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domingo, 28 de abril de 2013

Polícia investiga Saúde em MS com 6 anos de atraso


Seis anos após as denúncias feitas pelo médico e sindicalista Ronaldo Costa ao Ministério Público Estadual sobre o desmonte dos setores de oncologia no hospitais públicos de Mato Grosso do Sul, a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes de Defraudações e Falsificações (Dedfaz).
A delegada Ariene Nazareth Murad de Souza Cury instaurou inquérito atendendo comunicado da 29ª Procuradoria da Justiça, e dará seguimento às apurações da Polícia Federal na Operação Sangue Frio que apurou esvaziamento do tratamento oncológico em hospitais público benefício de equipe ligada ao ex-diretor Adalberto Siufi que terceirizava os serviços a empresas do grupo, pagando valores até 70% acima da tabela do SUS.

O desmonte do tratamento oncológico público e a desativação do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Mato Grosso do Sul (Cerest) foi denunciada pelo médico Ronaldo Costa já em 2007 que suspeitava, já à época, que grupos privados estariam se apropriando de todos os serviços, criando um monopólio por meio do tráfico de influência e proximidade com os gestores estaduais, objetivando meramente o lucro.
Ronaldo reafirmou para a delegada que os serviços prestados eram de baixa qualidade e, em muitos casos, não atendiam às determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “A questão é que não só a oncologia está no inquérito, mas agora há possibilidade para que a gente possa ampliar essas investigações com novas suspeitas de irregularidades e desmonte do SUS no estado em favor do privado”.
Haverá conclusão?

Esta faxina na Saúde Pública de Mato Grosso do Sul, pesa novamente contra os vereadores da Capital que engendraram uma farsa na questão da instauração da CPI da Saúde, proposta pela vereadora Luiza Ribeiro (PPS) e apoiada pelo vereador Zeca do PT, e esvaziada pela tropa de choque dos generais Trad e Puccinelli. Na Assembleia Legislativa, exceto discursos mais ou menos contundentes, nenhuma atitude objetiva foi aventada.
Isso permitiu que toda a investigação e todos os desmandos perpetrados em nível municipal e estadual corram em sigilo, o que nos leva a pensar que a população, mais uma vez, ficará alheia aos resultados da apuração judicial e ao improvável reordenamento do setor de saúde em nossa Capital e em todo o Mato Grosso do Sul.

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