Passado o susto de ser eleito presidente, e claramente ele se
sabia despreparado para assumir a função, conseguiu montar um ministério
militar com bons nomes e ideias até inovadoras, no resto...
Partindo da premissa de uma ojeriza crescente aos governos
petistas, notadamente de esquerda, apostou tudo em um discurso de direita
radical. Conseguiu, apesar do alto índice de abstenção de um povo desiludido
com qualquer política. Assustou com a possibilidade confirmada de alcançar o
Planalto e foi beneficiado com o atentado que sofreu e com a incompetência e
rejeição ao PT e ao candidato, ex-prefeito mal avaliado de São Paulo.
Ou não se tem nomes que despontem na política, alguns risíveis
como Marina Silva, outros com pouca densidade eleitoral como Álvaro Dias,
outros histriônicos como Ciro Gomes, vários em busca de um espaço impossível pelas suas
incapacidades, ou o governador de São Paulo, bom para aquele estado, mas com
elevada rejeição nos recônditos do país.
Bolsonaro age, hoje, mais como estafeta do que como
comandante das Forças Armadas. Quer agradar mantendo um discurso e homenagens
que, claramente, as Forças Armadas querem sepultar, ou manter no esquecimento.
É histórico o golpe de 1º de abril de 1964? Sim. Houve, alterou o perfil
político-social do país, mas merece uma comemoração festiva? Não, afinal nada
justifica censura, fechamento do Congresso, Atos Institucionais de gabinete e,
principalmente Tortura e Mortes.
Diz-se popularmente que o Inferno e as prisões estão cheios
de boas intenções. Se houve boas intenções com a derrocada de um governo Goulart
enfraquecido e inoperante, deve-se lembrar que o golpe foi articulado por
políticos civis que usaram o nacionalismo, por vezes exacerbado, dos militares
para dominarem o país e, numa maquiagem quase perfeita, apresentarem um
desenvolvimento que beneficiou apenas uma parcela, a chamada e temida elite.
Mas, beira o crime, articular a partir do Palácio do
Planalto um chamamento para comemorações dessa data, que, sim, não deve ser
esquecida, mas certamente de ser repensada. Se Bolsonaro se apresenta como um
estafeta buscando agradar seus superiores, seu filho se mostra como um menino
mimado e encantado com os “poderes” de papai. O próprio presidente se encanta
com os mimos de Donald Trump, esquecendo a diferença do poderio entre a nossa e
aquela Nação nas relações internacionais, tanto em termos políticos, quanto
econômicos.
Está na hora de aprender e apreender o que significa ser
presidente de uma Nação, está na hora de fazer contas e conquistar apoio
popular, governando para esse povo, articulando politicamente (não
necessariamente comprando legisladores – prática comum que foi rechaçada pela
população nas urnas).
O vídeo divulgado a partir do Planalto, sabe-se lá quem, né
Eduardo e Flávio, chega a ser ofensivo para os políticos, para os militares de
plantão no ministério e para parte da população, que busca menos extremismos e
mais profissionalismo na gestão pública.
Caso entendam como data histórica e que tenha de alguma forma beneficiado nossa população, que os militares comemorem nos seus redutos, afinal, por vezes, se considerem uma classe à parte da população brasileira.
Segue abaixo o vídeo divulgado e o print do twitter dos
filho dileto.
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