Afinal
como ficará conhecida a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada
atendendo requerimento do vereado Paulo Siufi (PMDB)para investigar “por que tendo R$
617 milhões em caixa, o prefeito Alcides Bernal (PP) não efetua o pagamento a
fornecedores”. A questão, então, não é conhecer os reais motivos que o levaram
a isso.
Bernal declarou, em
diversas entrevistas, que mais de 20 contratos, firmados na gestão Nelson Trad
Filho (PMDB), estão sendo revisados por sua administração, e seu secretário de
Planejamento, Finanças e Orçamento, Wanderley Ben Hur, ao entregar os
documentos solicitados pelos vereadores negou o calote de forma incisiva: – “Não
tem porque dar calote. Há irregularidades nos contratos avaliados e o que
estamos fazendo é por precaução ao dinheiro público”.
“Queremos
relatórios completos dos empenhos, e não os que foram enviados com falhas,
segundo meu modo de ver. Vamos solicitar esses extratos de forma discriminada”,
disse Paulo Siufi (PMDB), que preside a CPI do Calote/Inadimplência que também
é formada em sua relatoria por Elizeu Dionizio (PSL), e tendo por demais
membros, Alex do PT, Otávio Trad (PTdoB) e Chiquinho Telles (PSD).
O vereador Zeca do
PT alertou para o risco de banalização de CPIs na Câmara que pode expor a Casa
e ter consequências imprevisíveis, sugeriu que se buscasse um entendimento, no
que foi seguido por Carlão (PSB) para quem a melhor saída seria o diálogo.
A base de apoio ao
prefeito avaliou que o diálogo teria sido um caminho mais viável, evitando o risco das terríveis consequências que
poderão advir desta banalização, mas a única forma de impedir a criação da CPI
seria o pagamento imediato aos fornecedores, conforme posição apoiada pela oposição.
A falta
de pagamento atingiu setores importantes como a coleta de lixo, e outros mais
sensíveis como o que impediu o fornecimento de alimentos para as crianças
atendidas pelos Centros de Educação Infantil (Ceinfs).
Enquanto
o prefeito ameaça com processos os políticos e jornalistas que cobram correções
para seus erros administrativos e políticos, gostaríamos também de saber se a
CPI vai analisar os contratos firmados na gestão anterior, já que não o fizeram
quando eram base de apoio daquele prefeito.
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