Loading

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Poder a qualquer custo, Marquinhos Trad vai ao ataque

Marquinhos Trad preocupado
 com as acusações contra a Família
Visivelmente revoltado, acuado numa defesa do impossível e improvável, o deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB), clã desafeto e abandonado pela cúpula peemedebista que parece haver “jogado a toalha” a tentar uma defesa da desastrosa administração Nelson Trad Fiho na prefeitura de Campo Grande, utilizou do ataque aos rivais como forma de defesa da “Família”, no melhor estilo Máfia. E sua metralhadora giratória atingiu tudo e todos, a começar pelo presidente da CPI da Saúde, Amarildo Cruz (PT) que escancarou publicamente as dúvidas sobre a idoneidade do ex-prefeito e do seu ex-secretário, atual deputado federal e primo, Luiz Henrique Mandeta (DEM), na administração da Saúde Pública da Capital.

Durante a apresentação do relatório, Amarildo apresentou voto pelo indiciamento do ex-prefeito e de Mandeta, baseado no fato de que o sistema Gisa – programa de agendamento de consultas que custou R$ 10 milhões aos cofres públicos  – não apresentou resultados e o relator, o deputado Junior Mochi (PMDB), líder do governo na Assembleia, não pediu indiciamento dos envolvidos nas irregularidades.

Lá e cá

Por outro lado, a CPI gastou mais de R$ 350 mil sem que até o momento as contas fossem apresentadas. Baseado nisso, Marquinhos Trad frisou que os funcionários da CPI deveriam ser do quadro permanente da Casa e pediu explicações sobre a contratação de um técnico da cidade de São Paulo (SP) ao custo de R$ 70 mil, além de questionar valores do material gráfico.

Para fundamentar suas suspeitas, lembrou que o petista respondeu a processo por improbidade administrativa e dano ao erário público quando, em 2004, comandava a Agência Estadual de Habitação (Agehab) durante o governo de Zeca do PT.

E como que não conseguindo desvestir o mando do poder absoluto e cego, atacou a imprensa “por informar o escândalo com dinheiro público envolvendo seus parentes”. “Vou levar a representação ao MPE (Ministério Público Estadual). Se a responsabilidade é da presidência, da mesa diretora, não sei de quem, quero que diga quanto foi gasto por essa CPI”, ressaltou.

E as contas?

Amarildo tem prometido a prestação de contas desde a entrega do relatório, agora afirma que está dentro do prazo e as entregará ainda hoje para a Mesa Diretora. As despesas são de aproximadamente R$ 350 mil. “O atraso foi justamente por conta de alguns documentos que faltavam, mas tem prazo de 20 dias para a entrega e como a CPI encerrou dia 23, está dentro do prazo”, justificou.

Amarildo Cruz quer justificar os altos gastos
Trabalho para a Justiça

A CPI não apresentou resultados concretos. Responsáveis foram blindados e fumaças e ações diversionistas são lançadas em todas as frentes para evitar uma análise mais acurada sobre a administração da Capital durante a gestão Nelson Trad Filho. Agora, em mais um ataque, será encaminhada, ainda esta semana, denúncia contra o presidente da CPI da Saúde, por improbidade administrativa por contratação irregular de técnicos.

Como a fogueira é pouca, Amarildo Cruz coloca mais um tanto de lenha e diz que interpelará judicialmente o deputado Marquinhos Trad para que este comprove as de que o presidente da CPI desviou recursos e contratou consultor “inexistente”.

“Realizamos uma das maiores investigações já feitas na saúde de MS. Contratamos pessoas qualificadas, entre elas Carlos Roberto Soares Freire, consultor com um vasto currículo, que nos ajudou a descobrir uma série de irregularidades. O problema é que talvez tenhamos chegado muito a fundo, o que acabou desagradando algumas pessoas em nosso Estado”, destacou.

A imagem que fica e se solidifica é de um legislativo eivado de corruptos acusadores, uma guerra no melhor estilo da Máfia, onde cada gangue é conhecida como “família” onde nem todos os integrantes têm, necessariamente, parentesco.


Nenhum comentário: