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sábado, 13 de julho de 2013

Transporte, refeição e diária: R$ ?

bajular o poder: não tem preço

Movimento apartidário (?)

Diferente das manifestações ocorridas no final de junho, espontâneas, esta manifestação era dirigida, com regras específicas, vinculadas aos mais diversos partidos políticos, e com manifestantes cooptados por todo o estado, transportados, alimentados e trajados por sindicatos, associações e federações, que também lhes permitiu o dia de trabalho livre. Representando o povo estariam se tivessem como primeira e principal reivindicação a extinção do pagamento do “imposto sindical” como é conhecido, ou “contribuição sindical” como consta do Artigo 149 da Constituição. Enfim, obrigatória.



Manifestantes tardios, falseadores ou mercenários?

Multidão concentrada para a manifestação
Lideranças sindicais das centrais de Mato Grosso do Sul (Força Sindical, CUT, CGTB, CTB, UGT e NCST) participaram da movimentação nacional na quinta-feira (11). O encontro ocorreu na Praça do Rádio Clube, com carros de som, bandeiras, faixas e cartazes que levaram durante a manifestação que seguiu pela Avenida Afonso Pena, Rua 14 de Julho, Barão do Rio Branco, retornando para a Praça. Segundo os organizadores, estiveram presentes aproximadamente 35 mil pessoas, estimativa que cai para menos de 10 mil segundo os que presenciaram a marcha.

Diferente das manifestações ocorridas no final de junho, espontâneas, contemplando uma série de reivindicações que tinham como cerne a responsabilidade na política, a obediência às leis aos que se julgam como uma classe social acima dos cidadãos comuns, sem cor partidária; esta manifestação era dirigida, com regras específicas, vinculadas aos mais diversos partidos políticos, e com manifestantes cooptados por todo o estado, transportados, alimentados e trajados por sindicatos, associações e federações, que também lhes permitiu o dia de trabalho livre.

Representando o povo estariam se tivessem como primeira e principal reivindicação a extinção do pagamento do “imposto sindical” como é conhecido, ou “contribuição sindical” como consta do Artigo 149 da Constituição. Enfim, obrigatória.

As bandeiras de luta a serem tratadas foram: 1 – 10% do PIB para a educação pública; 2 – 10% do Orçamento da União para a saúde pública; 3 – Que as reduções de tarifa do transporte não sejam acompanhadas de qualquer corte dos gastos sociais; 4 – Fim do Fator Previdenciário; 5 – Demarcação de Terras indígenas; 6 – Democratização da comunicação; 7 – Redução da jornada de trabalho para 40 horas, sem redução salarial; 8 – Valorização das aposentadorias; 9 – Reforma agrária; 10 – Suspensão dos leilões do petróleo; 11 – Contra o PL 4330, da terceirização e 12 – Reforma política.

Incrível que estas questões estejam em pauta e sejam motivos de reivindicações nas ruas, quando o partido político agregador dos movimentos dos trabalhadores ocupa o poder máximo da República, com o comando do executivo e maioria esmagadora do legislativo.

E o que dizer de aspectos pontuais como Democratização da Comunicação, eterna bandeira de luta pelo retorno da Censura. O que seriam das manifestações se não houvesse uma imprensa livre? Haveríamos de assistir a distorção de imagens como as da Rede Globo, que apresentou apenas atos isolados de vandalismo? Quem controlaria os meios de comunicação? O mesmo quadro legislativo e executivo contra os quais se elevaram as vozes?

E a Reforma Política que estes manifestantes tardios, aproveitadores de movimento alheiro ou massa de mercenários, luta por obter não será possível com boa vontade e um tanto de diplomacia no trato entre os poderes? Sim. E não venham dizer que os trabalhadores estão enfraquecidos em sua representação no Congresso, estão mal representados porque os bravos sindicalistas, quando eleitos, cumpriram apenas o que se dispunham: usar dos trabalhadores para galgarem o cargo parlamentar.

É o que se pretende?

Bandeiras pré-definidas, movimentação agendada, comando central, nada disso representa as movimentações populares espontâneas que irromperam pelo Brasil afora. Repetem a enfadonha e velha movimentação desde sempre. Desejam e lutam pela mudança sem alterações profundas. Este manifesto não preenche ou representa o anseio da população. Esta manifestação é apenas um benefício disfarçado que contempla os atuais governantes. Não toca, enfim, na estrutura de conchavos e corrupção que se pretende ver extinta nos três poderes constituídos.

É para desconfiar de suas reais intenções. Será uma tentativa tosca de aproximar sindicalistas (profissionais sempre) da população? Será um foco alternativo para enfraquecer os movimentos “realmente” sociais? Quantos filiados espontâneos têm estes sindicatos, associações, federações? Representam, de fato, suas categorias?

Irão combater e exigir decência de um grupo de políticos que foram elevados aos seus atuais postos iniciados que foram na vida pública através destes mesmos sindicatos, associações, federações?

Alguns dos quase dez mil sindicalizados que compareceram ao movimento, com certeza fizeram parte da massa de cinquenta mil que mobilizaram as ruas em junho passado. Isso é bom, pois demonstra e reforça a pluralidade daquele movimento.

Este movimento não nos representa, não nos representou, estávamos trabalhando.

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