A guerra está declarada e para sair do limbo do esquecimento e da
rejeição é o momento de investir em institutos de pesquisa. A imprensa começa a
ser invadida por pesquisas de intenção de votos, uma forma sutil de campanha
eleitoral.
Em que pesem institutos sérios e imprensa idem, uma boa parte das
pesquisas divulgadas obedecem a um padrão já velho e bem conhecido: pesquisa
com resultado encomendado e divulgação em espaço pago, ou seja, material
publicitário elaborado pelas, ainda incipientes, equipes de marketing político.
Mas, para uma população que, infelizmente, não está preparada para
votar sequer no dia da eleição, questionar candidaturas nesta altura do
campeonato, convenhamos, é banal e tem resultados pífios. Parece que os
políticos brasileiros e esse entorno de gente que os acompanha não conseguem se
adequarem aos novos tempos. Repetem fórmulas, candidatos, posturas e discursos
assim como quando eleitos repetem falcatruas e acordos espúrios, subserviências
e beija-mãos.
Quais são os candidatos pensados e anotados nas fichas? Nelsinho
Trad (PMDB), Delcídio do Amaral (PT) e, muito improvavelmente, Reinaldo
Azambuja (PSDB). Pode surgir alguma novidade? Parece-nos que não. Alguns desses
inúmeros “Partidos & Quebrados” devem lançar aquelas coisas com nome e
pompa, prontos e dispostos a barganhar adesões que serão pagas antes, durante
ou depois das eleições.
Destes, quem vem com mais fôlego é indubitavelmente Delcídio do
Amaral, por sua atuação política forte e discreta e uma ação política mais
moderna, principalmente se confirmada a aliança com Reinaldo Azambuja, também
arrojado.
Nelson Trad Filho tem feridas abertas onde cabem dedos a torturar
e não conta com o apoio de quem poderia lhe proteger e dar guarida. Divide o
partido e, sob o coberto da varanda, fica exposto à chuva.
Absurdos da política que investe com 0% de retorno.
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