Cursos de jornalismo
têm vestibular suspenso pelo MEC
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Aloizio Mercadante |
O Diário Oficial da União
publicou na edição desta sexta-feira, 6, a lista de 270 cursos de graduação que
terão o vestibular suspenso ou encerrado pelo Ministério da Educação (MEC). A
decisão, válida já para o próximo ano, foi tomada com base nos estudos que
tiveram conceitos considerados insatisfatórios em 2009 e em 2013. Na tabela,
constam quatro cursos de jornalismo.
Em
jornalismo, a Universidade Federal do Paraná (campus Curitiba) e as Faculdades
Integradas Ipitanga (campus de Lauro de Freitas, na região metropolitana de
Salvador) tiveram o vestibular 2014 suspenso para essa ênfase da comunicação
social. A Universidade Federal do Pará (campus Belém) e a Universidade Federal
do Espírito Santo (campus Vitória) tiveram o vestibular em jornalismo encerrado
pelo MEC.
A
diferença entre a suspensão e o encerramento é, segundo o ministério, o fato de
alguns cursos apresentarem “tendência ascendente” enquanto outros tiveram “tendência
descendente” no Conceito Preliminar de Curso (CPO). O CPO, índice que vai de 1
a 5, é formado pelo resultado no Enade (55%), infraestrutura (15%) e recursos
pedagógicos e corpo docente (30%).
Ministro
da Educação, Aloizio Mercadante afirmou que a decisão de suspender os
vestibulares de cursos que tiveram o CPO inferior a 3 visa a melhor formação
acadêmica possível. “Nossa obrigação é assegurar qualidade aos estudantes”,
contou. Ele também garantiu que não haverá como nenhum dos 270 barrados receberem
novos alunos no ano que vem. “Não tem negociação, os critérios são rigorosos”.
A obrigatoriedade do diploma
Sem pretender apagar
o incêndio da discussão lançando gasolina sobre ele, a questão da
obrigatoriedade do diploma de jornalismo passa pela qualidade do ensino
superior no Brasil. Passa também pela análise da discussão da extinção do exame
da OAB para o exercício da advocacia.
O Brasil é useiro e
vezeiro na política do “levar vantagem”. Cursos se multiplicam sem a menor
preocupação com a qualidade de ensino porque a procura pelo “diploma” –
ressalve-se, não conhecimento – é imensa e, caso as diversas faculdades e
universidades não consigam preencher suas salas, sempre haverá um Prouni a desviar
impostos para manter “donos de faculdades”.
O mesmo com o
jornalismo, com a medicina, com a história, com a filosofia, com...
com informações do Portal Comunique-se
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