Lideranças sindicais das centrais de Mato
Grosso do Sul (Força Sindical, CUT, CGTB, CTB, UGT e NCST) ultimam os preparativos
para a participação de seus filiados no estado da movimentação nacional marcada
para esta quinta-feira (11). O encontro se dará na Praça do Rádio Clube a
partir das 9 horas. Os sindicalistas contam com carros de som, bandeiras,
faixas e cartazes que levarão durante a manifestação que seguirá pela Avenida
Afonso Pena em direção ao centro.
Filiados do interior do estado estão sendo
aguardados para engrossarem o manifesto. A Federação dos Professores de Mato
Grosso do Sul (Fetems), Federação dos Trabalhadores Rurais (Fetagri) e o
Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e do Mobiliário de
Campo Grande (Sintracom) está há dias numa intensa campanha de mobilização.
As bandeiras de luta a serem tratadas são: 1 – 10% do PIB para a educação pública; 2 – 10% do
Orçamento da União para a saúde pública; 3 – Que as reduções de tarifa do
transporte não sejam acompanhadas de qualquer corte dos gastos sociais; 4 – Fim
do Fator Previdenciário; 5 – Demarcação de Terras indígenas; 6 – Democratização
da comunicação; 7 – Redução da jornada de trabalho para 40 horas, sem redução
salarial; 8 – Valorização das aposentadorias; 9 – Reforma agrária; 10 –
Suspensão dos leilões do petróleo; 11 – Contra o PL 4330, da terceirização e 12
– Reforma política.
É o que se pretende?
Bandeiras pré-definidas, movimentação
agendada, comando central, nada disso representa as movimentações populares
espontâneas que irromperam pelo Brasil afora. Repetem a enfadonha e velha
movimentação desde sempre. Desejam e lutam pela mudança sem alterações profundas.
Este manifesto não preenche ou representa o anseio da população. Esta
manifestação é apenas um benefício disfarçado que contempla os atuais
governantes. Não toca, enfim, na estrutura de conchavos e corrupção que se
pretende ver extinta nos três poderes constituídos.
É para desconfiar de suas reais intenções.
Será uma tentativa tosca de aproximar sindicalistas (profissionais sempre) da
população? Será um foco alternativo para enfraquecer os movimentos “realmente”
sociais? Quantos filiados espontâneos têm estes sindicatos, associações,
federações? Representam, de fato, suas categorias?
Irão combater e exigir decência de um grupo de
políticos que foram elevados aos seus atuais postos iniciados que foram na vida
pública através destes mesmos sindicatos, associações, federações?
Alguns dos quinze mil sindicalizados que,
espera-se, compareçam ao movimento, com certeza fizeram parte da massa de
cinquenta mil que mobilizaram as ruas em junho passado. Isso é bom, pois demonstra
e reforça a pluralidade daquele movimento.
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