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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Giroto retorna para a Seop e deve ser pré-candidato

Governador André Puccinelli
e Edson Giroto que reassume a Seop
Sob ordens do governador André Puccinelli, o deputado federal e ex-candidato à prefeitura da Capital, Edson Giroto vai se licenciar da Câmara Federal para reassumir a Secretaria de Estado de Obras  Públicas e de Transportes (Seop), conforme nomeação assinada ontem e publicada na edição desta quarta-feira (3) do Diário Oficial do MS. Para sua vaga na Câmara assumirá Akira Okira Otsubo (PMDB), enquanto o atual secretário Wilson Cabral retoma sua função de secretário-adjunto.

Dessa forma, o governador retoma sua obstinação em ter Giroto representando seu grupo político, desta vez no comando do Estado, uma vez que o nome de Simone Tebet não decola, conforme indicam pesquisas de intenção de voto, ficando muito atrás de do ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad, que não alcança os índices do senador Delcídio do Amaral preferido do eleitorado.

Puccinelli parece não querer saborear novamente a derrota que sofreu em 2004 quando teve seu pré-candidato preterido na indicação do partido pelo próprio Nelsinho Trad, ou do malogro das últimas eleições quando Giroto foi abandonado na campanha para a prefeitura da Capital e terminou derrotado pelo atual prefeito Alcides Bernal (PP). Nesta ocasião André planejou uma trabalhosa engenharia que elegeu Giroto deputado federal pelo PR, enquanto os inúmeros candidatos à indicação partidária do PMDB de digladiavam e perdiam forças. No limite do prazo das filiações, trouxe seu apadrinhado de volta ao ninho peemedebista e enfiou sua candidatura goela abaixo. Conseguiu apenas criar inimigos internos que esvaziaram a campanha à prefeitura.

Nelsinho Trad
O governador não quer a família Trad em seu caminho, mas também não aceita perder a hegemonia dos postos chave do estado com uma vitória petista, e seu estilo centralizador impediu que qualquer outro nome se destacasse. Agora é se propor à árdua tarefa de tornar o feio, belo. Giroto não tem empatia, não tem votos, não tem apoio dentro do partido.

Vai ser no mínimo interessante acompanhar a estratégia de campanha durante estes dezoito meses. Nelsinho como secretário, mais do que próximo ao governador, fica numa posição em que pode ser “minado”diuturnamente; Giroto assume uma secretaria que lhe dá exposição popular; o prefeito Alcides Bernal terá sua administração bombardeada pelos homens e mulheres do governador que ocupam postos chaves e maioria na Câmara Municipal, forçando a população pensar que os problemas enfrentados pela sua administração não existiriam se o prefeito fosse Edson Giroto.

Se tudo encaminhava para uma candidatura Delcídio em céu de brigadeiro com os oponentes numa guerra feroz em busca de um segundo turno, o governador fez o que parece impossível, jogou a água fria que vai frita Nelsinho Trad.

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