Definitivamente
essa frase não foi pinçada de qualquer fala que o governador André Puccinelli
tenha proferido, mas pode ser observada em sua forma de governar. Claro como a
água quando sacrifica a secretária de Saúde, Beatriz Dobashi, buscando proteger
o restante núcleo de seu governo.
Não
há como acreditar, por mais que nos tentem fazer acreditar, que dirigentes,
sejam eles de governo, de autarquias, de secretarias, de universidades
federais, de hospitais, nunca saibam do que lhes vai abaixo do nariz.
Sabemos
que não andam nas ruas, não fazem parte do cotidiano dos simples mortais.
Sabemos até que alguns têm ojeriza a esta massa disforme de ninguéns. Mas é
demais supor que não se informem pela imprensa, que não ouçam o sussurrar das
antessalas.
Que
seja. Mas até quando vão poder disfarçar a voz que vem ecoando forte das ruas?
Até quando os elos mais fracos das correntes vão poder lhes dar sustentação
nestes desvios? Constituir comissões com apaniguados, ardorosos defensores do
poder sem luz, já não desvia a atenção de um povo que teima em questionar em
plenário, ao vivo, em cores e cheiros, as atitudes destes títeres.
Não
há como apagar da foto a presença forte do comandante em chefe, antes
intocável. Haverá o momento em que deverá se explicar. Não basta tirar do foco
o nome que se destaca, sua digital está lá e ele será cobrado como real autor,
mesmo que sacrifique o coadjuvante.
Boiadeiro, cuidado. O estouro da manada está
próximo. E o boiadeiro experiente não morre sob as patas do gado. Entenda, o estouro da manada nunca acontece por acaso, alguém o
provoca.
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