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sexta-feira, 12 de julho de 2013

PT recebe o recado: PMDB subiu no telhado...

Michel Temer busca enxergar novas coligações
que desfoquem aliança com PT
Subiu no telhado e colocou a proposta de redução do número de ministérios, supostamente abrindo mão até mesmo daqueles que controla; depois colocou entraves em diversas votações no Congresso e ajudou na derrubada de projetos que eram considerados de importância pelo Executivo.

Michel Temer, presidente do partido e vice-presidente da República, que parece e atua como mordomo, sem o menor perfil para comandante em chefe da criadagem, vê e sente a desarticulação de seus filiados. Mais que raposas, os peemedebistas agem como ratos de um navio que naufraga, pressentem o sacudir do barco. Fizeram isso antes, tantas vezes...  O gato que não subiu ao telhado está dentro do saco, com outros tantos.

O PMDB é um partido que obedece a um programa partidário em que está implícito o Poder acima de tudo. Poder de mando, de articulação, aquele poder entranhado e sólido que abarca todos os cantos, um citoplasma que ocupa o espaço intracelular. O PT não perdeu seus laços com a população, está perdido na incompreensão do vai pelas ruas, não compreende uma linguagem que pede o óbvio; caráter e ética na coisa pública.

Dilma reuniu alguns dos poucos ministros e assessores dos quais sabe o nome – porque sequer a presidente é capaz de recitar os nomes dos ministérios e secretarias que compõem o seu governo – e, trancados em gabinete, tentaram traduzir aquela língua estranha falada nas ruas. Depois de 11 anos no poder, pensam em “medidas emergenciais” como se recriassem a piada do gato que dá título à matéria. O PT tem em seu DNA a inconsequência esquerdista, onde a prática morre nas teorias.

Ai, que saudade!

E o PMDB retornará aos braços do PSDB, desdizendo as críticas e se aliando a Aécio Neves, num “ai, que saudade de vocês”? O PMDB se redescobre num viés de esquerda mansa e enxerga o perfil do cavaleiro solitário numa reedição Collorista em Eduardo Campos (PSB), que lhe daria, pela incipiência do partido socialista, margem de negociação a varejo com outras agremiações nos diversos estados? Para quem ainda procura Lula, parece que anda mariscando pelos lados de Pernambuco, bicando uma caninha e conversando.

Nesse caso, como ficaria composto o atual bloco de oposição? Qual o destino do Democratas e PPS? O PMDB é o gato gordo que se mexe no saco e faz com que todos se rearranjem para não saírem feridos.

Como fica nosso quintal?

André Puccinelli e Delcídio,
quem ganha, quem perde?
Em Mato Grosso do Sul esse arranjo pode ser uma tábua de salvação para o governador André Puccinelli, que precisa manter seu grupo no poder para impedir que as denúncias e investigações que cercam seu governo tenham prosseguimento imparcial.
A debandada peemedebista em nível federal daria liberdade de palanque ao PMDB, enfraqueceria a candidatura petista do senador Delcídio do Amaral – já abalada com o desempenho pífio de seu afilhado Alcides Bernal, no comando de Campo Grande –, sacramentaria uma candidatura tucana com Reinaldo Azambuja – que colheria os frutos de sua ousada campanha a prefeitura da Capital – e proporcionaria uma sobrevida a uma candidatura de Nelson Trad Filho, Simone Tebet ou daquela carta que Puccinelli guarda na manga.

O gato subiu no telhado, mas desta vez são muitos os que armam redes para aparar sua queda.

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