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Vereadora Carla Stephanini (PMDB) |
Numa guerra em que vale o
uso de mísseis de longo alcance, o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal
(PP), que estava em Brasília, não hesitou em interromper por telefone e de
forma no mínimo grosseira, entrevista da vereadora Carla Stephanini (PMDB), ao
radialista Joel Silva da FM UCDB. Esta intromissão rendeu mais uma manhã de
pouco trabalho e muitos ataques na sessão de terça-feira (9), da Câmara Municipal
de Campo Grande.
A entrevista da vereadora
versava sobre a falta de alimentos nos Ceinfs, amplamente divulgado pela
imprensa e de difícil defesa por parte do executivo o fato de deixar crianças
sem alimentação por desconhecer os trâmites administrativos. Bernal cancelou ou
não pagou as empresas licitadas no governo anterior – não importa se
justificadamente, ou não – sem que houvesse imediata substituição do serviço.
Carla Stephanini também
atribuiu, indiretamente, ao prefeito o que chamou de ataques de capangas
virtuais que escrevem ofensas em sua página do Facebook. “Eu não vou me curvar
a capangas virtuais”, disse a vereadora e mencionou algumas das mensagens
enviadas, entre as quais as que diziam que ela “só sabe atrapalhar o progresso
de nossa cidade” e outra em que a chamam de “filhinha bastarda”, claramente
sobre a sua relação com o governador André Puccinelli.
É fato que muitos dos
vereadores, ai inclusa Carla, não têm um contato mais próximo com o eleitorado,
não são afetos às formas e à maneira de expressarem seu descontentamento, até
porque o contato com a população, de um modo geral, se dá em época de campanha,
quando são protegidos por um séquito de cabos eleitorais e, durantes as vazias
sessões da Câmara, ainda assim, apartados pelas grades que separa público e
vereador.
Mais radicais em seus arroubos
antidemocráticos, Otávio Trad (PTdoB) e Paulo Siufi (PMDB) declaram-se, também
eles vítimas de ataques e defenderam que a Polícia Federal seja acionado
impondo vigilância e censura à ação dos “fakes” nas redes sociais. Contrapondo,
Cazuza (PP) aliado de Bernal, atribuiu a falta de merenda a um suposto e
improvável boicote na entrega das merendas e sugeriu que os vereadores deveriam
ajudar o prefeito a administrar a cidade. Função que se torna cada vez mais
difícil enquanto os ânimos permanecerem acirrados e até que o prefeito altere
seu perfil centralizador que impede até mesmo que seus secretários o auxiliem a
contento.
Melhor foi a postura de
Chiquinho Telles (PSD) que comparou a rusga entre os poderes a uma “conversa de
bêbados entre o executivo e o legislativo” e que isso deve cessar. Ponto para
Chiquinho Telles que tem surpreendido pela postura e trabalho desenvolvido.
Um comentário:
Até quando essa matilha de chacais da política fará ouvidos moucos aos apelos reiterados da população? Não há fake maior que esses hipócritas da política municipal, estadual e federal que iludem o cidadão com suas máscaras de bons-mocinho(a)s nas campanhas eleitorais e depois de eleitos dormem em berço esplêndido às custar da população!
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