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sábado, 25 de agosto de 2012

Nasce um novo tempo em 2013?


Acordaremos no dia 1 de janeiro de 2013 sob a égide de um novo e promissor tempo, onde as mazelas sociais de saúde precária, educação claudicante, trânsito caótico, violência incontida, corrupção desavergonhada, começarão a ser erradicadas.
E nisso não há qualquer referência ou reverência ao aguardado “final do mundo como o conhecemos”, preconizado pelos oráculos das profecias Maias, antes e mais comum, são promessas retiradas das promessas dos políticos e candidatos a políticos em campanha.
 As soluções definitivas para cada um dos problemas tomam forma tão simples que chegamos a duvidar da necessidade de um prefeito executor das mudanças.
Para a saúde basta a contratação de pessoal e compra de equipamentos; para a educação a abertura de concursos e rejuste dos salários; para o trânsito investimento em ciclovias, reordenamento urbano, construção de viadutos e aumento da frota de veículos; para a violência a maior participação da guarda municipal e videomonitoramento das ruas; para a corrupção desavergonhada, vote em mim.
Na Câmara, qualquer um dos candidatos a vereadores prometem ser críticos ácidos de tudo o que venha a pesar contra a população, como aumentos abusivos de taxas e tarifas. Muitos vão além e prometem exercer atribuições que não lhes cabem.
Mas, ainda são promessas e não compromissos. Nenhum dos candidatos detalha a forma pela qual, em quatro anos, eliminarão as mazelas que agridem de forma mais direta os mais pobres, os expostos, os enxovalhados do círculo social daqueles que se autointitulam “poderosos”.
Como ter certeza disso? Não temos. Nos baseamos na história e não em previsões futurísticas. Sabemos apenas que, por exemplo, as últimas denúncias que fizemos sobre a falta de estrutura nos Ceinfs, o comércio ambulante em terminais de transbordo urbano, o abandono da Cidade dos Ônibus, ausência de calçamento dos prédios públicos, entre tantas, sequer tiveram uma resposta justificativa do poder público.
 Acordaremos no dia 1 de janeiro de 2013 sob a égide de um novo e promissor mandatário. Apenas isso.

Caso André Puccinelli - MS, a hipocrisia da denúncia


Como corruptos, corruptores e seus coniventes eleitores chafurdam na mesma lama.

Se o caso ganhou repercussão internacional, cabe publicá-lo aqui, mesmo porque cabe em qualquer lugar.

Longe querer inocentar da atitude antidemocrática o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli do PMDB. Impensável seria, também, buscar argumentos que justifiquem o lixo sob o qual foi coberto o partido que abrigou todas as oposições durante a ditadura militar, saudoso MDB, por esta atual agremiação adesista. Mas o que sobra de hipocrisia em quem grava a reunião numa suposta indignação é imensurável.
Todos os que participavam da reunião, inclusive aquele que registrava a cena, fazem parte de uma parcela significativa da população que se arrasta por entre gabinetes, antessalas e supostos donatários do poder em busca incessante de ‘oportunidades’ de emprego em qualquer canto, por qualquer preço, mesmo a custa de parca capacidade para exercer o cargo que ocupa. Fazem parte do grupo de amigos, parentes, partidários, cabos eleitorais em tempo integral que infestam as repartições públicas e as tornam inoperantes. Culpados.
Responsáveis pelo desânimo dos concursados são, mormente, chefetes sem respeito, responsáveis por projetos que se arrastam anos a fio, idealizadores de procedimentos sem sentido. Podem ser encontrados às dúzias em todos os setores dos poderes legislativos e executivos e, em menor número, no judiciário.
Mentes inoperantes em corpos sem alma. Incapazes de se expor ao crivo exigente da iniciativa privada, que tem por dever gerar lucros que possam sustentar por impostos e taxas este governo eivado de parasitas a se sustentarem dos ditadores barões dos bananais.
Querer creditar indignação ou rebeldia a esta atitude é querer acreditar que possamos fazer uma viagem mágica galopando uma mula-sem-cabeça. O preço de se vender a favores é deixar de existir como ser humano e a revolta que se torna pública soa mais como ‘aceitar uma proposta mais vantajosa’.
Vamos ser sinceros, estava na reunião porque, tenha ou não capacidade, foi alçado a uma função por favores recebidos. Portanto, não reclame. Não some a sua traição à população outra traição, esta contra a mão que lhe pagou o preço estabelecido, muito superior ao que realmente é merecedor.
Nada que defenda as atitudes de um governador que mantém o poder sem manter o respeito, mas corruptos, corruptores e seus coniventes eleitores chafurdam na mesma lama.