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sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Marquinhos Trad deixa a população doente jogando a culpa nos profissionais de saúde e quase mata enfermeiro


Vamos dizer a verdade de forma clara e límpida, “jogar” a culpa nos profissionais da saúde pelos erros cometidos pelos Pseudo-secretários é fácil, é uma falta de humanidade impensável. Desculpe o termo, mas o menininho caçula da família Trad não é apenas irresponsável; vai, além disso.

Os profissionais da saúde sempre... “sempre” estiveram expostos a agressões. A Guarda Municipal de Campo Grande é uma grande falácia do “faz de conta que eu faço e você faz de conta que acredita”. Eles estão ali para proteger o patrimônio, não para proteger as pessoas.

Houve tempo (recente) em que se buscava valorizar os profissionais, ainda que fossem agredidos de todas as formas possíveis. É sobre eles que recaem as reclamações e queixas. É sobre eles que recaem as agressões. A culpa de mortes, de falta de leitos hospitalares, a falta de medicamentos, a falta de – até álcool, luvas, algodão, gazes, analgésico, antitérmico, anti-inflamatório, antibióticos, TUDO, é relegada aos profissionais de saúde. “Não são eles os responsáveis pela aquisição de produtos”.

Quando vamos raciocinar que isso é falta de gestão? Quando vamos entender que faltam profissionais médicos? Quanto tempo  levaremos para ver que os administrativos, técnicos, enfermeiros estão sobrecarregados em suas funções? Quanto tempo ainda  para cobrar essa palhaçada das promessas – que eles dizem compromissos – dos políticos eleitos por nós para cuidar do mínimo possível: Saúde, que é fundamental.

Tem um pouco da mão do prefeitinho, dos vereadores – inclusive dois representantes da enfermagem; um líder do prefeito incompetente e omisso, um profissional de educação física, ligada à saúde, presidente de uma Câmara que diz ‘amém’ a tudo o que o executivo faz, ou não faz, porque nunca fez, e nunca fará.

Profissionais são agredidos, são ameaçados, e sempre foi assim. A grande desculpa é que os agentes municipais de segurança não estão preparados para atuarem em defesa dos profissionais, apenas do patrimônio. Pois eles que vão cuidar dos jardins, das paredes, da calçada. Mas não são esses mesmos profissionais que reivindicam o porte de armas? Para quê? Atirar em ratos? Atirar para o alto contra os pichadores?

E quem cuida dos profissionais de saúde?

De certo não é o prefeitinho, aquele caçula. A ele cabe chamar fichas, solicitar profissionais sem lhes dar retorno algum, seja financeiro, seja de exigir a respeitabilidade que a profissão exige. Não, a ele parece apenas caber jogar a população contra esses profissionais.

Sem condições, sem nada. Primeiro nomeia um amigo e uma secretária adjunta pelos lindos olhos, pelo “vamos lá, afinal você é meu amigo”; depois produzir dois vereadores da área da saúde na base do ‘eu vou investir na sua eleição’; então nomeia um “poste”. Então, acaba com todos os avanços do terceiro turno, das ações contra o Aedes aegypti, da regulação (que tinha enorme efetividade na internação de pacientes), dos convênios com hospitais particulares, da equipe móvel que desafogava o atendimento nas UPAs.

É assim, existem esses políticos que focam apenas em sua projeção política, investem na mídia que lhes deem projeção, recursos que poderiam ser utilizados na saúde, educação, transporte público etc. Eles se elegem sempre, uns senadores, outros deputados federais, outros prefeitos, os menores, vereadores. Todos da mesma família.

Aos profissionais da saúde, servidores dedicados, restam apenas facadas e agressões.
“Enfermeiro é esfaqueado dentro de posto de saúde. Funcionário do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) foi atingido por três golpes por homem que estaria em surto psicótico, segundo a Sesau”.

O caramba com essa desculpa besta. Se é um centro de atenção psicossocial, deveria haver uma segurança, afinal são pessoas com estados mentais instáveis, mas como isso se a Guarda Municipal é despreparada? Qual a segurança efetiva se o próprio prefeito joga a responsabilidade do péssimo atendimento sobre os administrativos, técnicos, enfermeiros e médicos. Se joga para eles a culpa da falta de medicamentos, se lhes impõe as enfermidades e morbidades que poderiam ser evitadas com uma gestão competente?
Prefeito, vá cuidar da única coisa que seu tempo de governo fez, uma mal ajambrada obra no centro, uma vez que o transporte, a educação, a saúde e a infraestrutura – de forma geral – estão do jeito que se vê.

Eu fico com a pureza da resposta da funcionária, o paciente estava descontrolado. “Ele esfaqueou o enfermeiro responsável, ele veio para matar”. Os trabalhadores do Caps estão “à mercê, correndo risco de vida. Somos xingados e ameaçados todos os dias e nada é feito”.