Alckmin que, reduzindo deputados em sua equipe neste momento, ele pode capitalizar
a repulsa das ruas ao universo político e dar ao governo caráter eminentemente
técnico.
Além disso, os tucanos querem que o
governador exiba uma reforma substanciosa antes da presidente Dilma Rousseff, que está sendo cobrada pela oposição a mudar sua equipe ministerial. A
medida seria, assim, "um exemplo" a ser seguido.
Engodo bom
O
que aparentemente é apenas um engodo para acalmar as ruas, na verdade é uma
enorme conquista dos diversos movimentos que vem agitando o país. Vitórias
incontestes da vontade popular se sobrepujando aos acordos espúrios os
políticos que há muito perderam noção de realidade.
Enquanto
Dilma Rousseff, engessada por um método político blindado e de difícil solução,
que a mantém (e mantém qualquer que seja o governo) cativa de chantagens dos
inúmeros partidos e grupos incrustados nos corredores do poder, não consegue
romper esse mar de partidos prostitutos, até porque o rompimento teria consequências imediatas desastrosas e a
longo prazo compensadoras, e ninguém pensa em longo prazo quando as eleições se
darão dentro de dois anos e não existe projeto de governo, mas projeto de poder.
Dilma
usa de sua própria cepa e do aconselhamento de seus mais diretos ministros -- os pouco mais de seis que costuma atender em seu gabinete -- o argumento do plebiscito da reforma política, numa
tentativa – agora frustrada pelos próprios parlamentares e pelo inexorável
senhor Tempo – de forçar uma tomada de posição a respeito de um projeto –
emendado, remendado, costurado, cerzido e já incompreensível – de reforma que se deixa esquecido e despercebido num brincar de esconde-esconde
de diversas gavetas e comissões. Usa também o modus operandi petista de
infiltrar, desmantelar e dirigir os movimentos através dos diversos grupos,
conhecidos e desconhecidos que compõem o difuso arco-íris de nuances
esquerdistas-socialistas.
Parece
ser melhor o engodo bom que contempla reais conquistas, desde que o povo não se
satisfaça com as migalhas porque o banquete é fausto. A política é o cerne.
Queremos um Estado enxuto e eficaz, receber o justo pelo que pagamos em
impostos; corruptos investigado e punidos; celeridade na justiça; transparência
nas ações.
Tudo isso, para começar, porque se pretende tomar, efetivamente, o comando da Nação e, quando do exercício do voto, indicar aqueles que deverão trabalhar por nós, representando e lutando pelo que pensamos, obedecidas todas as correntes de pensamento, porque a Verdade não é única, não é privilégio de grupos, sequer existe como fim. Verdade é utópica e eterna busca.
A presidente Dilma poderia dar uma guinada histórica reduzindo drasticamente o número de ministérios e dispensando número considerável de inoperantes "cargos de confiança" -- pequenos gerente de quadrilhas. Correria o risco de inviabilizar sua reeleição ou eleição de outro candidato petista, ou não.
Por outro lado, perderia sim, o lastro desses políticos marginais, estranhas sanguessugas de todo e qualquer governo, mas arrebataria o respeito popular. Sem poder, sem dinheiro para saciar a sede de tantos eleitores quantos se deixem corromper, esta corja política afinaria sua voz e os segredos de alcova dessa bizarrice política, mesmo que jogadas aos ventos, talvez, e só talvez, tivessem menos impacto, podendo até fazer com que o feitiço virasse contra os feiticeiros. Dilma vai arriscar?
Tudo isso, para começar, porque se pretende tomar, efetivamente, o comando da Nação e, quando do exercício do voto, indicar aqueles que deverão trabalhar por nós, representando e lutando pelo que pensamos, obedecidas todas as correntes de pensamento, porque a Verdade não é única, não é privilégio de grupos, sequer existe como fim. Verdade é utópica e eterna busca.
A presidente Dilma poderia dar uma guinada histórica reduzindo drasticamente o número de ministérios e dispensando número considerável de inoperantes "cargos de confiança" -- pequenos gerente de quadrilhas. Correria o risco de inviabilizar sua reeleição ou eleição de outro candidato petista, ou não.
Por outro lado, perderia sim, o lastro desses políticos marginais, estranhas sanguessugas de todo e qualquer governo, mas arrebataria o respeito popular. Sem poder, sem dinheiro para saciar a sede de tantos eleitores quantos se deixem corromper, esta corja política afinaria sua voz e os segredos de alcova dessa bizarrice política, mesmo que jogadas aos ventos, talvez, e só talvez, tivessem menos impacto, podendo até fazer com que o feitiço virasse contra os feiticeiros. Dilma vai arriscar?
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