“Promessas são apenas palavras até começarem a ser
cumpridas por nossas atitudes”, diz Carlos
Hilsdorf. “Quem vive de promessa é Santo”,
diz a sabedoria popular. Bernal não é santo, longe disso, mas manteve sua “palavra”
de apoio ao então candidato Marquinhos Trad e transferiu parte dos seus mais de
100 mil votos ao candidato. Como promessas são efêmeras palavras, aquele se se
apresentava extremamente cristão em seu programa televisivo, nas suas falas
enquanto deputado da Assembleia de Mato Grosso do Sul e candidato à prefeitura,
esqueceu tudo o que prometeu, tudo o que assinou em troca do apoio.
Em junho
de 2015 já noticiava em site de Campo Grande sobre a tensa reunião que buscava
determinar o candidato da família Trad à prefeitura da Capital. Até então em
disputa de bastidores entre o ex-prefeito Nelson Trad Filho e seu irmão
Marquinhos Trad (agora PSD).
“Até mesmo as moscas que pacientemente
observavam a reunião que deveria ser pacífica e determinante para os rumos
políticos do clã Trad em Campo Grande, voaram esbaforidas e temerosas dos rumos
que a discussão tomou e contrapôs o ex-prefeito Nelsinho e o deputado estadual
Marquinhos. Sobreviventes, ilesas, puderam contar o caso que já se espalhou
entre o meio político e aferventou ainda mais a pouca coesão peemedebista.
O clã Trad composto pelo vereador
Otávio Trad (sobrinho) e os irmãos Nelsinho, Fábio e Marquinhos, reuniu-se para
avaliar o horizonte político e traçar estratégias tanto para assumirem o
comando de outro partido, o PSD do comprador de siglas Antônio João, empresário
e ex-candidato ao Senado, uma vez que a fusão PTB/DEM esfriou após a
não-reforma política. O martelo que parecia ter batido encerrando o destino
político de Marquinhos, foi lançado ao longe a partir do resultado de
pesquisas.
Dois fatos apontados por essa pesquisa
foram relevantes para o caminhar na estrada tranquila encontrasse uma
bifurcação: O primeiro e mais relevante foram os números que apontam a
preferência da população pelo retorno de Nelsinho ao cargo de prefeito da
Capital, à frente de Marquinhos; o segundo, a falta de confiança destes mesmos
pesquisados na capacidade administrativa do deputado estadual, considerado
‘muito novo e inexperiente’.”
Comprovou-se
a inexperiência. Sua administração tem sido pífia. Destrói projetos relevantes
para, após quatro meses, relança-los com outro nome e composto por pessoas
ligadas aos seus quadros de apoiadores durante a campanha eleitoral.
Agora,
durante entrevista ao jornalista Oggi Ibrahim, em seu programa Diálogo Aberto
retransmitido pela Rede Record, Marquinhos demonstra simpatia pelo nome do
atual governador Reinaldo Azambuja (PSDB) para a reeleição.
Opositor
declarado do ex-governador André Puccinelli e sob cobrança de melhor gestão
pelo seu irmão e ex-prefeito Nelsinho (PTB), Marquinhos dá sinais de que não
consegue administrar sequer o campo político. Está isolado e contando com seu
clubinho particular composto por vereadores da Câmara Municipal. Vereadores que
estão sob suspeita da população e, grande parte, sob investigação da Justiça.
Exceto
pelas pesquisas encomendadas à empresa do seu homem de governo, que lhe são
favoráveis; o “que andam suspirando pelas
alcovas / que andam sussurrando em versos e trovas / que andam combinando no
breu das tocas / que anda nas cabeças, anda nas bocas / que andam acendendo
velas nos becos / que estão falando alto pelos botecos”, não lhe é
favorável.
Não
bastasse a gestão conturbada, eleitores que atenderam ao pedido do ex-prefeito
Alcides Bernal (PP) e sabem que Marquinhos rasgou a carta de compromissos com
11 pontos, desmontou projetos e programas para relançá-los com outros nomes e composto
por “amigos de campanha”, estão claramente insatisfeitos com essa traição, ou
rompimento de promessa.
E
será que Reinaldo Azambuja, com sua temperança reconhecida e arguto o
suficiente para haver lançado seu nome à prefeitura visando o futuro do governo
estadual, irá acreditar nesse apoio? Afinal, quem rompe promessas uma
vez...Também diz um ditado popular: “cesteiro
que faz um cesto faz um cento" e com isso se quer dizer,
habitualmente, que quem cometeu um erro é bem capaz de cometer outro, que quem
nos traiu, ofendeu ou desiludiu, o pode tornar a fazer com outro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário