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sábado, 13 de julho de 2013

Brasa encoberta é a que queima

Havia muito que o cenário político não se agitava. Tirante discussões que não passam de “conversa de bêbados entre o executivo e o legislativo” como bem comparou vereador de Campo Grande e que pode ser estendida a todo o território nacional, nada.

Mas as manifestações de rua arrefeceram. A passeata organizada pelos “representantes dos trabalhadores” que arregimentaram com transporte, alimentação, uniformes e a diária (dia de folga) aproximadamente 10 mil sectários em todo o estado, não representou os anseios de cidadania plena que marcaram os movimentos espontâneos.

Mas isso não significa a extinção da fogueira, a brasa permanece acesa, os corações se mantêm latentes, pulsantes, sugerindo ação. Apenas mostraram o poder do cidadão, a força de marcar seu pertencimento a uma Nação. E aguardam. Políticos mais sagazes sabem disso, neófitos não sobreviverão.

Prova cabal é o artigo assinado pelo governador André Puccinelli, onde tenta capitanear um tanto de simpatia cívica, ares para os últimos suspiros, talvez. E diz em um de seus parágrafos: “De minha parte, como cidadão, desde o ano de 1997 coloco à disposição da Justiça e do Ministério Público, por iniciativa própria, minhas declarações de bens e imposto de renda, meus sigilos fiscal, telefônico e bancário. Contudo, esse comportamento não é seguido nem mesmo pelas vozes mais exaltadas que acusam malfeitos.”

Será? E o que dizer desta votação da Assembleia?

“A Assembleia Legislativa, em 29 de maio de 2012, negou o pedido de autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para processar o governador André Puccinelli (PMDB). Dos 24 deputados estaduais, 15 votaram contra o pedido, quatro a favor e cinco não estavam presentes. Com a decisão a investigação contra Puccinelli só poderá seguir após a conclusão do seu mandato, em 2015. “

Senhores, a brasa reacenderá em outubro de 2014 e pés descalços se queimarão por andarem por sobre as cinzas.

Um comentário:

Jorge Mattos disse...

É, meu amigo, mas há aqueles que caminham incólumes e pomposos até mesmo sobre as brasas ardentes... Isso é Brasil: aqui, em termos de mágica, vale tudo! Temos que achar algum Mister M disposto a desvendar os mistérios por trás dos bastidores da política sul-mato-grossense. Será o Bottura?