Marketing é o processo usado para determinar que
produtos ou serviços poderão interessar aos consumidores, assim como a
estratégia que se irá utilizar nas vendas, comunicações e no desenvolvimento do
negócio.
O marketing político tem como objetivos adequar um
candidato/candidata ao seu eleitorado potencial, fazê-lo conhecido do eleitorado.
P.T. Barnum, autor de The art of money getting, foi um
ícone no período pós segunda Guerra, quando o marketing passou a ser
representado pelo “vender a qualquer
preço”, cheio de truques que faziam da arte de vender quase um espetáculo
de charlatanice e que faz com que até hoje os profissionais do mercado sejam
vistos com desconfiança.
Então, já não nos assusta o PT admitir que Dilma
Rousseff possa perder a eleição de 2014, contra as previsões do marqueteiro
João Santana. Soou o alarme.
As avaliações petistas – e aqui o PT serve como
modelo à crítica a todos os partidos, todos os candidatos, sem exceção – enfatizam
que os protestos de rua geraram uma “nova situação política”. O que é, afinal,
uma nova situação política? É o esgotamento total dos parâmetros suportados
pela população?
Valeu o fato de reconhecerem “graves equívocos
políticos na prática do PT”, e eu diria que com o agravante de vender a ideia
de uma nova forma de fazer política, de vender um partido oriundo das bases
populares e por estas, ser. Criou uma expectativa que não soube manter por
permitir-se abrigar uma súcia de discurso fácil e moral reprovável.
A quem coube vender? Por que efetuar a venda no
melhor estilo propaganda enganosa? Quantas ideologias e programas falsos
compraremos ainda?
Perdeu-se o norte. Perdeu-se o pudor.
O marketing político não é a técnica ou arte de adequar
um candidato ao seu eleitorado potencial, fazê-lo conhecido do eleitorado. Não
mais. É vender uma imagem do inexistente, adequar o sonho e desejo do eleitor
sob uma máscara sem vida, vazia em sentimentos e propósitos. Apresentar como
possível, um totem protetor de toda corja de canalhas corruptos e corruptores.
Não é técnica
que traduz os princípios e programas de um Partido, representados por um
candidato, aos eleitores, de forma que entendam em linguagem simples suas
propostas e metas. Agora é uma magia feiticeira, negra e maléfica que torna o
ruim, palatável, torna belas as tentações do Diabo.
João Santana e Duda Mendonça, envolvidos até a raiz
de seus cabelos no esquema do mensalão do PT, estão fora. Nizan Guanaes,
marqueteiro de FHC, pendurou as chuteiras do marketing político, assim como
Chico Santa Rita. Entram em cena outros ícones ou pretensos ícones: Carlos
Rayel, Antônio Lavareda, Paulo Tarso Santos, Luis Gonzáles, Cila Schulmann.
A quem representam? Como profissionais, a quem os
contrate. Normal. Mas o que os pobres e desconexos mortais não conseguem
entender é como eles podem vender a pureza de um Paulo Maluf em uma campanha,
descortinam um improvável Lulinha Paz e Amor, na outra, e conseguem emplacar
uma explicação plausível para uma profunda amizade que reúne Fernando Haddad,
Lula e Maluf numa terceira.
Pois é, quando já não se suporta manter em digestão
os políticos que engolimos e os vomitamos, o que vemos são os marketeiros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário