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quinta-feira, 25 de julho de 2013

Vereador Paulo Pedra, cassado até...

Outra cassação; outra liminar; a velha justiça, morosa, legal e injusta.

Depois do presidente da Câmara de Vereadores de Campo Grande, Mario Cesar (PMDB), agora o vereador Paulo Pedra (PDT) – e depois deles Thais Helena (PT), Delei Pinheiro (PSD) e Alceu Bueno (PSL) –, entraram na degola da cassação. Por suspeita de compra de votos, utilizando-se vale combustível, a juíza da 35ª Zona Eleitoral, Elizabeth Rosa Baisch, condenou ambos à perda do mandato, inelegibilidade por 8 anos, multa e afastamento imediato do cargo. Mario Cesar recorreu e foi reconduzido, o mesmo devendo ocorrer com Paulo Pedra – e caso venham a ser condenados, todos os outros seguirão o mesmo script. Certamente, manterão seus cargos até que o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) julgue os recursos.

Os vereadores que estão na berlinda, reclamam da insegurança gerada pelos processos e pelas decisões equivocadas e alegam inocência, mesmo que havendo testemunhas e, em alguns casos, fragrante. Neste jogo de inocentes, os partidos se agitam e elegem como seus principais filiados aqueles que se debruçam sobre contar votos. PTdoB, PTN, PSDB, PMDB e demais refazem as contas querendo amealhar mais do que o cargo eletivo, também os comissionados e musculatura que permita chegar com fôlego às eleições 2014.

A justiça

Na miríade de leis em que se perde a justiça, mas com a devida aplicação da Lei, alguma lei entre as tantas que se contrapõem, vencem os melhores e mais preparados advogados. Também por isso vem crescendo a revolta da população, que se pergunta: a quem cabe elaborar as leis? Triste saber que cabe àqueles que serão julgados elaborar leis e definir penas... bem como estabelecer todos os possíveis recursos e seus prazos.

Por isso acreditamos: em julgamento e, se for o caso, condenação ainda durante esta legislatura; que apenas os citados tenham usado o recurso da compra de votos; que aqueles que assumirem estarão isentos destas ou outras culpas; de que não haverá corporativismo que impeça que as investigações se estendam para outros mandatários; que a justiça passará a atuar quando da denúncia, impedindo que os acusados, se condenados, cheguem a assumir seus cargos.

Também acreditamos que a Lei da Ficha Limpa será aprimorada; que as declarações de bens dos candidatos correspondem à verdade; que os proprietários de grande parte das empresas vencedoras de licitações são apenas e tão somente os que constam nos contratos sociais.

Por essa crença arraigada é que temos ido para as ruas, num movimento cívico de apoio à nossa democracia.


Um comentário:

Jorge Mattos disse...

É inadmissível um Justiça Eleitoral tão demorada, afinal são poucos os processos eleitorais para serem julgados com tanta delonga. Ademais, em que pese o princípio da presunção de inocência, se já houve uma condenação primária (1º grau), acredito que a presunção deixa de existir quando a primeira defesa não for aceita, por isso a condenação. Nesses casos, o parlamentar deveria ser imediatamente afastado de suas funções (mesmo em caso de recurso) pois toda e qualquer decisão legislativa da qual tenha participado perde a legitimidade pois votada por alguém impedido de fazê-lo legalmente, mesmo que a decisão final venha a destempo. Falta ética e moral a esses senhores, logo deveriam pedir o imediato afastamento de suas funções como única e imprescindível demonstração de respeito e dignidade. Isso é o mínimo que a população exige!

De facebook de Jorge Mattos.