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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Isolamento administrativo de Bernal eram favas contadas


Vice-prefeito Gilmar Olarte e prefeito Alcides Bernal

A falta de nomes de reconhecida competência para compor o secretariado municipal de Campo Grande, quer pelo isolamento político criado a partir de uma personalidade autoritária e populista, ou pela insegurança sempre demonstrada por Alcides Bernal (PP) em delegar poderes e compartilhar funções, foram ampla e claramente divulgadas em textos deste jornalista, ainda durante a campanha eleitoral.
Na edição do jornal Liberdade de 23 de setembro, numa livre análise das eleições, estava grafado “Bernal não tem partido, não tem nomes pepebista para a Câmara. Caso venha a ser eleito prefeito da Capital, se valerá dos partidos que a ele se aliarão em caso de segundo turno. Já ai terá que ser o estadista que nunca conseguiu ser...”
Já no início de seu despontar como forte candidato estava claro seu isolamento e, mesmo que tenha emplacado dois candidatos que somaram 5.332 votos, Cazuza e Chocolate, estes não nos permitem supor que venham a ter um trabalho legislativo consistente.
Ainda temendo uma administração marcada pela boa vontade e intenção em acertar mais do que errar, o texto prosseguia: “poderá contar com os quadros do PSDB, PPS, PV e até PT, esses sim compostos por nomes de reconhecida competência e, quiçá, algum nome que surja entre os nanicos. Pronto, exceto pela soberba do futuro alcaide mor, e caso se consiga deixá-lo à parte, na posição de uma rainha da Inglaterra, pode-se enxergar alguma luz na próxima administração. Temerosos, temos notado que Bernal não está tendo a grandeza de pensar como um administrador, quando joga apenas migalhas aos aliados e monta sua equipe com bem intencionados ou bem amigos.
Falando sobre um provável secretariado que demonstrasse competência real para dirigir os destinos de Campo Grande, na edição do mesmo jornal, de 5 de outubro, dizíamos “Bernal teria o suporte de que necessita para explicar como desenvolver os projetos que prometeu, valendo-se de nomes, inexistentes em seu círculo político, capazes de compor um secretariado e uma máquina pública. Sua verborragia populista ganharia contornos de seriedade. E, adianta, concluía que “os afoitos [iriam seguir] Bernal, que nunca conseguiu conviver harmonicamente com seus pares na Câmara ou na Assembleia, justificando sua falta de projetos a uma orquestrada perseguição”.
Portanto, não é de estranhar que o boa parte do secretariado esteja vinculado às ligações pessoais, apenas e somente, sem experiência e sob suspeitas diversas, e o prefeito Bernal mais apresentando problemas herdados da anterior administração e menos expondo soluções. Todos os problemas hoje divulgados nas diversas entrevistas eram de conhecimento público e deveriam ser conhecidos, também, por ele e sua equipe de campanha, então não cabe demonstrar surpresa, mas apontar soluções.
Até o momento pouco se viu de trabalho e muito se viu de quem busca a mídia incessantemente como cortina de fumaça que desvie o foco. A posse foi em 1º de janeiro, mas a eleição estava sacramentada em outubro de 2012, tempo mais que suficiente para montar uma equipe e um plano de trabalho consistente.

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