O presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Márcio César (PMDB)
emitiu nota nesta quarta-feira (19) em que justifica que, pelas repercussão das
matérias divulgadas pela imprensa, os vereadores resolveram rediscutir a
alimentação naquela Casa de Leis.
Entre os motivos elencados para o lauto breakfest, estão a duração das
sessões ordinárias, somadas as horas com outros trabalhos legislativos. Nada
muito diferente de tantos trabalhadores, mesmo entre os servidores públicos
municipais, sem, no entanto, que tenham as mesmas regalias e qualidade
alimentar. O pão com ‘margarina’ e uma média cabe tanto nos estômagos dos
nobres edis, quanto no mais humilde dos trabalhadores e, assim como lá,
alimenta os daqui.
Talvez outro motivo que justifique este “café da manhã” servido “a la carte” seja a imensa distância que separa a Câmara Municipal de Campo Grande
de áreas mais comerciais, onde proliferem lanchonetes, bares e restaurantes.
Eis, então, um bom motivo para que pense na mudança do legislativo para a
antiga rodoviária, na região do Bairro Amamabaí. Estariam satisfeitas as
condições de, tanto os vereadores quanto os servidores daquela casa e a
população que por necessidade comparece às audiências ou gabinetes, terem a
oportunidade de se alimentarem.
Mas como "prudência e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém", talvez, o vereador Márcio César, e só talvez, tenha levado em
conta a onda de protestos que arrasta multidões pelo país, não pela redução da
tarifa de ônibus, mas também e principalmente, pela redução dos desmedidos
benefícios com que os “representantes do povo” se autopromovem.
Segue a nota:
Comunicado:
Diante de matérias veiculadas na
imprensa, os vereadores decidiram rediscutir a alimentação na Casa de Leis.
Inicialmente, afirmo que não é café
da manhã, mas sim uma alimentação por conta da duração das sessões ordinárias e
em decorrência de outros trabalhos legislativos, como audiências públicas,
oitivas, sessões comunitárias, sessões itinerantes, reuniões de comissões
permanentes e Comissões Parlamentares de Inquérito e outras atividades
parlamentares.
Com isso, quero dizer que a Câmara não trabalha apenas terça, quarta e quinta-feira pela manhã no horário das sessões, mas sim de segunda à sexta, durante todo o dia. As sessões ordinárias, por exemplo, estão sendo prorrogadas e estão ultrapassando com frequência o horário, terminando por volta das 14 horas, até por conta do aumento do número de vereadores.
Reitero ainda que o valor dessa alimentação é estimado e não fixo, sendo gasto de acordo com a necessidade em cada mês.
Se pegarmos, por exemplo, o valor gasto no último mês e dividirmos pelo número de dias de trabalho e pelo número de vereadores, o valor que se chega por parlamentar é de 10 reais em média no dia todo.
Essa alimentação não é uma iniciativa dessa administração, mas uma prática antiga de outras legislaturas.
Contudo, a Câmara vai rever essa alimentação com uma série de ações administrativas que vamos fazer, já adiantando a primeira delas, que será a criação de uma comissão para revisão do Regimento Interno, em função dessa nova realidade das sessões com os 29 vereadores.
Mario Cesar
Presidente da Câmara Municipal de Campo Grande
Presidente da Câmara Municipal de Campo Grande
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