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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Cursos ruins, jornalistas piores

Cursos de jornalismo têm vestibular suspenso pelo MEC

Aloizio Mercadante
O Diário Oficial da União publicou na edição desta sexta-feira, 6, a lista de 270 cursos de graduação que terão o vestibular suspenso ou encerrado pelo Ministério da Educação (MEC). A decisão, válida já para o próximo ano, foi tomada com base nos estudos que tiveram conceitos considerados insatisfatórios em 2009 e em 2013. Na tabela, constam quatro cursos de jornalismo.

Em jornalismo, a Universidade Federal do Paraná (campus Curitiba) e as Faculdades Integradas Ipitanga (campus de Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador) tiveram o vestibular 2014 suspenso para essa ênfase da comunicação social. A Universidade Federal do Pará (campus Belém) e a Universidade Federal do Espírito Santo (campus Vitória) tiveram o vestibular em jornalismo encerrado pelo MEC.

A diferença entre a suspensão e o encerramento é, segundo o ministério, o fato de alguns cursos apresentarem “tendência ascendente” enquanto outros tiveram “tendência descendente” no Conceito Preliminar de Curso (CPO). O CPO, índice que vai de 1 a 5, é formado pelo resultado no Enade (55%), infraestrutura (15%) e recursos pedagógicos e corpo docente (30%).

Ministro da Educação, Aloizio Mercadante afirmou que a decisão de suspender os vestibulares de cursos que tiveram o CPO inferior a 3 visa a melhor formação acadêmica possível. “Nossa obrigação é assegurar qualidade aos estudantes”, contou. Ele também garantiu que não haverá como nenhum dos 270 barrados receberem novos alunos no ano que vem. “Não tem negociação, os critérios são rigorosos”.

A obrigatoriedade do diploma

Sem pretender apagar o incêndio da discussão lançando gasolina sobre ele, a questão da obrigatoriedade do diploma de jornalismo passa pela qualidade do ensino superior no Brasil. Passa também pela análise da discussão da extinção do exame da OAB para o exercício da advocacia.

O Brasil é useiro e vezeiro na política do “levar vantagem”. Cursos se multiplicam sem a menor preocupação com a qualidade de ensino porque a procura pelo “diploma” – ressalve-se, não conhecimento – é imensa e, caso as diversas faculdades e universidades não consigam preencher suas salas, sempre haverá um Prouni a desviar impostos para manter “donos de faculdades”.

O mesmo com o jornalismo, com a medicina, com a história, com a filosofia, com...


com informações do Portal Comunique-se

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