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terça-feira, 9 de julho de 2013

Bernal interrompe entrevista e abre nova crise com legislativo

Vereadora Carla Stephanini (PMDB)
Numa guerra em que vale o uso de mísseis de longo alcance, o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), que estava em Brasília, não hesitou em interromper por telefone e de forma no mínimo grosseira, entrevista da vereadora Carla Stephanini (PMDB), ao radialista Joel Silva da FM UCDB. Esta intromissão rendeu mais uma manhã de pouco trabalho e muitos ataques na sessão de terça-feira (9), da Câmara Municipal de Campo Grande.

A entrevista da vereadora versava sobre a falta de alimentos nos Ceinfs, amplamente divulgado pela imprensa e de difícil defesa por parte do executivo o fato de deixar crianças sem alimentação por desconhecer os trâmites administrativos. Bernal cancelou ou não pagou as empresas licitadas no governo anterior – não importa se justificadamente, ou não – sem que houvesse imediata substituição do serviço.

Carla Stephanini também atribuiu, indiretamente, ao prefeito o que chamou de ataques de capangas virtuais que escrevem ofensas em sua página do Facebook. “Eu não vou me curvar a capangas virtuais”, disse a vereadora e mencionou algumas das mensagens enviadas, entre as quais as que diziam que ela “só sabe atrapalhar o progresso de nossa cidade” e outra em que a chamam de “filhinha bastarda”, claramente sobre a sua relação com o governador André Puccinelli.

É fato que muitos dos vereadores, ai inclusa Carla, não têm um contato mais próximo com o eleitorado, não são afetos às formas e à maneira de expressarem seu descontentamento, até porque o contato com a população, de um modo geral, se dá em época de campanha, quando são protegidos por um séquito de cabos eleitorais e, durantes as vazias sessões da Câmara, ainda assim, apartados pelas grades que separa público e vereador.

Mais radicais em seus arroubos antidemocráticos, Otávio Trad (PTdoB) e Paulo Siufi (PMDB) declaram-se, também eles vítimas de ataques e defenderam que a Polícia Federal seja acionado impondo vigilância e censura à ação dos “fakes” nas redes sociais. Contrapondo, Cazuza (PP) aliado de Bernal, atribuiu a falta de merenda a um suposto e improvável boicote na entrega das merendas e sugeriu que os vereadores deveriam ajudar o prefeito a administrar a cidade. Função que se torna cada vez mais difícil enquanto os ânimos permanecerem acirrados e até que o prefeito altere seu perfil centralizador que impede até mesmo que seus secretários o auxiliem a contento.


Melhor foi a postura de Chiquinho Telles (PSD) que comparou a rusga entre os poderes a uma “conversa de bêbados entre o executivo e o legislativo” e que isso deve cessar. Ponto para Chiquinho Telles que tem surpreendido pela postura e trabalho desenvolvido.

Um comentário:

Jorge Mattos disse...

Até quando essa matilha de chacais da política fará ouvidos moucos aos apelos reiterados da população? Não há fake maior que esses hipócritas da política municipal, estadual e federal que iludem o cidadão com suas máscaras de bons-mocinho(a)s nas campanhas eleitorais e depois de eleitos dormem em berço esplêndido às custar da população!