Podemos tecer inúmeras e fundamentadas críticas ao governo
de Alcides Bernal, e o fazemos, mas não podemos tirar o mérito de haver
interrompido um cartel de beneficiários do erário, nosso rico dinheiro retido
em fonte ou religiosamente recolhido através de taxas e impostos, que por mais
de vinte anos seguiram para as mesmas mãos.
E agora, esta guerra entre legislativo e executivo, onde
cada terreno está minado de bombas de denúncia a serem explodidas, começa a
trazer a público algumas contradições.
Uma delas, café pequeno, o não comparecimento dos
representantes da MDR e Vyga. A MDR estava se preparando para a inscrição em
licitação e a Vyga havia chegado de viagem e não teria tempo de organizar a
papelada. Querem, então, nos fazer supor que as empresas são fundamentadas em
uma só pessoa? Então, por que a grita em cima de a empresa Salute atuar em
apenas uma sala?
Que existem coisas incompreensíveis na antiga e atual
administração, salta aos olhos. Mas para que serve uma CPI do Calote se não
utiliza os parâmetros dos erros passados para julgar os presentes? è, como
parece, apenas uma fábrica mal ajambrada de denúncias para desviar o foco de
novas possíveis denúncias de malservação de dinheiro na antiga gestão.
Nesta briga grande, entre antigos beneficiários que
forneciam de um, tudo, e os atuais de endereço incerto e não sabido, como fica
a aplicação do nosso sagrado e suado dinheiro?
Não bastasse os malabarismos contábeis que ora comprovam
pagamentos, ora demonstram um atraso proposital para que as cobranças terminem
em ‘acordos’, corremos o risco, nós população, de ficarmos sem os serviços
públicos pelos quais pagamos, e caro. Corremos ainda o risco de usufruirmos
estes serviços a preços aviltantes.
E acreditam que toda a insatisfação popular vai acabar com
um plebiscito.
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