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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Denúncia: Laudos com erros grotescos tentam maquiar falso tapa buracos em Campo Grande


Prefeitura divulga laudo que comprova necessidade do ‘polêmico’ tapa buraco, no entanto o próprio documento se contradiz de forma grotesca e amadora.

Divulgada em 29 de janeiro deste ano, pela mídia regional e nacional, uma denúncia de operação de tapa buracos onde supostamente não havia buracos a serem tapados, conforme vídeo captado por câmara de segurança de um edifício, foi respondida através de laudos técnicos apresentados pela Selco Engenharia, empresa responsável pelo trabalho, corroborado por laudo da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação).
Em relatório de dez páginas, o responsável técnico, engenheiro civil Talles Teylor dos Santos Mello explicita os critérios para elaboração do trabalho por meio das instrução normativa n° 02 da Prefeitura Municipal de Campo Grande, especificação DNER 321/97, manual e normas técnicas DENIT. O laudo conclui que o caso ocorrido na Rua Jornalista Marcos Fernandes Hugo Rodrigues, se enquadra nas disposições de execução de obras para fissuras e trincas, que era o caso, portanto o procedimento se deu de forma correta.
O laudo informa, ainda, que “na imagem do condomínio (que serviu de base para a denúncia) não é possível ver a existência dessas fissuras e trincas no asfalto. Entretanto, fotos de melhor qualidade tiradas no local em questão mostrariam a real situação na qual se encontra o pavimento.
Acompanha laudo da Seintrha, assinada pelo engenheiro civil João Parron Maria, que conclui que “o vídeo mostrado na mídia apresenta todos os passos que se exige qualquer normativa das citadas (...) para a execução dos serviços de tapa buracos.”
No entanto, as fotos tiradas do local “após” o serviço realizado mostram claramente que as existem semelhantes fissuras ao lado daquela supostamente “tapadas” e que foram solenemente desprezadas pelo zeloso funcionário.
Pior, o laudo apresenta “fotos” das fissuras que foram, com esmerada dedicação, tapadas pela empresa Selco. A questão que “não fecha a conta” é: Como eles tinham as fotos de ANTES do trabalho ser executado? E mais, se o laudo foi feito APÓS o serviço, qual tipo de equipamento foi utilizado para fotografar a situação do asfalto que estava encoberto pelo material utilizado para o serviço? Qual esse tipo de equipamento de Raio-X tão sofisticado.

Vejam as imagens do serviço executado e notem que em todo o entorno de onde foi colocado o produto existem depressões, fissuras, rasgos no asfalto...

Vejam a página onde o engenheiro da Selco, responsável pelo laudo que foi aceito e corroborado pela Seintrha, apresenta a foto das “fissuras” feitas antes do reparo e antes, evidente, da denúncia. Não é uma questão de "fotos tiradas com melhor resolução", mas um verdadeiro fenômeno que fotografa o passado ou um equipamento que consegue captar imagens  sob uma camada de asfalto.



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