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sábado, 8 de junho de 2013

CPI do Calote ou da Inadimplência?

Afinal como ficará conhecida a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada atendendo requerimento do vereado Paulo Siufi (PMDB)para investigar “por que tendo R$ 617 milhões em caixa, o prefeito Alcides Bernal  (PP) não efetua o pagamento a fornecedores”. A questão, então, não é conhecer os reais motivos que o levaram a isso.
Bernal declarou, em diversas entrevistas, que mais de 20 contratos, firmados na gestão Nelson Trad Filho (PMDB), estão sendo revisados por sua administração, e seu secretário de Planejamento, Finanças e Orçamento, Wanderley Ben Hur, ao entregar os documentos solicitados pelos vereadores negou o calote de forma incisiva: – “Não tem porque dar calote. Há irregularidades nos contratos avaliados e o que estamos fazendo é por precaução ao dinheiro público”.
“Queremos relatórios completos dos empenhos, e não os que foram enviados com falhas, segundo meu modo de ver. Vamos solicitar esses extratos de forma discriminada”, disse Paulo Siufi (PMDB), que preside a CPI do Calote/Inadimplência que também é formada em sua relatoria por Elizeu Dionizio (PSL), e tendo por demais membros, Alex do PT, Otávio Trad (PTdoB) e Chiquinho Telles (PSD).
O vereador Zeca do PT alertou para o risco de banalização de CPIs na Câmara que pode expor a Casa e ter consequências imprevisíveis, sugeriu que se buscasse um entendimento, no que foi seguido por Carlão (PSB) para quem a melhor saída seria o diálogo.
A base de apoio ao prefeito avaliou que o diálogo teria sido um caminho mais viável, evitando  o risco das terríveis consequências que poderão advir desta banalização, mas a única forma de impedir a criação da CPI seria o pagamento imediato aos fornecedores, conforme posição apoiada pela oposição.
A falta de pagamento atingiu setores importantes como a coleta de lixo, e outros mais sensíveis como o que impediu o fornecimento de alimentos para as crianças atendidas pelos Centros de Educação Infantil (Ceinfs).

Enquanto o prefeito ameaça com processos os políticos e jornalistas que cobram correções para seus erros administrativos e políticos, gostaríamos também de saber se a CPI vai analisar os contratos firmados na gestão anterior, já que não o fizeram quando eram base de apoio daquele prefeito.

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