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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Denúncia: Laudos com erros grotescos tentam maquiar falso tapa buracos em Campo Grande


Prefeitura divulga laudo que comprova necessidade do ‘polêmico’ tapa buraco, no entanto o próprio documento se contradiz de forma grotesca e amadora.

Divulgada em 29 de janeiro deste ano, pela mídia regional e nacional, uma denúncia de operação de tapa buracos onde supostamente não havia buracos a serem tapados, conforme vídeo captado por câmara de segurança de um edifício, foi respondida através de laudos técnicos apresentados pela Selco Engenharia, empresa responsável pelo trabalho, corroborado por laudo da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação).
Em relatório de dez páginas, o responsável técnico, engenheiro civil Talles Teylor dos Santos Mello explicita os critérios para elaboração do trabalho por meio das instrução normativa n° 02 da Prefeitura Municipal de Campo Grande, especificação DNER 321/97, manual e normas técnicas DENIT. O laudo conclui que o caso ocorrido na Rua Jornalista Marcos Fernandes Hugo Rodrigues, se enquadra nas disposições de execução de obras para fissuras e trincas, que era o caso, portanto o procedimento se deu de forma correta.
O laudo informa, ainda, que “na imagem do condomínio (que serviu de base para a denúncia) não é possível ver a existência dessas fissuras e trincas no asfalto. Entretanto, fotos de melhor qualidade tiradas no local em questão mostrariam a real situação na qual se encontra o pavimento.
Acompanha laudo da Seintrha, assinada pelo engenheiro civil João Parron Maria, que conclui que “o vídeo mostrado na mídia apresenta todos os passos que se exige qualquer normativa das citadas (...) para a execução dos serviços de tapa buracos.”
No entanto, as fotos tiradas do local “após” o serviço realizado mostram claramente que as existem semelhantes fissuras ao lado daquela supostamente “tapadas” e que foram solenemente desprezadas pelo zeloso funcionário.
Pior, o laudo apresenta “fotos” das fissuras que foram, com esmerada dedicação, tapadas pela empresa Selco. A questão que “não fecha a conta” é: Como eles tinham as fotos de ANTES do trabalho ser executado? E mais, se o laudo foi feito APÓS o serviço, qual tipo de equipamento foi utilizado para fotografar a situação do asfalto que estava encoberto pelo material utilizado para o serviço? Qual esse tipo de equipamento de Raio-X tão sofisticado.

Vejam as imagens do serviço executado e notem que em todo o entorno de onde foi colocado o produto existem depressões, fissuras, rasgos no asfalto...

Vejam a página onde o engenheiro da Selco, responsável pelo laudo que foi aceito e corroborado pela Seintrha, apresenta a foto das “fissuras” feitas antes do reparo e antes, evidente, da denúncia. Não é uma questão de "fotos tiradas com melhor resolução", mas um verdadeiro fenômeno que fotografa o passado ou um equipamento que consegue captar imagens  sob uma camada de asfalto.



Esquerda e retrocesso: Erundina elegeu Jânio em SP, Dilma pode trazer radicais de volta


O brasileiro é tão passional na política quanto é no futebol. Governos desastrosos, seja em nível municipal, estadual ou federal, tendem a eleger o sucessor de orientação oposta.  
O grande cabo eleitoral que ressuscitou o ex-presidente Jânio Quadros para a política foi o desastroso governo de Luiza Erundina (então PT e hoje no PSB) na cidade de São Paulo. Entre Jânio, histriônico representante da direita e Fernando Henrique Cardoso, ponderado candidato de centro-esquerda, a população optou pela mudança radical. Hoje, mais que o pedido de impeachment de Dilma Rousseff (PT) o país vê crescer um perigoso saudosismo da Ditadura militarista.
Efetivamente, não corremos esse risco, pois ao contrário das hostes petistas, todos os outros setores da sociedade e da política evoluíram, talvez mais ainda os militares. A questão é que, a falta de movimentação golpista na caserna, sinal de vitória da força da razão, pode ser entendida como marasmo, por estes 'saudosistas sem razão'. Dai para a eleição de um representante dos golpistas ressentidos com viés de ditadores das bananas, vai um pulo. Candidatos que se sobressaem no Congresso, não faltam.
Erundina trouxe teóricos para seu secretariado, mas nenhum tinha experiência administrativa. Formou o caos no transporte público inchando os setores administrativos de uma estatal CMTC (Companhia Municipal de Transportes Coletivos), que chegou a ter 4 funcionários administrativos para cada veículo em uso; permitiu e incentivou a ocupação das áreas da represa Billings, vejam no que deu; e tantas outras sandices propiciadas pela musa filosófico-petista Marilena Chaui. “Tantas você fez que ela cansou” Jânio venceu com um discurso direitista e retrógrado.
E Dilma Rousseff, uma presidente que deve ser sempre grafada em textos jornalísticos seguida da indicação do partido a que pertence, porque governa para ele, indiscutível e temerariamente, quais riscos nos traz? Basta acompanhar as postagens em redes sociais e os diversos movimentos pedindo o retorno dos militares para que se aquilate os resultados temerários de seu desastroso desgoverno.
E, antes que questionem os motivos da vitória de Dilma sobre o candidato Aécio Neves (PSDB), sempre é bom lembrar que foram embates das forças que governaram o país e, os demais candidatos não tinham projeção nacional, exceto Marina Silva, perdida entre suas próprias contradições, cujo futuro era incerto entre um PSB que não a queria e um Rede que não consegue viabilizar.
O que dizer, agora, que o governo se esfacela, sufocado em seus próprios desvios éticos e sob uma avalanche de denúncias? Qual sentimento nesse mar de passionalidade do eleitor ele irá despertar? Para onde será direcionado seu voto? Essas são as verdadeiras questões que devem ser pensadas pela classe política. A única certeza que se tem é de que o PMDB estará com o novo governo, quaisquer que sejam as cores que ele carregue.
O PMDB já articula uma megaprodução em seu horário eleitoral, desenvolvida de tal forma que deixe claro que os únicos segmentos que funcionam no país são os que ele administra, se isentando e jogando um tanto de gasolina na fogueira que queima a estrela vermelha.
Resta aguardar os próximos acontecimentos, ver no que dá a manifestação cívica marcada para março, como se portará, o quanto será destruída pela infiltração de vândalos, o quanto será respeitada a diferença de opiniões.




domingo, 22 de fevereiro de 2015

O governo Dilma Rousseff ainda está de meias



Há uma frase repetida, e tida como verdade, entre aqueles com queda para relações extraconjugais de que quando flagrado, se estiver com as meias no pés, ainda existe uma explicação que convença.

Em depoimento, na condição de testemunha por acordo de delação premiada firmado com o MPF (Ministério Público Federal), Augusto Ribeiro de Mendonça, da Toyo-Setal Engenharia, relatou à Justiça do Paraná, que o “Clube das Empreiteiras” formado por nove fornecedoras de serviços à Petrobras, existia desde os anos 90, mas não era exclusivo pois o universo de fornecedores era mais amplo, e que efetivamente tornou-se um grupo fechado e excluviso a partir de 2004, quando negociou com os diretores Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e Renato Duque (Engenharia).
O cartel foi então ampliado para 16 companhias a pedido de Duque e Costa. Além de Mendonça, prestaram depoimento o também delator Julio Camargo, consultor da Toyo-Setal e Camargo Correa, a ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, Meire Poza, o laranja Leonardo Meirelles, e o delegado da Polícia Federal, Marcio Anselmo.
O fato de mencionar a década de 1990 deu a “meia nos pés” que o governo petista precisava para buscar uma explicação convincente. E Dilma, que agora se rendeu à supremacia do ex-presidente Lula e seu conhecimento da obscura alma que anima os políticos e da ignorância política da população, sem poder repetir o bordão do “eu não sabia de nada”, uma vez que foi ministra de Minas e Energia e conselheira da Petrobras, agora na Presidência da República, com as meias nos pés, quase grita: “Quem colocou essa pessoa na minha cama?”.
Como brilhantemente postou o professor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ) – Marcos Cavalcante, em sua página em rede social, “Dilma está certa!”, e mais, a presidente falou: "Se em 96, 97 tivessem investigado e tivessem naquele momento punido, nós não teríamos o caso deste funcionário da Petrobras que ficou durante quase 20 anos praticando atos de corrupção. A impunidade leva a água para o moinho da corrupção".
Vamos partir do pressuposto que a presidente está correta. Se ela está correta o mesmo raciocínio vale para a década seguinte. Se em 2003, 2004 (ou 2005, 06, 07, 08, 09, 10, 11, 12, 13...) tivessem investigado e punido nós não teríamos os escândalos. Como nesta época o presidente era lula e Dilma presidia o Conselho da Petrobras concluímos que se o raciocínio dela está correto Dilma está errada... Deveria, enquanto presidente do conselho da empresa, ter investigado e punido os corruptos.
Em resumo, se Dilma está certa ela está errada...
Além disso, todos (cito de novo a presidente) "os funcionários da Petrobras que praticaram os malfeitos" foram Promovidos durante o período onde lula era presidente do país e Dilma do conselho da empresa (veja o desenho)!


Ação e reação
Avalia-se a situação de crise mais pela reação dos acusados do que pela ação dos acusadores. A verdade é inconteste e dessa forma é colocada pelos fatos, a reação tende a criar outras verdades e buscar justificativas, ou criá-las. O PT, até pelo seu viés ideológico, sempre se pautou pela máxima de que “os fins justificam os meios”. A questão é que nunca deixou claro para a população quais seriam esses fins.
No caso do mensalão tentou persuadir que seria praxe, que se tornaria, portanto, correta, o uso de “recursos não contabilizados”, como o tesoureiro petista de então, Delúbio Soares, nomeou o “Caixa Dois”. Os fins, nesse caso, seria conquistar o poder e a manutenção da governabilidade. Acreditam-se “Escolhidos” para salvar a Nação.
Agora, jogam uma peneira sobre o destino dos desvios da Petrobras – que engordam contas pessoais e partidárias – tentando inocentar os corruptos (pouco saíram em defesa dos corruptores), todos pertencentes ou coniventes com seu grupo político, com o esdruxulo argumento de que “apenas deram sequência ao que era praxe administrativa”. Ainda que se acreditem a Divindade na Terra, meias não cobrem pés de bode.
A fidelidade política costuma ir até enquanto propiciar vantagens, então que Dilma Rousseff e seu staff pessoal não se iludam com a lealdade de sua base, conforme mostram os perrengues pelos quais passa o governo na Câmara Federal e, um pouco menos, no Senado. Ao trio Rei, Rainha e Torre – Lula, Dilma e José Eduardo Cardozo – acompanhado dos militantes peões, faltam mais uma Torre, Bispos e Cavalos. É bom lembrar que o xadrez é um jogo de estratégias, não de blefes.
Se houve desvios em outras épocas – e quase com total certeza houve, afinal a corrupção no país é endêmica e epidêmica – que as investigações não se restrinjam à administração petista. Mas nesse momento em que a água que entra no barco tende a afundá-lo, é imperioso que se estanque o vazamento, não que se coloquem mais pessoas na embarcação. Vamos estabilizar primeiro; jogar o sobrepeso do mar, e depois punir os responsáveis por vir esgarçando a embarcação até que se fizesse o rombo.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Olarte entende ‘corrupção passiva’ e ‘lavagem de dinheiro’ como crimes menores


O prefeito da Capital, Gilmar Olarte, divulgou “Nota à Imprensa” assinada pelo advogado Jail Benites de Azambuja, onde considera as acusações como menores e insiste em dizer-se “testemunha”






O prefeito de Campo Grande, Gilmar Antunes Olarte (PP), emitiu nota à imprensa, assinada pelo advogado Jail Benites de Azambuja, onde, entre outras coisas, menciona que “Que, as únicas acusações, infundadas [grifo nosso], apresentadas pelo Ministério Público contra Gilmar Antunes Olarte referem-se a supostos crimes de “corrupção passiva” e “lavagem de dinheiro”, não havendo qualquer outra acusação.”

Ainda que no item 1, a nota confirme o “objeto da investigação e da denúncia oferecida pelo Procurador-Geral de Justiça”, e que foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência do prefeito, a nota busca, no item 8, minimizar o caso e diz que Olarte foi ouvido na condição de testemunha.

Estranha contraposição ao item 3, da nota, que diz “as únicas acusações (...) referem-se a supostos crimes de “corrupção passiva” e “lavagem de dinheiro”, não havendo qualquer outra acusação. Como se estes crimes fossem menores, ou sequer crimes fossem.

O defensor
O advogado que assina a nota de esclarecimentos, Jail Benites de Azambuja, foi juiz federal da 4ª Região que, acusado de estar envolvido no atentado contra a casa do juiz federal Luiz Carlos Canalli, ocorrido na madrugada do dia 19 de setembro de 2008, em Umuarama, município localizado no noroeste do Paraná, foi preso suspeito de ter forjado o atentado contra si mesmo. Após quatro dias preso para prestar depoimento, foi liberado. No mesmo dia, o motorista e jardineiro de Azambuja, Adriano Vieira, foi preso suspeito de ter atirado contra a casa de Canalli a pedido do juiz acusado.

Ele também foi penalizado por instaurar investigação judicial por conta própria, com base em denúncia anônima, e acusado de ter feito distribuição indevida de processo, decretado 52 prisões com base apenas em delação premiada e interferido na atuação de um juiz federal substituto e de um delegado da Polícia Federal.

Após uma batalha jurídica, o TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) determinou a aposentadoria proporcional compulsória (por tempo de serviço) a Jail Benitez Azambuja, em decisão tomada pelo Plenário do TRF4.

Em 2014, O juiz federal, Jail Benites de Azambuja, teve o pedido de suspensão de aposentadoria compulsória negado pelo Superior Tribunal de Justiça. A decisão é do ministro Teori Albino Zavascki, que negou liminar em Mandado de Segurança ao juiz. Ele foi aposentado compulsoriamente pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Por isso, entrou com a ação no STJ requerendo a suspensão da execução dos processos administrativos que resultaram na aplicação da pena de aposentadoria compulsória.

Veja abaixo a nota de Gilmar Olarte:

Esclarecimentos de Gilmar Olarte sobre processo

Gilmar Antunes Olarte, prefeito municipal, por seu advogado, diante da “nota de esclarecimento” publicada no site do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul, no dia 6 de fevereiro p.p., informa:


1. Que, o desembargador relator do procedimento de investigação junto aquela Corte decidiu, a pedido do Ministério Público, retirar o segredo de justiça, tornando público o objeto da investigação e da denúncia oferecida pelo Procurador-Geral de Justiça;


2. Que, tal providencia foi levada a efeito pelo magistrado, segundo a nota, para: a) pôr fim às especulações que cercam o caso e b) por fim à gama de notícias equivocadas que vem sendo divulgadas, inclusive relativas a delitos inexistentes e situações não confirmadas pelas investigações;


3. Que, as únicas acusações, infundadas, apresentadas pelo Ministério Público contra Gilmar Antunes Olarte referem-se a supostos crimes de “corrupção passiva” e “lavagem de dinheiro”, não havendo qualquer outra acusação.


4. Que, o próprio desembargador relator, em entrevista, afirmou textualmente que a “Denúncia do Gaeco não tem elementos para cassar Olarte” e que “os elementos do caso não são suficientes para resultar em eventual cassação de mandato”. Segundo a imprensa, o desembargador relator disse que “Por este processo não tem risco. Esta história de golpe não tem”, garantiu o desembargador;


5. Que, como cidadão, pastor e pai de família, ratifica, de plano, o seu compromisso moral e funcional que todo homem público deve ter com a história de sua cidade e de seu povo, legando a ele o direito à informação e ao conhecimento dos fatos que realmente cercam esse processo;


6. Que, lamenta como alguns setores da imprensa e da mídia distorcem as informações fornecidas pelo próprio Poder Judiciário, fabricando manchetes que não correspondem ao conteúdo da notícia mesmo, levando os leitores, sobretudo os que não se interessam em aprofundar o conhecimento, a acreditar em mentiras, desvirtuando o papel da liberdade de informação e, usada dessa forma, é uma covardia, porque não há como as pessoas se defenderem.


7. Que, a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra Gilmar Antunes Olarte, é absolutamente infundada e não encontra qualquer prova na investigação realizada;

8. Que, por essa falta de elementos probatórios, Gilmar Antunes Olarte foi ouvido, no ano passado, na condição de “testemunha” e não como investigado, esclarecendo, na ocasião, todos as circunstancias do caso;

9. Que, as acusações que são feitas contra Gilmar Antunes Olarte referem-se ao “uso de seu nome” por um ex-servidor da Prefeitura de Campo Grande, o qual contraiu empréstimos junto a supostos agiotas na cidade, com promessas de obter benefícios na administração municipal, entre janeiro de 2013 a julho de 2013, época na qual Gilmar Antunes Olarte era vice-prefeito de Campo Grande;


10. Que, na investigação, não há qualquer elemento ou prova material relativa a tal acusação, não obstante tenha sido realizada uma busca e apreensão na casa de Gilmar Antunes Olarte, a qual nada encontrou senão CD’s de músicas evangélicas, que devem ter servido para falar de Deus aos investigadores;


11. Que, pela falta de elementos materiais, a denúncia baseia-se, exclusivamente, no depoimento de terceiras pessoas, ligadas politicamente ao ex-prefeito cassado, que faltam, desabridamente, com a verdade;


a referido negou, peremptoriamente, em seu depoimento, que fosse do conhecimento de Gilmar Antunes Olarte, o ‘uso’de seu nome; negou, também, no seu depoimento, que Gilmar tivesse recebido qualquer vantagem decorrentes dos ‘empréstimos’ que levou a efeito;

13. Que, há de ser ressaltado que uma das “testemunhas” que acusam, por motivos políticos, Gilmar Antunes Olarte em conversa telefônica interceptada pelo GAECO, afirma textualmente “saber da inocência do Prefeito”;

14. Que, por tudo isso, repudia o oferecimento da denúncia, apenas como forma de justificar a desastrada diligencia de busca e apreensão na casa do Prefeito da Capital e baseada numa investigação anômala, na qual se usou de tudo, menos o tirocínio investigativo, para tentar encontrar algum crime da parte de Gilmar Antunes Olarte;


15. Que, neste caso, inverteu-se a forma de investigação normal, que parte do crime para o criminoso, tendo o Ministério Publico transformado Gilmar Antunes Olarte como um “alvo”, em torno do qual deveria ser buscado “qualquer coisa errada”, pois a busca e apreensão em sua residência, em vez mostrar delitos, demonstrou a sua inocência, além de causar constrangimentos de toda ordem a seus familiares, sendo que, no caso apreço, o próprio Ministério Público, embora tenha “filmado” a diligencia na casa do Prefeito, estranhamente "perdeu" toda a filmagem, quando requerida pela defesa;


16. Que, como se conclui do acima exposto, em relação a Gilmar Antunes Olarte, foi feito “uso de mandado de busca para fazer provas”, em vez de “após investigar, com elementos concretos, pedir buscas”,contrariando aos princípios republicanos e ofensiva ao princípio constitucional da inviolabilidade e da presunção de inocência, resultando o constrangimento a que foi submetido em nada de proveitoso para a investigação;


17. Que, a denúncia oferecida só se baseia no produto da escuta telefônica, em conversas de terceiros, nada havendo que comprometa a conduta de Gilmar Antunes Olarte;


18. Que, por fim, lamenta o uso e abuso das informações fornecidas na nota de esclarecimento por pessoas ligadas ao ex-prefeito cassado da Capital (como fruto de espíritos pouco afeto à verdade) que, nas redes sociais e por meio de blogs ou noticiosos na internet, com acréscimos de ofensas pessoais a Gilmar Antunes Olarte e – por incrível que pareça – a seus familiares;


(*)

21. Que, Tais ofensas, objeto da manifestação abusiva e ilegal, serão objeto de ação penal, por crimes contra a honra, além de ação civil para reparação de danos morais, marcadas pela ignorância no seu mais amplo sentido, serão tratadas apenas judicialmente, porque, em razão da tibieza e baixeza, sequer merecem resposta, para não permitir a Gilmar Antunes Olarte descer ao nível seus detratores.


22. Que, ainda, não existe ação penal contra Gilmar Antunes Olarte; apenas, oferecimento de denúncia pelo Ministério Público, nas condições resumidas acima; que, apresentará, oportunamente, sua manifestação no processo e, somente após, pela Seção Criminal do TJMS, será decidido se se abrirá processo ou se a denúncia será arquivada.


Campo Grande(MS) 8 de fevereiro de 2015.


Jail Benites de Azambuja - OAB/MS 13.994



* Nota conforme publicada no site CampoGrandeNews

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Curtas 2015 - 1º Ato

2015






















'Meia nota', 'sem nota' e 'caixa dois' a realidade que todos conhecem. O resto é hipocrisia

Um país que não consegue investigar crimes; que quando investiga, nem sempre prende; que quando prende, a justiça impõe penas pífias; que prende hoje para soltar amanhã... falar de financiamento público para as campanhas eleitorais é chamar o eleitor de energúmeno.

Os males maiores das campanhas não é o dinheiro legalmente doado, é o caixa dois, o surrupiado, o escondido. É o dinheiro do 'Caixa Dois', ou “dinheiro não contabilizado” na versão mensaleiro-delubiana, que movimenta a compra de votos em suas diversas formas. Não nos venham com a redenção do mal-caratismo político transformando o que já existe, doações legais e contabilizadas, em financiamento público de campanha.

Nosso maior problema é moral, não financeiro.


Para salvar as finanças penaliza-se o trabalhador e gratifica-se o desocupado

Parece que até o ministro da fazenda, escolhido a dedo e apoiado pela classe empresarial, vergou perante a presidente Dilma Rousseff e a política petista de compra de votos em suaves prestações via bolsas as mais diversas.

Para salvar a economia do país, quando se supunha que houvesse um reparo nas tubulações carcomidas e eivadas de vazamentos por onde o dinheiro escorre em propinas e quetais, ou no enxugamento da máquina pública, ou ainda que houvesse uma contrapartida para as bolsas sociais – algo do tipo favorecer com cursos profissionalizantes os beneficiários e exigir que se insiram no mercado de trabalho, ou pelo menos tentem –, pretende-se penalizar o trabalhador.

Aos que trabalham, bem ou mal, nesse nosso capitalismo burro e socialismo mal ajambrado, quando perdem seus empregos por qualquer tipo de sorte – e não se exclua a falta de caráter de parcela de trabalhadores que seguem seus eleitos e enveredam pela lei do “o importante é levar vantagem em tudo” - perdem agora seus direitos ao seguro desemprego. Quem contribuiu pode afundar economicamente o país, quem nunca trabalhou, não.

Para o abono salarial, estipula-se elevação da carência de um mês para seis meses ininterruptos de trabalho. Além disso, o abono será pago proporcionalmente ao tempo trabalhado, assim como ocorre com pagamento do 13° salário.

Para aqueles que trabalharam enquanto tinham forças e vida para isso, a Pensão por Morte passa a ter  carência de 24 meses de contribuição para que o cônjuge tenha direito à pensão, também será exigido tempo mínimo de casamento ou união estável de dois anos. Não bastasse tanta aberração, os cônjuges jovens terão direito a benefício temporário que pode variar de três a quinze anos. Já os cônjuges viúvos com idade igual ou superior a 44 anos – e, portanto, com expectativa de sobrevida inferior a 35 anos – terão direito ao benefício vitalício.

O seguro desemprego, deixa de ser seguro numa economia de gangorra, sem garantias, haverá o aumento do período de carência para a primeira solicitação do benefício de 6 para 18 meses, e para 12 meses na segunda solicitação.

E a apoteose deste brilhantismo econômico-social-coisa-nenhuma é a transferência da responsabilidade de Estado para a iniciativa privada. O auxílio-doença passa a ser pago pelo empregador não mais nos primeiros 15 dias, mas dobra-se a carga e o empregador pagará por um mês (30 dias). Sem abandonar as preocupações com o trabalhador, sobra para ele tambám, pois haverá um teto para o pagamento do benefício equivalente a média das últimas 12 contribuições do trabalhador.

Ah, sim, nada muda, sequer um centavo é retirado dos funcionários públicos ou dos convocados, indicados, apadrinhados etc.


Água e racionamento. Evitar problemas não dá visibilidade.

Não é difícil entender a crise do abastecimento de água. É lamentável mas compreensível. Não pergunte por que nada foi feito antes, a resposta é simples e irritante: sem haver o fato para que se busque soluções, o caso não rende votos. Ter atendido as projeções dos especialista de que haveria uma quebra dos reservatórios e antecipar as obras não dariam a necessária visibilidade porque não estaria criada a necessidade. Ponto.

Agora, com o caso concreto (ou melhor, líquido), todos irão se arvorar de salvadores da Pátria, porque as soluções se fazem imprescindíveis.

Até que se faça em caráter de urgência, sem acompanhamento e controle de gastos – a redenção de todos os políticos -, os ajustes necessários, penaliza-se o cidadão por utilizar a água que é de seu direito.

Mas nada tem sido feito para penalizar as concessionárias que cobram deste mesmo cidadão o desperdício de mais de 40% no precioso líquido que se esvai em sistemas de distribuição antigos e mal conservados.