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terça-feira, 28 de maio de 2013

Dados mostram necessidade de Delegacia da Mulher 24 horas


A Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher (DEAM) de Campo Grande, registrou na segunda-feira (27) 59 atendimentos, sendo 32 boletins de ocorrência. Estes números reforçam a necessidade de atendimento aos finais de semana e feriados, conforme reivindica o "Comitê: Delegacia 24 horas", que solicita ainda extensão do horário de atendimento da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescentes (DEPAC) e Delegacia de Atendimento a Infância e Juventude (DEAJI).


Vereadora Luiza Ribeiro (MD)
durante manifestação em Campo Grande
“Lançamos o ato no último sábado e agora estamos na internet e nas ruas da cidade, coletando assinaturas que serão entregues ao governador e ao secretário de justiça e segurança pública para que seja ampliado o atendimento das delegacias especializadas, porque violência não tem hora tem lugar para acontecer”, afirmou a vereadora Luiza Ribeiro (MD), uma das idealizadoras do movimento.

Além da coleta de assinatura, o “Comitê: Delegacia 24h” visitará os Conselhos de Segurança de Campo Grande para discutir a violência e solicitar apoio na busca de assinaturas. Segundo o Código Penal Brasileiro os crimes contra a mulher são lesões corporais, ameaça, estupro, sedução, rapto violento ou mediante fraude e rapto consensual e ainda: posse sexual mediante fraude; atentado ao pudor mediante fraude; atentado violento ao pudor; perigo de contágio venéreo; perigo de contágio de moléstia grave; constrangimento ilegal; sequestro e cárcere privado; redução à condição análoga a de escrava; corrupção de menores; favorecimento à prostituição e mediação para servir a lascívia de outrem.

Sobre as diversas formas de violência contra a mulher, reproduzimos matéria deste blog:

Formas e consequências da violência contra a Mulher




Violência é qualquer conduta – ação ou omissão – de discriminação, agressão ou coerção, ocasionada pelo simples fato de a vítima ser mulher e que causa dano, morte, constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral psicológico, social, político ou econômico ou perda patrimonial. Essa violência pode acontecer tanto em espaços públicos como privados.


Trocando em miúdos:
Violência contra a mulher é qualquer violência que a mulher sofra só porque é mulher.


Quando uma mulher é agredida em público por um homem, isso é ação; quando alguém com poder de impedir que ela seja agredida não toma atitude em sua defesa, isso é omissão.

Quando é violentada, isso é ação; quando ela deixa de ser socorrida sob o pretexto de ter provocado o ato violento por ter “dado bola” ou porque estava vestida de forma provocativa, isso é omissão.

Violência doméstica


Quando se fala em violência doméstica, pensamos erroneamente naquelas ações que provocam algum tipo de lesão física. Pode começar de forma leve, mas quando não é contida neste estágio, sempre atinge extremos. 30% das agressões são graves e podem acarretar morte.


Violência Física e Psicológica

Quando lhe trancam em casa e você não pode ir ao trabalho, à escola ou outros lugares;

Você, seus filhos e outras pessoas da família (pais, tios etc.) são ameaçados;

Batem ou espancam com tapas, murros, mordidas, arranhões, mesmo que não deixem marcas aparentes no corpo;

Fica sem assistência na doença ou gravidez;

Quando é amedrontada ou ameaçada com armas de fogo ou branca (facas, estiletes), barras de madeira ou ferro, cordas e chicotes etc.;

Dizem de forma indireta que você “não presta”, tem amantes etc.

Quebram utensílios, rasgam roupas, chutam móveis, batem portas;

Destroem ou escondem documentos pessoais, profissionais ou mesmo fotos.

Violência Sexual

É forçada a fazer sexo contra sua vontade (mesmo com seu marido/companheiro);
Usa de violência para forçá-la a praticar atos sexuais que não lhe agradam ou praticar sexo com sadismo, ou seja, o parceiro tem prazer com o seu sofrimento;

Violência e Saúde

Mulheres adoecem a partir de situações de violência, principalmente da violência doméstica. Recorrer aos serviços de saúde com reclamações de enxaquecas, gastrites, dores difusas e outros problemas podem indicar que vivem situações de violência dentro e fora de casa.Essas pequenas doenças geralmente são tratadas com medicamentos comuns, e a causa não é identificada pelo médico porque não é física. Elas tendem a piorar, podendo “criar” doenças piores, que podem levar à morte.


Trocando em miúdos:
Sofrendo agressão física ou psicológica, seja em casa ou fora dela (maior parte das  vezes é no meio familiar) a mulher adoece. Dores de cabeça que nunca curam, de estômago, em diversas partes do corpo, diarreias, vômitos acontecem por causa dessa agressão.


Quando a Mulher não é apenas a vítima – Saúde Mental

A mulher não deve ser vista apenas como uma “vitima” da violência provocada contra ela, mas como parte integrante de uma relação com o agressor, o que traz uma face bastante complexa e, por vezes, se transforma em uma forma de jogo em que a “vítima” passa a ser “cúmplice”.

Antes da Lei Maria da Penha, a mulher, por vezes, denuncia formalmente o agressor em uma delegacia especializada para, logo após, retirar a queixa. Outras vezes foge para uma casa-abrigo levando consigo as crianças, por temer por suas vidas e algum tempo depois retorna ao lar, ao convívio com o agressor. Não se sente bem com isso (tem pena do agressor, medo de enfrentar outro tipo de vida, não consegue se sentir bem sem conviver com a violência praticada contra ela)  e retira a queixa. São situações que envolvem sentimentos, forças inconscientes, fantasias, traumas, desejos de construção e destruição de vida e morte.


As dores que surgem sem motivos aparentes pode significar uma reação, um sinal de que a mulher está se acostumando a sofrer por não conseguir deixar a vida que leva.


Doença



O agressor sempre é um doente e, como todo doente precisa de tratamento. Por causa dessa violência a mulher acaba ficando, também doente, mas ao contrário de quem agride, ela adoece por não saber viver sem ser agredida.




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