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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Governador considera injustas reportagens contra Dobashi, nós também

O governador André Puccinelli, falando nesta quinta-feira (11) sobre a exoneração de Beatriz Dobashi da Secretaria Estadual de Saúde, após diálogos telefônicos entre a ex-secretária e o ex-diretor do Hospital Regional, Ronaldo Queiroz, gravados com autorização judicial terem sido divulgados em reportagem da TV Morena, reputou que as “as edições foram maldosas e fizeram com que fosse interpretado de maneira diferente”.

O governador ainda informou que demitiu Ronaldo Queiroz, envolvido na operação Sangue Frio e colocou uma força-tarefa no HR para proceder a análise de todos os contratos e prometeu que “seja quem for, se tiver culpa no cartório, será penalizado”.

Uma Comissão Especial de Trabalho foi nomeada para realizar levantamento administrativo e análise de processos, contas, contratos e convênios efetuados referentes aos anos de 2012 e 2013. A Comissão tem prazo de 30 dias, prorrogáveis, para compor o relatório.

Será mesmo?

Até quando o governador André Puccinelli terá considerado injusta a demissão de Beatriz Dobashi? Até quando lhe pese a consciência em saber que é sua a responsabilidade primeira e última pela gestão das coisas do Estado? Se não houve dolo nas atitudes de sua, desde sempre, secretária de saúde, o que justifica haver dolo do ex-diretor do Hospital Regional? Não eram dois os interlocutores?

Não é a primeira vez que a administração André Puccinelli se vê envolvida em “suspeitas” e, em todas as ocasiões o governador promete que tudo será apurado e os reais culpados, punidos. Gostaria de viver num mar de inocência e honestidade que cerca o governador, pois neste céu nunca houve um anjo que houvesse, de fato, caído. Mudam de paraíso, mas não caem.

Então, quando o governador diz que serão publicados decretos e projeto de lei será encaminhado à sua Assembleia Legislativa para que haja maior transparência no uso do dinheiro público, podemos confiar?

Recente reportagem diz que o Mato Grosso do Sul é um dos estados com menor transparência, tanto do executivo quanto do legislativo – e o judiciário é uma caixa preta que, aberta, pode se mostrar uma caixa de Pandora.


Consideramos injustiças as reportagens que derrubaram Beatriz Dobashi, consideramos injusto que apenas ela tenha sido jogada aos leões.

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