Baseados na máxima de que “o que a população precisa é o que
nós determinamos, pois ela (população) é fruto da massificação capitalista e
não tem condições de proceder a uma análise mais acurada, repetidores de
verdades da imprensa burguesa... e por ai vai”, tentaram de todas as formas
impor acréscimo de dois anos aos cursos de medicina no país. Quem determinou?
Entre os tantos palpiteiros, o ministro da Educação – que ainda não realizou seu
sonho de ocupar o superministério da economia – Aloizio Mercadante, economista. Não eram apenas os médicos que seriam importados, mas todo o jeito de impor um governo.
A questão não era apenas a de matar a fome dos médicos
cubanos, senhores do Olimpo que dispensam o a validação dos diplomas, a quem
colocariam para atender nas precárias unidades de saúde espalhadas pelo Brasil,
gotejantes, esburacadas, infectas e inúteis. Os salários, sim, teriam. Elevados
salários. Responsabilidades? Nenhuma. A questão era impor um modelo socialista
de atendimento, sem a contrapartida de permitir condições para estes
atendimentos.
Não nos faltam médicos, sobram inclusive muitos deles
oriundos de faculdades sem condições de formar, sequer, atendentes de
enfermagem. Mas a questão não é essa. É falta de estrutura para a Saúde Pública,
e essa questão não se resolve com atendimento médico, para tanto é necessário
todo um contexto que DEVE ser equacionado e resolvido pelos governos, de forma
definitiva e real.
Mais uma vez o governo retrocedeu em suas imposições. Mais
uma derrota que o discurso oficial irá trabalhar para vender como um avanço, um
ouvir a população e a categoria e, se tudo der errado, e vai dar porque os
dirigentes são incompetentes, dirão que as forças elitistas tradicionais
representadas por uma direita retrógrada... e por ai vai.
Para Mercadante, “o governo decidiu” alterar a proposta, para
todo o mundo, Adib Jatene, a comissão de especialistas e universidades federais,
colocaram um mínimo de juízo em benefício da medicina do país.
E a população morre à míngua, sem atendimento; e os médicos
brasileiros se concentrarão cada vez mais nos grandes centros, porque nos
interiores não há, sequer, material de assepsia; e nossos doutores hermanos
cubanos, não se preocupem, sempre haverá caixa para uma ajuda humanitária aqui
da República das Ameixas Vermelhas.
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