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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Não serão apenas médicos os importados

Bem que a presidente Dilma Rousseff e seu staf (de estafetas) tentou colocar o jeito baixo socialismo de solução de problemas para o país, mas não vingou e, se ela consegue comprar vitórias entre os parlamentares, não tem conseguido o mesmo sucesso com uma população que percebeu a enorme distância entre um discurso bem construído e a realização de projetos.

Baseados na máxima de que “o que a população precisa é o que nós determinamos, pois ela (população) é fruto da massificação capitalista e não tem condições de proceder a uma análise mais acurada, repetidores de verdades da imprensa burguesa... e por ai vai”, tentaram de todas as formas impor acréscimo de dois anos aos cursos de medicina no país. Quem determinou? Entre os tantos palpiteiros, o ministro da Educação – que ainda não realizou seu sonho de ocupar o superministério da economia – Aloizio Mercadante, economista. Não eram apenas os médicos que seriam importados, mas todo o jeito de impor um governo.

A questão não era apenas a de matar a fome dos médicos cubanos, senhores do Olimpo que dispensam o a validação dos diplomas, a quem colocariam para atender nas precárias unidades de saúde espalhadas pelo Brasil, gotejantes, esburacadas, infectas e inúteis. Os salários, sim, teriam. Elevados salários. Responsabilidades? Nenhuma. A questão era impor um modelo socialista de atendimento, sem a contrapartida de permitir condições para estes atendimentos.

Não nos faltam médicos, sobram inclusive muitos deles oriundos de faculdades sem condições de formar, sequer, atendentes de enfermagem. Mas a questão não é essa. É falta de estrutura para a Saúde Pública, e essa questão não se resolve com atendimento médico, para tanto é necessário todo um contexto que DEVE ser equacionado e resolvido pelos governos, de forma definitiva e real.

Mais uma vez o governo retrocedeu em suas imposições. Mais uma derrota que o discurso oficial irá trabalhar para vender como um avanço, um ouvir a população e a categoria e, se tudo der errado, e vai dar porque os dirigentes são incompetentes, dirão que as forças elitistas tradicionais representadas por uma direita retrógrada... e por ai vai.

Para Mercadante, “o governo decidiu” alterar a proposta, para todo o mundo, Adib Jatene, a comissão de especialistas e universidades federais, colocaram um mínimo de juízo em benefício da medicina do país.

E a população morre à míngua, sem atendimento; e os médicos brasileiros se concentrarão cada vez mais nos grandes centros, porque nos interiores não há, sequer, material de assepsia; e nossos doutores hermanos cubanos, não se preocupem, sempre haverá caixa para uma ajuda humanitária aqui da República das Ameixas Vermelhas.




terça-feira, 30 de julho de 2013

De nova cobiçada a amante preterida, PDT quer mídia

Dagoberto Nogueira Filho
Dagoberto Nogueira (PDT), candidato a vice-prefeito da Capital em 2012, na chapa encabeçada pelo atual secretário Edson Giroto (PMDB), e responsabilizado por muitos como um dos fatores da desarticulação da campanha, que transformou aliados em antagonistas, retorna agora em busca de mídia. Em que pese o esforço pela rearticulação do partido, inexistente durante a permanência de Dagoberto como presidente estadual da legenda, parece que a dissidência tem nome, sobrenome e uma persistência sobre-humana em provocar rusgas.
Ou seria quase que uma maldição sobre o partido? João Leite Schmidt, atual presidente estadual, um dos maiores articulistas políticos do Estado assumiu com a missão de dar rumo ao emaranhado de intrigas, desapontamentos e rancores. No entanto, uma sucessão de acasos nefastos como a cassação de prefeitos, envolvimento de pessoas do gabinete de Felipe Orro com crimes políticos, dos quais o próprio Felipe não pode se dizer inocente, cassação do vereador Paulo Pedra de Campo Grande, o último bastião pedetista na política da capital e, agora, não bastasse, declarações de Dagoberto.
Falar de sucessão, agora, quando não abaixou a poeira da última eleição, enquanto ânimos não serenaram, candidatos – exceto Delcídio – não firmaram consenso em torno de seus nomes, era tudo o que o PDT não necessitava. E, pelas suas palavras, o partido assume sua pequenez anunciada na desistência pelos mais cobiçados e significativos cargos. Dessa forma a prima dona fica por conta da Câmara dos Deputados. Adivinhem quem a cobiça? Dagoberto, aquele que tem suas votações decrescentes na mesma proporção que crescem denúncias.
Para quem já teve um partido forte, resta a posição de tábua de salvação neste maremoto em que se tem transformado a política. Cabe ao governador André Puccinelli desandar de vez o caldo e formar uma aliança que permita tempo de TV à campanha, associado a pouca confiabilidade e a inevitável desagregação.

Dagoberto quer, por enquanto, mídia. Não para o partido, não para um projeto, mas apenas para suas pretensões pessoais. Conhecendo um tantinho de política, pode-se avaliar que sua eleição seja improvável, mas no fechar das contas ele se sairá bem.

Como ter lucro com setor que dá prejuízo

O governador André Puccinelli repetiu a cantilena dos administradores públicos, sejam federais, estaduais ou municipais, e declamou lamúrias sobre os recursos da saúde, que são insuficientes. Por isso, talvez, optem por entregar as secretarias para gestores mais voltados à saúde do que à administração ou economia. É uma lógica perversa como a própria insolvência do sistema público.

“O problema na saúde é crônico, não se consegue pagar os custos. Não é culpa de má gestão é falta de grana mesmo”, disse Puccinelli. Chego a ter pena do José Carlos Dorsa, Adalberto Siufi e outros envolvidos na operação Sangue Frio, que deslindou o esquema de mau uso do dinheiro da saúde pública, como a ex-secretária de saúde, Beatriz Dobashi e seu fiel escudeiro, Ronaldo Perches. Abnegados servidores mal compreendidos pelos investigadores que apontaram desvios de recursos, quando eles apenas assumiram prejuízos para o grupo através da clínica Neorad. Sequer quiseram aceitar os cinco aceleradores nucleares, oferecidos pelo Ministério da Saúde, ao preço unitário de R$ 7 milhões, quem sabe tentando uma ação samaritana com os cofres federais.
Louve-se a capacidade administrativa desses senhores que conseguiram auferir lucro onde só se aponta prejuízo, mesmo que isso tenha representado a insolvência de três hospitais, Regional, Universitário e Santa Casa e a provável antecipação da morte e imposição de sofrimento de pacientes que ousaram adoecer e insistentemente exigiram medicamentos – negados a bem das finanças públicas – em contrapartida aos abusivos impostos e taxas que sempre pagaram.

Mas é direito do governador lamentar verbas insuficientes, pois que ele não pode outra coisa que não confiar cegamente em seu secretariado e trabalhar, trabalhar e trabalhar sem o tempo, sequer, de perceber, como percebe toda a população, que salta aos olhos caótica situação da saúde oferecida e o enriquecimento dos denodados colaboradores. Sem confiança em sua equipe, não se trabalha, não se atingem objetivos e metas. E cego a estes detalhes, a estas mortes sequenciais, à inexplicável surdez às denúncias e longe, muito longe dos corredores onde se empilham usuários do Sistema Único de Saúde, sua inocência resplandece.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

“Não dizer”, isso ainda gera notícias

“Não dizer”, isso ainda gera notícias

Perguntar não ofende, no entanto, algumas perguntas nascem de viagens ficcionais e geram notícias, ou são feitas para gerar notícias. No embalo do “se toca que nada está resolvido, ainda”, as respostas permitem que se entendam as mais diversas e estranhas composições políticas. Para que isso serve? Nada, absolutamente nada.

Se a pergunta a ser feita a um político, digamos, Nelsinho Trad, se existe a possibilidade de ele ser candidato ao governo em uma chapa com, digamos, Baiano Protético como vice e para o senado o Severino Xique Xique, candidatos à vereador em 2012, ele dirá que estão em conversação para compor uma chapa forte e representativa e que, desde que apresentem as condições necessárias e bla, bla, bla...


Então, que serviço alguns jornalista prestam para a democracia quando fazem perguntas tão surreais a pessoas que não estão aptas a responder sequer pelo passado, que dirá sobre o futuro?

O crime não respeita fronteiras

Coronel Carlos Alberto David dos Santos,
comandante da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul
Infelizmente, por conta de falhas estruturais, aliado a uma legislação que cada vez mais se mostra frouxa e cordata com o marginal, o cidadão fica com o sentimento da impunidade. Essa frouxidão é nociva ao cidadão e ao policial que, não raras vezes, prende pessoas pelo cometimento de crimes, uma infinidade de vezes e, infelizmente, depois de alguns dias aquela mesma pessoa está nas ruas novamente, praticando crimes, ofendendo a integridade física e psíquica do cidadão.



Queremos valorizar o policial que está nas ruas


O Comandante Geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, coronel Carlos Alberto David dos Santos, que também é presidente do Conselho Nacional de Comandantes-Gerais das Polícias Militares e Corpos de Bombeiro Militares – CNCG-CBM é nome frequente em todas as conversas que versam sobre a política para 2014. Não sendo político, quais motivos os qualificam como candidato a cargo legislativo?




jornalista Martins: Como está a Polícia Militar de MS em termos de efetivo e equipamentos?

Coronel David: Desde o início do governo André Puccinelli, foram priorizadas três áreas consideradas fundamentais: Saúde, Educação e Segurança. O governo investiu, só na Polícia Militar, mais de R$ 35 milhões em recursos próprios. Pudemos, então adquirir cerca de 890 viaturas, quase 2000 pistolas, coletes à prova de balas, 8 toneladas de munição e aumento de pessoal, de forma que pudéssemos ter um efetivo compatível com as diferentes atribuições que a Polícia Militar tem que desenvolver no estado no campo do policiamento ostensivo-preventivo. Recentemente o governador confirmou a contratação de 1.150 profissionais para a segurança pública e, dentro desse universo, 500 serão destinados à Polícia Militar. Dessa forma a PM deve atingir um efetivo de 6.500 homens que nos permitirá disponibilizarmos esse efetivo no que é essencial e prioritário, a atividade fim que é o policiamento efetivo ostensivo-preventivo. Ou seja, o policial militar nas ruas, inibindo a prática do crime e levando segurança para o cidadão.

Martins: O senhor considera que o Estado está bem atendido em termos de segurança pública em todas as regiões?

Cel. David: Não. A atividade de segurança pública é uma atividade extremamente cara, e que exige investimentos de forma permanente. Não há Estado da Federação que tenha estrutura financeira para fazer os investimentos que a segurança pública exige. Imagine Mato Grosso do Sul, que ainda está se formando. Pelo fato de nós termos fronteiras com Paraguai e Bolívia, e considerando que infelizmente o consumo e o tráfico de drogas está assolado no meio da sociedade, e que é o grande indutor, hoje, do crime, dentro de uma comunidade, é necessário que além dos investimentos feitos pelo Estado, ocorram investimentos do governo federal.

O Conselho Nacional de Comandantes-Gerais das Polícias Militares e Corpos de Bombeiro Militares – CNCG-CBM, que eu presido, manteve reunião com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, onde tratamos da possibilidade de se criar uma verba federal específica para a segurança pública, repassada aos estados. Nós entendemos que os estados não têm condições de fazer os investimentos que a segurança pública precisa, e que ele crie mecanismos de ter verbas específica para a segurança pública como hoje já existe para a saúde e para a educação.

Martins: Mesmo porque a violência não respeita os limites entre estados.

Cel. David: A violência é transnacional, interestadual, intermunicipal. Para ver a questão do tráfico de drogas, ele inicia pelos países vizinhos, faz um corredor pelo Mato Grosso do Sul, atinge todos os outros estados além de ir para outros países. O crime não respeita fronteiras, ao contrário da segurança pública que tem limites para a sua atuação. Então há necessidade de que os estados organizem-se no sentido de criarem bancos únicos da criminalidade e trocarem informações, impedindo que um  grupo criminoso de determinado estado  possa atuar em outro. Que ele seja identificado  rapidamente pelas forças policiais, presos e levados à justiça.

Os Estados sozinhos não conseguem fazer os investimentos que a segurança pública precisa.




Martins: O crescimento de Mato Grosso do Sul é um fator atrativo da marginalidade?

Cel. David: O bandido fica esperando a oportunidade de ação. Logicamente ele verifica quais são os locais ou as pessoas que poderiam, se abordadas, a fim de serem vitimas em determinado crime. E eles têm a mesma visão em relação aos estados e cidades que crescem, e isso atrai a atenção.

O crescimento, o desenvolvimento traz coisas boas e coisas ruins também. Por isso a necessidade de a segurança pública sempre receber investimentos, se atualizar, capacitando seus integrantes para que dessa forma a gente possa traçar estratégias eficientes de combate ao crime, permitindo  qualidade de vida para a população.

Martins: Como está a questão dos policiais militares cedidos ou em cargos administrativos?

Cel. David: Nós temos policiais militares que força de lei, de convênios estabelecidos, são disponibilizados para outros órgãos, ou trabalhando no serviço administrativo. Oferecemos sugestões para o governo, de se ter um concurso específico para contratação de funcionários civis para desempenharem essas funções dentro dos quartéis. O governador gostou da ideia e a gente espera em breve realizar esse concurso.

Martins: É oneroso ao estado investir em treinamento de quem não vai atuar no enfrentamento ao crime.

Cel. David: Fica caro ao estado e ao cidadão ver um policial ser formado, capacitado, especializado para a prevenção ao crime, estar atrás de uma mesa em outra atividade, distante da sua presença efetiva nas ruas. Nós propusemos ao governador uma mudança legislativa e que vai beneficiar aquele que está no  combate direto à criminalidade. Quem está efetivamente realizando a atividade fim da corporação.

Martins: Como se dá isso?

Cel. David: Essas pessoas serão melhorar avaliadas na ficha de conceito e, certamente, terão uma primazia dessa avaliação em relação a quem trabalha na atividade administrativa ou em órgãos estranhos à instituição. Nós queremos valorizar o policial que está nas ruas.

Martins: Existe algum projeto de aumento na remuneração do militar?

Cel. David: Um dos pedidos feitos pelo Conselho de Comandantes ao ministro da Justiça é que pudéssemos criar um piso nacional salarial para os policiais militares e bombeiros militares do país. Existe no Congresso Nacional, a PEC 300, que também trata do piso nacional. O governo federal alega que ela não tem lastro financeiro. Ela não diz de onde sairão os recursos que o governo federal deverá empregar e deverá utilizar para bancar este piso nacional nos estados da federação. Então, foi proposto ao ministro a criação de uma lei que definisse um piso nacional e que fosse devidamente estudado algumas linhas de financiamento de onde viria esse recurso para bancar esse piso.

Ficamos satisfeitos com a forma como ele recebeu essas indicações. Imediatamente definiu a criação de grupos de trabalho composto por policiais militares, técnicos do ministério da justiça, a fim de estudar essa alterações administrativas, que garantam um piso nacional aos policiais, que garantam um projeto nos moldes do Minha Casa, Minha Vida, de moradia aos policiais e bombeiros, exclusivamente, de uma forma que eles possam pagar.Estes grupos de trabalho têm data para o parecer final, e ainda esse ano a gente já apresenta o resultado.

Outra proposta é o estudo de fórmulas que permitam ao policial e bombeiro frequentarem cursos de graduação, pós-graduação e doutorado, porque a sociedade evolui e os servidores públicos têm que acompanhar essa evolução.

Martins: Uma questão espinhosa é com relação à unificação das polícias. Qual é sua opinião sobre esse tema?

Cel. David: Já houve uma PEC proposta pelo senador Blairo Maggi, mas não houve consenso. Entendemos que a Constituição definiu o papel de cada força policial, o que falta ainda é sua regulamentação.  Isso cria uma série de discussões entre as instituições. E briga entre instituições policiais só tem um beneficiário, o bandido. Nós precisamos não unificar as instituições, mas sobretudo, integrar as ações. Cada qual tem que ter a sua estrutura para que a Justiça efetivamente aconteça e prevaleça.

A legislação cada vez mais se mostra frouxa e cordata com o marginal. Essa frouxidão é nociva ao cidadão e ao policial. Nessa realidade, todos fazem a sua parte, mas não somos ajudados pela legislação que cada dia mais ofende o cidadão e torna mais fácil a vida do bandido.

Martins: Como se dá hoje a participação da mulher na Polícia Militar?

Cel David: Durante nosso comando foram desenvolvidas ações para atender o público feminino existente dentro da polícia militar. Algumas questões que ao longo do tempo foram deixados em segundo plano, desestimulavam o trabalho das policiais femininas. Criamos, durante IV Seminário Com as Mulheres a Segurança é Mais Humana, o grupo Quebrando Silêncio e Lendas, destinado a efetivar medidas da lei Maria da Penha para proteção à mulher vítima de violência física, assédio sexual e assédio moral. Além de capacitar o nosso efetivo para fazer um atendimento especializado à mulher vítima de violência, vãos verificar no nosso meio se existe em nosso meio algum policial que porventura cometa algum tipo de violência contra a sua mulher, ou a policial feminina que sofra violência.

Martins: Sempre que se conversa sobre política e eleições, seu nome aparece como provável, desejável e forte candidato. Qual sua posição a respeito disso?

Cel. David: Quando as pessoas falam em candidatura e lembram do meu nome, fico orgulhoso de ser lembrado porque isso reflete o trabalho que a gente fez e está fazendo à frente do comando da Polícia Militar,e  da própria corporação, porque ninguém faz nada sozinho.

Mas eu entendo que Política é algo para ser discutido pelos políticos. Eu sou um técnico formado como oficial da PM, exercendo a função de comandante geral, e minha vida castrense tem data e hora para ser encerrada. Completo 30 anos de efetivo serviço na PM dia 1º de fevereiro de 2014. Vou para a reserva remunerada, e depois, certamente, vamos verificar o que fazer. Eu sou uma pessoa que devo muito a oportunidade de ser comandante geral, a estrutura que me foi disponibilizada, a atenção, ao governador André Puccinelli e, certamente, ele é quem vai definiro que o coronel David vai fazer depois que aposentar.

Martins: Se vai para o Parque das Nações Indígenas, passear, ou vai para o Parque dos Poderes, trabalhar?

Cel. David: [Risos]. Com certeza.




sexta-feira, 26 de julho de 2013

Atalhos e desvios de nosso dinheiro

Podemos tecer inúmeras e fundamentadas críticas ao governo de Alcides Bernal, e o fazemos, mas não podemos tirar o mérito de haver interrompido um cartel de beneficiários do erário, nosso rico dinheiro retido em fonte ou religiosamente recolhido através de taxas e impostos, que por mais de vinte anos seguiram para as mesmas mãos.

E agora, esta guerra entre legislativo e executivo, onde cada terreno está minado de bombas de denúncia a serem explodidas, começa a trazer a público algumas contradições.

Uma delas, café pequeno, o não comparecimento dos representantes da MDR e Vyga. A MDR estava se preparando para a inscrição em licitação e a Vyga havia chegado de viagem e não teria tempo de organizar a papelada. Querem, então, nos fazer supor que as empresas são fundamentadas em uma só pessoa? Então, por que a grita em cima de a empresa Salute atuar em apenas uma sala?

Que existem coisas incompreensíveis na antiga e atual administração, salta aos olhos. Mas para que serve uma CPI do Calote se não utiliza os parâmetros dos erros passados para julgar os presentes? è, como parece, apenas uma fábrica mal ajambrada de denúncias para desviar o foco de novas possíveis denúncias de malservação de dinheiro na antiga gestão.

Nesta briga grande, entre antigos beneficiários que forneciam de um, tudo, e os atuais de endereço incerto e não sabido, como fica a aplicação do nosso sagrado e suado dinheiro?

Não bastasse os malabarismos contábeis que ora comprovam pagamentos, ora demonstram um atraso proposital para que as cobranças terminem em ‘acordos’, corremos o risco, nós população, de ficarmos sem os serviços públicos pelos quais pagamos, e caro. Corremos ainda o risco de usufruirmos estes serviços a preços aviltantes.

E acreditam que toda a insatisfação popular vai acabar com um plebiscito.


quinta-feira, 25 de julho de 2013

Dilma, deixa eu te falar uma coisa! *

Sou Fernanda Melo, médica, moradora e trabalhadora de Cabo Frio, cidade da baixada litorânea do estado do Rio de Janeiro.


Este ano completo 7 anos de formada pela Universidade Federal Fluminense e desde então, por opção de vida, trabalho no interior. Inclusive hoje, não moro mais num grande centro. Já trabalhei em cada canto...

Você não sabe o que eu já vi e vivi, não só como médica, mas como cidadã brasileira. Já tive que comprar remédio com meu dinheiro, porque a mãe da criança só tinha R$ 2,00 para comprar o pão.

Por que comprei?

Porque não tinha vaga no hospital para internar e eu já tinha usado todos os espaços possíveis (inclusive do corredor!) para internar os mais graves.

Você sabe o que é puxadinho?
Agora, já viu dentro de enfermaria? Pois é, eu já vi. E muitos. Sabe o que é mãe e filho dormirem na mesma maca porque simplesmente não havia espaço para sequer uma cadeira?

Já viu macas tão grudadas, mas tão grudadas, que na hora da visita médica era necessário chamar um por um para o consultório porque era impossível transitar na enfermaria?

Já trabalhei num local em que tive que autorizar que o familiar trouxesse comida ( não tinha, ora bolas!) e já trabalhei em outro que lotava na hora do lanche (diga-se refresco ralo com biscoito de péssima qualidade) que era distribuído aos que aguardavam na recepção.

Já esperei 12 horas por um simples hemograma. Já perdi o paciente antes de conseguir um mera ultrassonografia. Já vi luva descartável ser reciclada. Já deixei de conseguir vaga em UTI pra doente grave porque eu não tinha um exame complementar que justificasse o pedido.

Já fui ambuzando um prematuro de 1Kg (que óbvio, a mãe não tinha feito pré natal!) por 40 Km para vê-lo morrer na porta do hospital sem poder fazer nada. A ambulância não tinha nada...

Tem mais, calma! Já tive que escolher direta ou indiretamente quem deveria viver. E morrer...

Já ouvi muito desaforo de paciente, revoltando com tanto descaso e que na hora da raiva, desconta no médico, como eu, como meus colegas, na enfermeira, na recepcionista, no segurança, mas nunca em você.

Já ouviu alguém dizer na tua cara: meu filho vai morrer e a culpa é tua? Não, né? E a culpa nem era minha, mas era tua, talvez. Ou do teu antecessor. Ou do antecessor dele...

Já vi gente morrer! Óbvio, médico sempre vê gente morrendo, mas de apendicite, porque não tinha centro cirúrgico no lugar, nem ambulância pra transferir, nem vaga em outro hospital?

Agonizando, de insuficiência respiratória, porque não tinha laringoscópio, não tinha tubo, não tinha respirador?

De
septicemia, porque não tinha antibiótico, não tinha isolamento, não tinha UTI?

A gente é preparado pra ver gente morrer, mas não nessas condições.

Ah Dilma, você não sabe mesmo o que eu já vi! Mas deixa eu te falar uma coisa: trazer médico de Cuba, de Marte ou de qualquer outro lugar, não vai resolver nada!

E você sabe bem disso.

Só está tentado enrolar a gente com essa conversa fiada. É tanto descaso, tanta carência, tanto despreparo...

As pessoas adoecem pela fome, pela sede, pela falta de saneamento e educação e quando procuram os hospitais, despejam em nós todas as suas frustrações, medos, incertezas...

Mas às vezes eu não tenho luva e fio pra fazer uma sutura, o que dirá uma resposta para todo o seu sofrimento! 

O problema do interior não é falta de médico. É falta de estrutura, de interesse, de vergonha na cara. Na tua cara e dessa corja que te acompanha! 

Não é só salário que a gente reivindica. Eu não quero ganhar muito num lugar que tenha que fingir que faço medicina. E acho que a maioria dos médicos brasileiros também não.

Quer um conselho?

Pare de falar besteira em rede nacional e admita: já deu pra vocês!

Eu sei que na hora do desespero, a gente apela, mas vamos combinar, você abusou!

Se você não sabe ser "presidenta", desculpe-me, mas eu sei ser médica, mas por conta da incompetência de vocês, não estou conseguindo exercer minha função com louvor!

Não sei se isso vai chegar até você, mas já valeu pelo desabafo!

Vereador Paulo Pedra, cassado até...

Outra cassação; outra liminar; a velha justiça, morosa, legal e injusta.

Depois do presidente da Câmara de Vereadores de Campo Grande, Mario Cesar (PMDB), agora o vereador Paulo Pedra (PDT) – e depois deles Thais Helena (PT), Delei Pinheiro (PSD) e Alceu Bueno (PSL) –, entraram na degola da cassação. Por suspeita de compra de votos, utilizando-se vale combustível, a juíza da 35ª Zona Eleitoral, Elizabeth Rosa Baisch, condenou ambos à perda do mandato, inelegibilidade por 8 anos, multa e afastamento imediato do cargo. Mario Cesar recorreu e foi reconduzido, o mesmo devendo ocorrer com Paulo Pedra – e caso venham a ser condenados, todos os outros seguirão o mesmo script. Certamente, manterão seus cargos até que o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) julgue os recursos.

Os vereadores que estão na berlinda, reclamam da insegurança gerada pelos processos e pelas decisões equivocadas e alegam inocência, mesmo que havendo testemunhas e, em alguns casos, fragrante. Neste jogo de inocentes, os partidos se agitam e elegem como seus principais filiados aqueles que se debruçam sobre contar votos. PTdoB, PTN, PSDB, PMDB e demais refazem as contas querendo amealhar mais do que o cargo eletivo, também os comissionados e musculatura que permita chegar com fôlego às eleições 2014.

A justiça

Na miríade de leis em que se perde a justiça, mas com a devida aplicação da Lei, alguma lei entre as tantas que se contrapõem, vencem os melhores e mais preparados advogados. Também por isso vem crescendo a revolta da população, que se pergunta: a quem cabe elaborar as leis? Triste saber que cabe àqueles que serão julgados elaborar leis e definir penas... bem como estabelecer todos os possíveis recursos e seus prazos.

Por isso acreditamos: em julgamento e, se for o caso, condenação ainda durante esta legislatura; que apenas os citados tenham usado o recurso da compra de votos; que aqueles que assumirem estarão isentos destas ou outras culpas; de que não haverá corporativismo que impeça que as investigações se estendam para outros mandatários; que a justiça passará a atuar quando da denúncia, impedindo que os acusados, se condenados, cheguem a assumir seus cargos.

Também acreditamos que a Lei da Ficha Limpa será aprimorada; que as declarações de bens dos candidatos correspondem à verdade; que os proprietários de grande parte das empresas vencedoras de licitações são apenas e tão somente os que constam nos contratos sociais.

Por essa crença arraigada é que temos ido para as ruas, num movimento cívico de apoio à nossa democracia.


quarta-feira, 24 de julho de 2013

Sindicalista se expõem em troca de favores e acaba indiciado

Tabosa e o ex-prefeito Nelson Trad Filho
amizade e controle dos servidores
O presidente do Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais de Campo Grande (Sisem), Marcos Cesar Malaquias Tabosa teve seu indiciamento, por apropriação indébita e falsidade ideológica, pedido pela Polícia Civil. Tabosa teria utilizado boletos de falsas dívidas para sacar dinheiro da conta do sindicato, conforme áudio anexado ao processo. Foram também indiciados Fábio Alex Salomão, Manoel Mendes e João Flávio Gaviolli, já falecido. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público Estadual.

Este é mais um capítulo da longa novela que se iniciou quando da eleição do prefeito Alcides Bernal. Conhecidos e adversários desde que Bernal assumiu seu primeiro mandato como vereador, cada qual lutando pela simpatia e por levantar questionamentos a respeito das dificuldades enfrentadas pelos servidores municipais, Tabosa que sempre contou com a simpatia do prefeito Nelsinho Trad, se expôs neste enfrentamento com o atual prefeito, talvez numa articulada campanha para tirar do foco os erros da administração passada.

Esta exposição evitou arranhar a imagem tanto de Nelsinho quanto do mais novo membro do clã político dos Trad, o vereador Otávio Trad, filiado ao partido comandado de maneira informal pelo governador André Puccinelli, PTdoB e que desenvolveu sua campanha entre os servidores municipais, em especial do setor da saúde.

Agora, Tabosa arca com o ônus desta exposição e, mesmo escorado pela força política de seus mentores, tem visto sua administração à frente do Sisem ser questionada e investigada com mais acuidade.

Tabosa aguarda ser comunicado oficialmente do indiciamento. “Pode quebrar tudo. Meu sigilo fiscal, telefônico. Quem fez a denuncia é o Marco Antonio, que está lotado no gabinete do Bernal. Essa será mais uma forma de desmascarar o prefeito. Tudo isso vai vir à tona. A justiça esta para investigar a verdade”, comentou.

Responsável pelo registro da ocorrência, o antigo diretor do Sindicado, Marco Antonio de Aguiar Rosa, afirmou que os recursos poderiam estar sendo desviados do sindicato e entregou os valores em seu poder para a polícia como prova da irregularidade.

Com relação ao vídeo, Tabosa havia declarado na época de sua divulgação, que se tratava de uma armação da chapa de oposição e que o vídeo havia sofrido montagem. Tabosa saiu vencedor nas eleições que teve inúmeras denúncias de fraude.

Abaixo o áudio anexado ao processo de investigação



"O gol de Romário", por Luiz Garcia*

... Acontece, e a gente não sabia, que o Ministério do Esporte está preparando uma medida provisória que concederá anistia a dívidas de clubes de futebol do país inteiro, no valor de mais ou menos R$ 3 bilhões. É a soma do que devem ao INSS, ao Imposto de Renda e ao Fundo de Garantia...

Publicado originalmente em O Globo e no Blog de Ricardo Noblat.

 Na terça-feira passada, Romário entrou em campo. Usava, se me permitem a pobreza da imagem, não as sandálias da humildade e da timidez, mas as chuteiras do artilheiro. E fez um gol de placa.

Denunciou ao plenário da Câmara um fato que muitos de seus colegas certamente ignoravam. E uns tantos outros fingiam ignorar — o que não é raro no mundo político. Por interesse direto, ou por contar que seus colegas façam o mesmo, quando for do seu interesse.

Romário simplesmente contou um episódio triste do mundo do futebol profissional. Aqui vai: no último dia 9, ocorreu em Brasília um jantar no qual o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, foi recebido por um grupo de mais ou menos 25 deputados e senadores, para discutir um assunto que caridosamente podemos definir como cabeludo.

Ignoro, lamentavelmente, seus nomes e partidos. A opinião pública merecia conhecê-los.

Acontece, e a gente não sabia, que o Ministério do Esporte está preparando uma medida provisória que concederá anistia a dívidas de clubes de futebol do país inteiro, no valor de mais ou menos R$ 3 bilhões. É a soma do que devem ao INSS, ao Imposto de Renda e ao Fundo de Garantia — que eles simplesmente, ousadamente, não pagaram nos últimos 20 anos.

É um dinheirão, que se explica pela soma dos juros ao longo desse tempão. Provavelmente, é o maior escândalo na história da cartolagem do esporte profissional brasileiro.

A anistia, segundo o nosso craque — que agiu com coragem e sem nada ganhar com isso, a não ser o ódio dos mandachuvas do esporte que é a paixão do povo brasileiro — está sendo preparada pelo Ministério do Esporte.

Em seu discurso-denúncia, Romário não revelou o que ficou acertado no jantar que reuniu o presidente da CBF e parlamentares. Ninguém falou em pagamento: discutiu-se apenas o encaminhamento da anistia.

É uma vergonha, como poucas as que temos conhecido na vida pública brasileira. E também, vale a pena repetir, um gol de placa do nosso artilheiro.

* Luis Garcia - É jornalista, de O Globo

terça-feira, 23 de julho de 2013

Economia em baixa significa Dilma fora de 2014

Com a anunciada redução da meta de geração de empregos formais em 2013, anunciada nesta terça-feira (22) pelo ministro do Trabalho, Manoel Dias, que se baseou na conjuntura do mercado de trabalho e da economia; e a queda na criação de empregos formais no primeiro semestre do ano, o menor desde 2009; aliado à queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff e do seu governo, petistas promovem reuniões de análise e indicam a improvável recuperação da imagem petista para as eleições 2014.
Manoel Dias tem apostado suas fichas em investimentos de grandes obras – portos, aeroportos e mobilidade urbana - prometidos pelo governo, para manter a geração de postos de trabalho, investimentos que permitiriam uma visão positiva.
No entanto, os projetos apresentados pelo governo não têm saído do papel. Promete-se milhões e coloca-se em mercado apenas poucos milhares. As obras valem pelo seu lançamento e pelas fotografias que geram. Vide transposição do Rio São Francisco, vice Ferronorte.
Em se baseando na capacidade em administrar a economia, apresentada até agora pelo governo Dilma Rousseff e seus ministros da área, estaremos sem obras, sem emprego, sem desenvolvimento até 2014, quando teremos outra linha de governo.


Política: marketing e feitiçaria

Marketing é o processo usado para determinar que produtos ou serviços poderão interessar aos consumidores, assim como a estratégia que se irá utilizar nas vendas, comunicações e no desenvolvimento do negócio.

O marketing político tem como objetivos adequar um candidato/candidata ao seu eleitorado potencial, fazê-lo conhecido do eleitorado.

P.T. Barnum, autor de The art of money getting, foi um ícone no período pós segunda Guerra, quando o marketing passou a ser representado pelo “vender a qualquer preço”, cheio de truques que faziam da arte de vender quase um espetáculo de charlatanice e que faz com que até hoje os profissionais do mercado sejam vistos com desconfiança.

Então, já não nos assusta o PT admitir que Dilma Rousseff possa perder a eleição de 2014, contra as previsões do marqueteiro João Santana. Soou o alarme.

As avaliações petistas – e aqui o PT serve como modelo à crítica a todos os partidos, todos os candidatos, sem exceção – enfatizam que os protestos de rua geraram uma “nova situação política”. O que é, afinal, uma nova situação política? É o esgotamento total dos parâmetros suportados pela população?

Valeu o fato de reconhecerem “graves equívocos políticos na prática do PT”, e eu diria que com o agravante de vender a ideia de uma nova forma de fazer política, de vender um partido oriundo das bases populares e por estas, ser. Criou uma expectativa que não soube manter por permitir-se abrigar uma súcia de discurso fácil e moral reprovável.

A quem coube vender? Por que efetuar a venda no melhor estilo propaganda enganosa? Quantas ideologias e programas falsos compraremos ainda?

Perdeu-se o norte. Perdeu-se o pudor.

O marketing político não é a técnica ou arte de adequar um candidato ao seu eleitorado potencial, fazê-lo conhecido do eleitorado. Não mais. É vender uma imagem do inexistente, adequar o sonho e desejo do eleitor sob uma máscara sem vida, vazia em sentimentos e propósitos. Apresentar como possível, um totem protetor de toda corja de canalhas corruptos e corruptores.

Não é técnica que traduz os princípios e programas de um Partido, representados por um candidato, aos eleitores, de forma que entendam em linguagem simples suas propostas e metas. Agora é uma magia feiticeira, negra e maléfica que torna o ruim, palatável, torna belas as tentações do Diabo.

João Santana e Duda Mendonça, envolvidos até a raiz de seus cabelos no esquema do mensalão do PT, estão fora. Nizan Guanaes, marqueteiro de FHC, pendurou as chuteiras do marketing político, assim como Chico Santa Rita. Entram em cena outros ícones ou pretensos ícones: Carlos Rayel, Antônio Lavareda, Paulo Tarso Santos, Luis Gonzáles, Cila Schulmann.

A quem representam? Como profissionais, a quem os contrate. Normal. Mas o que os pobres e desconexos mortais não conseguem entender é como eles podem vender a pureza de um Paulo Maluf em uma campanha, descortinam um improvável Lulinha Paz e Amor, na outra, e conseguem emplacar uma explicação plausível para uma profunda amizade que reúne Fernando Haddad, Lula e Maluf numa terceira.


Pois é, quando já não se suporta manter em digestão os políticos que engolimos e os vomitamos, o que vemos são os marketeiros.

Lúcido e direto. O que é vandalismo, e quem são os vândalos?


segunda-feira, 22 de julho de 2013

Projeto propõe Ponta Porã e Campo Grande Cidades Irmãs

Tramita na Câmara de Vereadores de Campo Grande, Projeto de Lei de autoria dos vereadores Luiza Ribeiro (PPS) e Zeca do PT, que declara Cidades Irmãs, Ponta Porã e Campo Grande, firmando entre elas, acordo de “geminação”, um conceito que tem como objetivo criar relações e mecanismos, em nível espacial, econômico e cultural, através dos quais cidades distintas estabelecem laços de cooperação, conforme explica a vereadora.
O intercambio cultural entre Brasil e Paraguai se dá pela fronteira seca em Ponta Porã, fazendo com que a cidade seja a ligação entre Mato Grosso do Sul e Paraguai, com Campo Grande a cidade que mais abriga paraguaios e descendentes. Portanto, o triângulo Pedro Juan Caballero - Ponta Porã - Campo Grande, culturalmente já são cidades irmãs, porém necessitam da lei para concretizar, via Executivo, esta ligação.
Cidades-irmãs é um conceito através de que cidades distintas criam laços em níveis cultural, econômico e outros. A proposta visa o fortalecimento dos laços de amizade entre as cidades; acordos e programas de ação que fomentem conhecimento recíproco, intercâmbios sociais, culturais e econômicos, em especial os relativos à organização, administração e gestão urbana. Também a troca de informações e a difusão em ambas as comunidades das obras culturais, turísticas, desportivas, políticas e sociais;  convênios, e projetos de colaboração;  facilitação dos contatos entre empresas ou instituições; realização de acordos bilaterais sobre as raízes étnicas, folclóricas e musicais; busca de intercâmbio estudantil com a instituição de prêmios, viagens e criação de comitês depais e professores. 
O projeto sob o nº 7.451/13 já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e pela Procuradoria da Casa, agora está sendo analisado pela Comissão de Cultura e, posteriormente, pela Comissão de Finanças de Orçamento para ser apresentado e votado em plenário.
Relação
Ponta Porã é entrada do Paraguai, e Colônia Paraguaia de Campo Grande é a maior do estado. A cultura paraguaia está nos costumes sul-mato-grossenses. Na gastronomia temos a chipa e a sopa paraguaia, na bebida o tereré, na música a guarânia e polca paraguaia. No âmbito religioso, em Campo Grande também se comemora a Festa da Virgem de Caácupe, a Padroeira do Paraguai.


sexta-feira, 19 de julho de 2013

Fumaça, fogo e palpite

Diz o dito popular se tem fumaça, tem fogo. Nos corredores do poder sinais de fumaça sinalizam mudanças. Parece que a terra vai tremer em breve, muito breve, e que a intensidade deste tremor destruirá ídolos de barro. Cansados de mirar em cabeças e perderem o ataque, forças estão mirando nos calcanhares. Muitos “Aquiles” serão atingidos.

Mais para adiante parece que vai haver mudança política impensada. Gente que anda fritando porque se expôs ao sol reclama da quentura, diz que foi abandonado e lançado aos leões e pode provocar uma mudança política nunca vista e sequer imaginada.

Palpite em momento infeliz o do governador André Puccinelli que, no recesso do lar pratica o estudar matemáticas e descobre tardiamente, após 8 anos de governo da Capital nas mãos de seu pupilo Nelson Trad que o sucedeu após 8 anos em que ele próprio foi administrador da Capital, que a tarifa de ônibus tem sobrepreço.

Entre fumaça, fogo e palpite, a presidente Dilma Rousseff despenca nas pesquisas, não consegue sintonizar o desejo popular, não tem ministério competente para tanto e seu mentor, o ex-presidente Lula, como nunca na história deste país, em momentos de crise, evapora como a tal fumaça.

Neste momento, e apenas nesse momento, teria como principal adversária a ex-candidata Marina Silva. Esta pesquisa serve para estudos, e muito, mas não implica projeção para 2014.

E neste pequeno reinado, a justiça eleitoral continua tardia. Muitos dos políticos que deveriam estar impedidos de concorrer às eleições em 2012, não o foram. Venceram através dos mais variados meios lícitos e ilícitos, depois foram cassados e a população convocada e obrigada (neste sistema vesgo de democracia dos deveres) a comparecer a novas eleições. Nestas, alguns foram cassados e descassados, antes muito pelo contrário.

Motivos não faltam, decepções idem, e as avenidas são amplas e convidativas. Vamos ocupá-las e reescrever nossa democracia, longe desses analfabetos humanos que nos governam.


quarta-feira, 17 de julho de 2013

Luiza Ribeiro solicita intervenção do MEC na UFMS

Vereadora Luiza Ribeiro (PPS)
A vereadora Luiza Ribeiro (PPS) enviará documento ao Ministério da Educação (MEC) solicitando a intervenção na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) em razão do envolvimento da reitora Célia Maria Silva Correa Oliveira e do vice-reitor, João Ricardo Filgueiras Tognini, em denúncias do Ministério Público, Policia Federal e Controladoria Geral da União que deram cumprimento a 19 mandados de busca e apreensão e 4 ordens judiciais de afastamento de funções, expedidas pela 5ª Vara Federal de Campo Grande, inclusive no Hospital Universitário (HU), que deixou de prestar serviço médico de radioterapia, recusando o recebimento de aparelhos do Ministério da Saúde, supostamente para beneficiar prestadores de serviços privados.

“Durante acareação na CPI da Câmara Municipal, a reitora apresentou uma série de contradições sobre a gestão dos recursos do HU, principalmente no setor de oncologia. Além disso, a comunidade acadêmica está insatisfeita com as ações e a administração da universidade e, este pedido de intervenção federal e medida cautelar administrativa, são fundamentais para que sejam averiguadas e sanadas de maneira transparente, punindo os responsáveis pelo desvio de recursos com a finalidade de garantir a devida transparência na administração pública”, comentou a vereadora. 

Reitora Célia Maria Silva Correa Oliveira
No Ministério Público Federal foram instaurados 58 inquéritos civis contra a UFMS (29 em 2012), por possíveis improbidades administrativas, entre elas o superfaturamento e emissão de nota em nome da Universidade em favor de empresa terceirizada, concessão irregular de bolsas e fraude em pregões eletrônicos.
  
“Até mesmo o processo de eleição da reitora foi alvo de suspeitas do MEC, que na época, cobrou explicações sobre as irregularidades no processo de formação da lista tríplice. Assim temos um histórico de agravantes sobre a gestão da reitora”, enfatiza a vereadora.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Discurso pífio e gerência falha derrubam Dilma (revisado)


A avaliação do governo da presidente Dilma Rousseff, antes de causar inveja a políticos de mamando a caducando, desmoronou. Restou um monturo de escombros, 31,3% de aprovação, segundo pesquisa CNT/MDA divulgada na terça-feira (16). O levantamento foi realizado entre os dias 7 e 10 de julho, quando as manifestações que varreram o país já haviam esfriado.

Alguns erros explicam – ou tentam explicar – essa avaliação. Dilma não tem o DNA petista que transforma o feio em belo, o mensaleiro em injustiçado, o corrupto em abnegado senhor das lutas pró-minorias, através de um discurso bem articulado. Dilma é uma mulher de gabinete, nunca uma líder, mas uma chefa que só pode comandar os sabidamente inferiores. Não convive com os iguais, se impõe. Se ouve, não assimila.

Tentou governar com a escória política parasitando a uns tantos e poucos políticos de práticas sérias, mas sem o viés do ex-presidente, não soube lhes dar além das benesses financeiras, o carinho, a proximidade do poder. Conta com a obediência impingida pelo terror de seus destemperos, mas não com o apoio (e digo apoio, porque estes políticos não conhecem respeito). Dilma não é Lula, que soube dividir verbas: mais para os mais poderosos, aqueles que pesam a mão no parlamento; menos para aproveitadores do parlamento; a esmola para seus eleitores.


Dilma não percebeu que o PT se afastou do povo, que não anda de ônibus, que vai de Land Rover. Ofereceram brioches para uma população faminta de pão, mas não saciaram sua fome por não haver pão e, menos ainda, brioches. Não souberam ler que a revolta consistente e salutarmente apartidária colocava em xeque décadas de uma maneira política de agir, que já não cabe. E esta repulsa pela política minúscula, tal qual é praticada, abrange, também, os dez anos de governo petista.

Dilma chefia, mas não lidera
E quem não sabe e nunca soube ouvir a população, apelou para sua equipe mais próxima, que recitou a mesma cartilha carcomida de um marketing político fincado em promessas, projetos e depoimentos falsos. E da Luz fez-se os pactos em favor do Brasil, que se somou aos projetos não cumpridos de transposição do Rio São Francisco; Ferronorte; Minha Casa, Minha Vida; Mobilidade Urbana; Infraestrutura.

E a presidenta faz discurso e reuniões, por fim defendendo a realização de um plebiscito “para que a população decida sobre a necessidade de uma reforma política”. Ei, atenção, a questão chave das manifestações é uma alteração na política, em sua forma, em sua concepção. Quer que desenhe?

Os políticos foram eleitos “representantes” de seus eleitores e os eleitores querem que os seus escolhidos (à força, numa democracia em que a participação popular é uma obrigação e não um direito) representem seus anseios. Mudar as regras da política, nesse momento, é a principal vontade e cabe a eles discutirem com seriedade os projetos que dormem modorrentos nas gavetas do legislativo por anos a fio. Parlamentares, cheguem a uma reforma que contemple aos eleitores, à população, não a este ou aquele partido.

O reiterado uso do termo “meu governo”, na fala da presidenta, a coloca diretamente no cerne das questões postas nas ruas: “Não queremos um governo que seja seu, ou de outro. Exigimos um governo “do povo, com o povo e para o povo”. Se você diz, presidenta Dilma, “quero repetir principalmente que meu governo está ouvindo as vozes democráticas” (grifo meu) é porque não faz parte deste universo democrático que reivindica. Aprenda a agir e dizer “esse governo”, por que é transitório.

Questões pontuais

No quesito educação pública, afirma que “Meu governo (novamente o dela) tem lutado para que 100% dos royalties do petróleo e 50% do pré-sal sejam investidos na Educação”. Investidos como, presidenta? Faltam recursos para a educação, mas o nó górdio é como é feito o investimento em educação? Os professores são mal pagos, as escolas estão, em geral, sem condições de abrigar e educar nossos jovens, os profissionais não são contemplados com cursos de reciclagem e aprimoramento. Os investimentos, quando chegam ao seu principal destino, têm servido para satisfazer estatísticas. O ensino privado sem qualidade tem sido salvo da bancarrota através da inserção de estudantes oriundos de um segundo grau capenga, eles também quase que analfabetos funcionais e entranhados nestes cursos formadores de diplomados, não de profissionais; pagos com o dinheiro público na forma de bolsas.

Mobilidade urbana é uma piada bem contada. Mola mestra das grandes fortunas e com as empresas envolvidas como reais mandatárias de grande parte dos executivos municipais, estaduais e de parcela importante dos legislativos dos três níveis de governo. Não, definitivamente não será resolvido com mais um Conselho Nacional, como nada tem sido resolvido com 39 ministérios ou secretarias com status de. É mais um órgão, que não será recebido pela presidenta ou pelos seus ministros diretos, mas que abraçará com imensos carinho e verbas mais uns tantos aliados políticos alugados.


A saúde, Dilma Rousseff, não merece ser discutida neste espaço. Afinal, não nos faltam médicos assim como não nos faltam doentes. As inúmeras denúncias de desvio de verbas nos mostram claramente isso, há tempos. A saúde morre pela corrupção. A saúde morre por movimentar imenso volume de verbas. A saúde morre por incompetência dos diversos governos que se dizem “seus governos”, nunca, em tempo algum, um “governo do povo”. 

Presidenta, prazer, eu sou um de seus ministros.
Senhora presidenta, dona deste governo, não tome isso como uma picuinha pessoal. Afinal acompanhamos aplausos e vaias durante seu encontro com os prefeitos, senhores do poder municipal cuja melhor definição se encontra em Dias Gomes: “uns safardanas”, com raríssimas exceções. Mas até ai é impossível separar joio e trigo porque as verbas, ah, as verbas, são distribuídas ao bel prazer da Federação. Não bastasse a inoperância federal, temos legislativos apodrecidos quase em sua totalidade. Para fechar o cerco, um judiciário também permeável à corrupção, que pouco consegue agir dentro de sua independência porque não a entende.

Então, em nossa desesperança, perguntamos: por que considerar crime hediondo a corrupção se os corruptos jamais serão condenados? Por que acreditar que as mudanças serão implementadas se nunca temos acesso ao real teor dos projetos em votação – quando chegam a ser votados? Por que acreditar num executivo maior do que se pode administrar? Por que acreditar em quem nunca se mostrou digno dos votos que receberam?

Numa coisa, Dilma, você acertou. O povo está nas ruas dizendo que quer que as mudanças continuem [...] que quer mais cidadania [...] serviços públicos de qualidade, querem representação política permeável [...] que o cidadão, e não o poder econômico, esteja em primeiro lugar.

Por isso, presidenta Dilma Rousseff, por não acreditar mais em seu governo, em seu pífio discurso, sua gerência incompetente, sua popularidade forjada de discursos, promessas e projetos vazios, por isso sua popularidade e aprovação caíram. Por ver seu discurso ser desmentido pelo uso de jatinhos da FAB por seus ministros, pelos desacertos e descaramento dos erros assumidos em desdém ao povo, pela sua política econômica catastrófica, pelo desvio de recursos para outros países em detrimento de nossas mais básicas necessidades, pela sangria de nossos cofres para bancar arroubos megalomaníacos de quem compra um lugar na história... por isso.