Acusados à época de serem
mentores, líderes e massa de manobra de um movimento que visasse impedir a
“esquerda” de reassumir o poder, os caminhoneiros provaram que assim como
percorrem o Brasil, de norte a sul, de leste a oeste e conhecem bem suas
distâncias, conhecem bem a lonjura entre o trabalhador e o político.
Mostraram toda a insatisfação
com o pacote de “benefícios” oferecido pela equipe econômica do governo de Jair
Bolsonaro e indicam nova greve a ser deflagrada em maio. Consideram uma cortina
de fumaça, ou popularmente conhecida como um “engana trouxa” essas medidas
anunciadas e já se mobilizam por grupos de WhatsApp.
A categoria afirma que não quer
benefícios em forma de esmola, apenas lutam por condições melhores, e dignas,
de trabalho.
Promessas de governo não
diferem de promessas de campanha
Eles afirmam que a linha de
crédito para manutenção do caminhão com taxas menores, foram colocadas
parcialmente, mas não foram efetivamente colocadas em prática, e o
cartão-caminhoneiro para compra de combustível não funciona para toda a
categoria. Afirmam que a situação de grande parte da categoria é precária, e
muitos têm débitos pendentes, ou seja, estão com o “nome sujo na praça”, o que
os impede do acesso ao crédito. “Pegar crédito, agora, é decretar a morte
futura e breve dos caminhoneiros. É dar a corda para a gente se enforcar”,
destaca um deles.
"Inicialmente,
claro que o pacote agrada, mas preferimos aguardar o que o presidente vai
definir para comunicarmos oficialmente o posicionamento dos caminhoneiros", disse o líder Wallace Costa Landim, conhecido como Chorão.
Cada qual em sua função
A matemática é ciência exata até
cair na mão de economistas e contadores. Tudo é muito bom e lógico, tudo se
justifica. No entanto essa mirabolante lógica não consegue ser compreendida
pela população sabedora de que nosso petróleo, em suas várias derivações, é
exportada a preços (muito) baixos para diversos países.
Afinal, por que esses preços
não obedecem aos “preços internacionais”? Por quais motivos os brasileiros, que
produzem esse petróleo, pagam muito mais caro até do os países dependentes e
não produtores? Enfim, por que as ações não caíram enquanto houve a sangria
perpetrada, na Petrobras, pelos governos anteriores? Agora, um simples aumento
quebra aquela estatal?
Seria muito bom que se criasse
um dicionário de sinônimos do economês para a linguagem popular, a ser entregue
aos senhores ministros das áreas econômicas. Dessa forma, conseguiríamos
entender combustível exportado a preços tão baixos e a ameaça de “quebra do
país” mesmo com o produto vendido nas bombas a preços tão altos.
Pois que se pare tudo até que
venha essa explicação.
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