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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Um minuto de silêncio...

... para as próximas vítimas



O pranto derramado foi tardio para apagar o incêndio que vitimou quase 250 jovens na cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul, mas não consolou todas as famílias enlutadas.

O país acordou, na mesma manhã em que os corpos eram identificados e cobraram segurança, cobraram o direito de rever seus filhos após uma noite de festa e diversão.

Os políticos, sempre eles, por dever de ofício alguns, outros pela exploração deslavada da dor alheia, pediram a criação, ou criaram eles próprios as comissões para averiguação e escarafuncharam arquivos das diversas Casas de Lei em busca de legislação sobre a segurança das casas noturnas.

Os Corpos de Bombeiros Militares descortinavam sua triste realidade de falta de pessoal para fiscalização; na prefeitura escondiam-se os alvarás – irregulares – fornecidos em sistema de compadrio.

Casas noturnas fecharam suas portas para providenciar reformas, outras divulgaram seus itens de segurança. Proprietários culparam a burocracia.
Em todos os municípios a falta de estrutura dos órgãos responsáveis é um dilema e um empecilho para que o mundo funcione a contento. Vendem dificuldades para cobrar facilidades.

Parece que nossos administradores sofrem da “Síndrome do Não é Minha Culpa”, e inventam Comissões que podem repartir responsabilidades e culpas criando um círculo de omissões que tornam impossível responsabilizar um ou outro pelos descalabros, e nesses casos mortes, que possam ocorrer.

No entanto, a criação de Fóruns ou Conselhos é a única fórmula conhecida para que se consiga uma maneira legal para que exerça alguma fiscalização e que se possam criar mecanismos que impeçam a burocracia e permitam o funcionamento destes locais.

Campo Grande

Em Campo Grande, primeiro se arquivou Projeto de Lei da vereadora Luiza Ribeiro, depois foi discutida a constituição de um Conselho Municipal de Segurança em Eventos que reunia representantes de diversas entidades. A ideia era criar consenso sobre a regulamentação das atividades de shows e outros eventos em Campo Grande, com o envolvimento dos empresários, consumidores, Prefeitura, Corpo de Bombeiros Militar, Ministério Público entre outros.

Podemos dormir sossegados enquanto nossos filhos não retornam? Ninguém mais ouviu falar.

Devemos cobrar resposta ao alarde feito pelos políticos, em respeito às vítimas de Santa Maria, aos seus familiares que sofrem com o descaso e a Injustiça das Leis, e a nós mesmos.




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