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segunda-feira, 10 de junho de 2013

Político ruim é político caro

A Câmara Federal é composta por 513 deputados, dos quais aproximadamente 480 são considerados do “baixo clero”, não aparecem nas mídias, vivem como sombras pelos desvãos do poder, mas seus votos são tão válidos quanto qualquer outro e casualmente são usados para apresentarem projetos de importância, mas que devem passar despercebidos pela mídia, como o que tentou implantar o retorno da Censura durante o governo Lula.
Você, dono efetivo do voto e que deveria atuar como fiscal das ações dos deputados, acredita que seus rendimentos são justos? Seu eleito é um bom parlamentar?


Votos desperdiçados em políticos ruins, mas caros
São 513 deputados federais e, em sua maioria obscuros parlamentares que, quando se arvoram em conhecedores das questões brasileiras, apresentam projetos no mínimo risíveis e despropositados, como o Projeto de Emenda à Constituição nº 37 (PEC-37), proposta por Nazareno Fonteles, do PT do Piauí, que ganhou repercussão nacional e certo deboche por parte dos políticos. Outras propostas tão caras aos Poderosos de Plantão, como o projeto de Controle da Mídia, inicialmente rechaçado por justas e óbvias razões, retornou à pauta de votação tempos depois, apresentado por um inexpressivo representante de algum rincão do pequeno mundo brasilis.
Pelos menos 480 parlamentares têm sua ação legislativa restrita ao”sim” e ao “não” em votações, desde as mais banais até aquelas de maior envergadura pelo quanto alteram os rumos econômicos, sociais, políticos e jurídicos do país. Nas votações mais simples, a barganha pelos votos é menos acirrada, favores menores são concedidos.
São o temido “Baixo Clero”, expressão criada pelo deputado Ulysses Guimarães, que define aqueles de pouca expressão movidos por interesses paroquiais e, mormente mesquinhos. Formam uma expressiva massa de força eleitoral e inexpressão política e gravitam ao redor das figuras renomadas que os noticiários buscam ouvir. São recebidos pelos assessores menos graduados e lembrados em épocas eleitorais pelos seus presidentes de partidos (quando não, eles são os presidentes de suas agremiações de pouca densidade eleitoral e programas partidários mal conhecidos). Nem todos pertencem a partidos de aluguel, mas pode-se dizer que são deputados de aluguel.
"Você diz que esse é o pior Congresso,
porque ainda não viu o próximo...".
Ulysses Guimarães

Prontos para o golpe
Para aqueles que não os temem, sugerimos que tenham uma boa conversa com Luiz Eduardo Greenhalgh (PT), candidato à presidência da Câmara Federal em 2005, derrotado por Severino Cavalcanti do PP, que por não haver tido nenhuma atuação que lhe desse embasamento para o cargo, foi flagrado em atos de corrupção. Migalhas perto do que supõe a imaginação popular.
Entre tantos motivos elencados para a derrota de Geenhalgh, lembre-se que ele sempre menosprezou o baixo Clero, sequer os cumprimentava. Severino Cavalcante era influente entre os menores e sua plataforma baseou-se em maiores ganhos para os pequenos, e uma visibilidade que lhes fizesse serem cumprimentados e reconhecidos mesmo no intervalo entre votações importantes.
Esta divisão de poderes, custa caro e aumenta o rombo nas finanças do Estado. Estima-se que o ganho de um “destaque” gire em torno de R$ 400 mil, enquanto que o “sombra” receba algo em torno de R$ 200 mil. Não em salários, mas em pagamentos feitos em esquema de “caixa dois”, contabilidade ilegal mas moralmente aceita segundo Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT no esquema do mensalão. Quem paga a conta mais uma vez é o povo.
Assembleia de MS
Mantidas as devidas proporções, o quadro se repete e se reflete nas Assembleias Legislativas dos Estados, e o Mato Grosso do Sul não é exceção. Mas não vamos fazer juízo de valores, pedimos que o leitor faça uma reflexão sobre os deputados estaduais que representam a totalidade do povo sul-mato-grossense em seus embates por melhores condições de vida, crescimento econômico e social de todo o estado e sua consequente e equânime divisão.
Quantos são os deputados? Quais partidos políticos estão representados? Quem ocupa a presidência e demais cargos da Mesa Diretora? Quais são os deputados? Por fim, em quem você votou nas últimas eleições?
Não basta mais que isso para que se conheça o grau de importância de cada um, para que se conheçam os que, efetivamente ocupam a mídia por mérito de trabalho e projeto, não por fazerem parte do corpo de apresentadores de programas tipo “lembrem-se de mim, porque quem é visto é lembrado”.
Faça o mesmo com relação aos senadores e deputados federais de Mato Grosso do Sul. Este exercício indicará de forma precisa o valor de cada um, e orientará o seu voto, se consciente, ou margeará o valor se ele for vendido.

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