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segunda-feira, 8 de julho de 2013

Se não fosse governador, seria boiadeiro

Definitivamente essa frase não foi pinçada de qualquer fala que o governador André Puccinelli tenha proferido, mas pode ser observada em sua forma de governar. Claro como a água quando sacrifica a secretária de Saúde, Beatriz Dobashi, buscando proteger o restante núcleo de seu governo.

Não há como acreditar, por mais que nos tentem fazer acreditar, que dirigentes, sejam eles de governo, de autarquias, de secretarias, de universidades federais, de hospitais, nunca saibam do que lhes vai abaixo do nariz.

Sabemos que não andam nas ruas, não fazem parte do cotidiano dos simples mortais. Sabemos até que alguns têm ojeriza a esta massa disforme de ninguéns. Mas é demais supor que não se informem pela imprensa, que não ouçam o sussurrar das antessalas.

Que seja. Mas até quando vão poder disfarçar a voz que vem ecoando forte das ruas? Até quando os elos mais fracos das correntes vão poder lhes dar sustentação nestes desvios? Constituir comissões com apaniguados, ardorosos defensores do poder sem luz, já não desvia a atenção de um povo que teima em questionar em plenário, ao vivo, em cores e cheiros, as atitudes destes títeres.

Não há como apagar da foto a presença forte do comandante em chefe, antes intocável. Haverá o momento em que deverá se explicar. Não basta tirar do foco o nome que se destaca, sua digital está lá e ele será cobrado como real autor, mesmo que sacrifique o coadjuvante.

Boiadeiro, cuidado. O estouro da manada está próximo. E o boiadeiro experiente não morre sob as patas do gado. Entenda, o estouro da manada nunca acontece por acaso, alguém o provoca. 


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